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12 dicas para uma alimentação saudável sem gastar muito

Screen Shot 2013-04-04 at 10.44.51As pessoas têm a péssima impressão de que se alimentar de forma saudável é sempre mais caro. Sem olhar para o preço em dinheiro dos alimentos em si, de cara eu já tenho uma afirmação que você não poderá discutir: comida boa é mais barato que remédio!

Antes de comparar o valor em dinheiro de frutas, verduras e legumes orgânicos com o preço desses mesmos alimentos produzidos na agricultura industrial, cheia de venenos, eu sugiro que você pare e pense no quanto uma comida saudável de verdade te economiza em médicos, exames, remédios, dias de trabalho perdidos, dias de lazer perdidos.

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Mas é claro que dinheiro no bolso é bom, e podendo economizar na hora de comprar o melhor alimento para você, você além de ficar com o corpo saudável, você mantém as suas finanças saudáveis também!

Comida ruim e produtos alimentícios em geral são mais baratos, mas optar por comida ruim é economia à base de porcaria. Você economiza na comida e depois paga a conta sacrificando sua saúde e bem estar.

A seguir eu separei algumas dicas que vão lhe ajudar a usar melhor o seu dinheiro na hora de comprar comida de verdade.

  1. Ao comprar orgânicos – frutas, verduras e legumes -, opte pelos mais comuns e os alimentos da época. Variedade é importante, mas pense nisso ao longo do ano, não ao longo de um dia ou uma semana. Orgânico ou não, se o alimentos não está em sua época habitual do ano, ele será invariavelmente mais caro. Algumas frutas, verduras e legumes são mais caros porque são mais difíceis de produzir – morangos e tomates são dois bons exemplos disso. Outros alimentos aparecem quase o ano todo, são mais fáceis de produzir e por isso costumam custar menos – exemplo disso são algumas verdura como o alface, frutas como banana.
  2. Não desperdice! Na cozinha, quando falamos de comida de verdade, podemos aproveitar um alimento muito mais do que se pensa! A carcaça de um frango assado é perfeita para se preparar um caldo de frango caseiro (use o caipira!!) Sobrou alguma coisinha do jantar? Não jogue fora, mas use a sua criatividade para transformar as sobras num novo prato. Você faz caldos caseiros e separa a gordura? Guarde-a na geladeira e use para refogar sua comida. Além de economizar, o prato fica muito saboroso! Se estiver usando alimentos orgânicos, as cascas podem virar um delicioso aromatizante para sua água e os talos de muita coisa podem virar sopas cremosas, batidas no liquidificador.
  3. Compre somente ovos caipiras, de preferência orgânicos. Nos supermercados e nas feiras especializados ele costuma ser mais caro que o ovo de granja, mas ele é muito mais saboroso e nutritivo, o que te faz economizar horrores com remédios e médicos. Se você tem um sítio ou fazenda, pense em criar galinhas!
  4. Dê preferência a alimentos produzidos perto de você. Eles provavelmente estarão mais frescos, e se o produtor economiza no transporte, tempo e armazenamento desse alimento, ele não precisa cobrar tão caro de você. Quinoa está na moda, mas é produzida “lá longe”, e chega aqui num preço que eu considero alto demais para o dia a dia.
  5. Arroz com feijão! Uma dupla dinâmica que faz sucesso na maioria dos lares e não é muito cara. Prepare da maneira tradicional, com cozimento lento, tendo deixado os grãos antes de molho e usando caldos caseiros no preparo. É saboroso, simples e nutritivo.
  6. Faça em casa e use caldos caseiros. Os chefs são unânimes: uma boa comida começa com um bom caldo caseiro. Os entendidos em nutrição são unânimes: qualquer alimento preparado com caldos caseiros é muito mais nutritivo. Os comilões são unânimes: qualquer alimento preparado com caldos caseiros fica muito mais gostoso. Simples assim! (ah, e as carnes e legumes usados no preparo dos caldos caseiros podem virar um monte de coisas depois, como sopas, tortas, bolinhos, etc)
  7. Coma fígado. Eu sei, a maioria de nós foi obrigada a comer fígado ou outro miúdo quando criança e ganhou um certo “trauma” com isso, mas o fígado e outros miúdos são carnes baratas e extremamente nutritiva. Ache uma receita que te agrada, se acostume e coma!
  8. Tente fazer seus pães em casa. Pães de verdade, feitos através de fermentação natural (que com certeza não são aqueles do supermercado), quando você encontra pronto, costumam ser mais caros. Tente fazer em casa, pode ser muito divertido e as crianças com certeza vão amar a brincadeira! Mas se você, como eu, não tem talento para os pães, diminua (muito) o consumo deles e compre somente pães da melhor qualidade possível. Na verdade a gente nem precisa tanto assim de pão, mas que é gostoso, isso é!
  9. Quando for preparar sua comida, pense em deixá-la o mais gostosa possível – isso a maioria de nós já faz -, mas pense também em deixá-la o mais saudável possível. Deixe grãos, nozes e castanhas de molho antes do preparo (LEIA AQUI para descobrir as razões). Cozinhe sempre com caldos caseiros no lugar da água (LEIA AQUI as razões). Não basta gastar menos, tem que nutrir mais com menos!
  10. Não consuma produtos alimentícios. Além de fazer mal à sua saúde, produtos alimentícios têm um valor agregado grande. Custam muito e oferecem muito pouco!
  11. Aproveite a época de cada alimento, compre em abundância e prepare com ele molhos e conservas que duram o ano todo congelados ou refrigerados. Tomates para o molho ficam caríssimos fora de época, mas você pode comprar uma quantidade maior quando o preço estiver baixo, fazer muito molho e congelar em porções, por exemplo.
  12. Não coma demais!!! Não precisa passar fome ou virar anoréxica, mas repense suas porções. Normalmente nós – e eu me incluo no grupo dos comilões – comemos muito mais do que precisamos para nos nutrir e viver, só porque a nossa cultura associa demais comida e prazer. Não tem orçamento que resista aos excessos, sem contar que excessos engordam e fazem mal à saúde!

 

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

9 comentários

  1. de fato, Pat, meu intestino mudou drasticamente depois que parei de comer pão. Ainda como de vez em quando, pois eu amo pães artesanais de qualquer tipo, mas a diferença é notável. Será a farinha/glúten, em si, ou a fermentação a responsável pela leve irritação intestinal?

  2. Olá Pat, só nova por aqui no seu site. Estou amando tudo que estou vendo, já li varias coisas por aqui, tudo muito interessante e prático. Gostei muito, parabéns pelo lindo trabalho e por compartilhar tantas informações boas para nossa saúde!

  3. Pat,
    Qual a diferença entre frango caipira e o orgânico? O Korin é caipira? Qual a marca que você recomenda para cada um deles?
    Obrigada
    Mariana

    1. O frango orgânico não necessariamente é criado solto, e em geral come ração – orgânica….. O frango caipira, caipira de verdade, é aquele de quintal, que fica ciscando aqui e ali. Como eu já tive a oportunidade de comprar, preparar e comprar um frango caipira de verdade, posso afirmar sem dúvida nenhuma que o Korin não é caipira!! É MUITO diferente!!!!!

      1. Nossa Pago caríssimo pelo Korin e tinha certeza de que estava comendo algo saudável! Mas orgânico pelos menos ele é? Grata.

  4. Bom saber do fígado, eu adoro figado, como pelo menos uma vez por semana e semana passada mesmo estava pensando se ele faz bem. Se não tem muita gordura e tal.

    1. Quanto ao figado, li muitas vezes que não é indicado pois lá é que se processa os hormônios dados ao animal. E onde encontrar gado sem essas substancias nocivas? Deixei de comer por causa disso! Grata.

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