Alimentação

O primeiro dia na escola

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Hoje foi o primiero dia de aula na vida do meu filho!

Chego a ficar emocionada com o início dessa nova fase na vida dele – tão aguardada, porque já fazia alguns meses que ele havia descoberto a escola e pedia para ir incansavelmente, todos os dias.

Descobri que escolher uma boa escola nos dias de hoje não é uma tarefa simples. Pelo contrário: é uma tarefa dificílima, principalmente quando nos preocupamos de verdade com o que nossos filhos vão comer fora de casa.

Eu não sei vocês, mas a nossa busca por uma boa escola envolvem tantos fatores, que fica até difícil enumerar. Queremos uma escola que ensine nosso filho a aprender, que não o limite intelectualmente, queremos uma escola que o inspire, que não o faça decorar e sim aprender de verdade. Queremos uma escola que o prepare para a vida e não para um simples exame vestibular. Queremos uma escola onde estudem crianças normais, com dinheiro, sem dinheiro, com carro ou sem carro, loiros, morenos, altos, baixos, etc, mas acima de tudo, eu quero uma escola que se preocupe com o bem estar do meu filho, e na minha visão, como vocês devem prever, a alimentação é parte importantíssima e indispensável quando se fala em bem estar!

Já estávamos há algum tempo decididos pela Escola Lumiar, mas como eu não gostaria de tomar uma decisão às cegas, resolvi visitar algumas outras escolas tidas como excelentes em São Paulo. Visitei uma escola bilíngüe e odiei tudo. Visitei uma escola internacional e não gostei de muita coisa. Ainda vou visitar uma outra escola internacional, só para saber “em que mundo estamos vivendo”, saber o porquê da tal escola ser tão conceituada e famosa.

Apesar de já estar totalmente satisfeita, ainda quero muito conhecer uma escola Waldorf e algumas outras de que ouvi falar. Quero saber o que cada uma oferece.

Tirando a escola o meu filho, prefiro não citar o nome das outras, mas tenho certeza de que vocês poderão indentificar muito do que eu falar em escolas que talvez conheçam. O que eu vi nessas escolas que vistei e o que já ouvi falar de outras escolas me fez concluir que o sitema escolar anda bastante parecido em todo lugar, mas infelizmente, na minha opinião, algumas coisas se nivelaram por baixo…

Não me sinto completamente à vontade para comentar o teor pedagógico e as metodologias das escolas, mas gostaria de falar aqui um pouquinho do que eu vi na parte alimentar das escolas. Disso eu acho que já entendo o suficiente e me sinto perfeitamente à vontade para palpitar!

Numa das escolas tivemos um “tour guiado” com um grupo de pais. Me senti praticamente numa excursão de turismo, com o guia turístico tagarela nos mostrando cada atração. Confesso que me senti ridícula e não muito bem recebida. Uma escola que tem a coragem de cobrar R$4500,00 por uma taxa de matrícula e mais de R$1500,00 de mensalidade deveria ao menos receber os pais interessados individualmente, e no mínimo com champagne francesa, para justificar o preço escandaloso! (fora os “extras-obrigatórios”, que são também escandalosamente cobrados por alimentação e material)

Nesta escola a nossa “guia turística” nos mostrou todas as salas de aula (minúsculas), parquinhos, quadras e a lanchonete. Um mérito: lá não se vende refrigerantes e nem as crianças podem trazer de casa na lancheira. Ah, chocolate também não podia trazer na lancheira, mas tinha para vender na cantina! Já achei um tremendo contrasenso. Trazer não pode, mas comprar pode?!? Alguém me explica melhor isso!

E isso era só o lanche!

Passamos então aos refeitórios – nesta escola as crianças ficam pelo menos até as 3 horas da tarde, o que significa que devem almoçar lá. Dei uma olhadinha no cardápio, que segundo a nossa “guia”, foi elaborado por nutricionistas. Arroz branco, macarrão e outras massas era o que não faltava no cardápio. Tudo bem tinha carne, verduras e legumes também, mas convenhamos que tendo a opção de gostosura, a criançada mal acostumada dificilmente vai optar pelo mais saudável.

A cozinha toda envidraçada também deixou à mostra ingredientes nada aconselháveis numa alimentação verdadeiramente saudável: margarina, óleos vegetais refinados, nuggets, mini-pizza, açúcar aos montes, etc.

Uma outra coisa que me incomoou demais nesta escola foi a falta absoluta de sol. A escola fica numa área grande, bastante arborizada, mas a construção foi feita de tal forma que o pouco de sol que poderia bater nas áreas abertas, não conseguia entrar. E sol é importante SIM para uma boa saúde e até para o bom humor!!!!!

Uma outra escola… Nesta já tivemos um atendimento totalmente personalizado e individualizado, mas não teve champagne também, só cafezinho… E olha que a mensalidade era até mais cara que na outra! Gostei das instalações da escola de forma geral. Espaço, capricho, muitas cores, árvores e sol. Fomos chegando perto da “zona de perigo”: a cozinha. Nesta escola as crianças também passam o dia todo, também almoçam por lá (não sei que nova febre é essa de deixar as crianças o dia todo enfiadas na escola, como se fosse o único lugar do planeta que elas pudessem freqüentar…).

A diretora já sabendo da nossa ligação com a culinária saudável rapidamente nos adiantou que a cozinha da escola, e cardápios era comandada e planejada por duas nutricionistas formadas. Eu já pedi desculpas às boas profissionais AQUI numa outra ocasião e peço desculpas novamente agora, mas nessa área parece que ainda há muito desconhecimento, inclusive dos prórpios profissionais, que de tanto trabalho nas costas não têm tempo nem disposição para se atualizarem adequadamente.

No momento em que a simpática diretora (simpática de verdade, um amor de pessoa) falou das nutricionistas eu bati os olhos dentro da cozinha e dei de cara com um balde IMENSO de margarina e uma lata IMENSA daqueles docinhos de festa que a gente compra em lata para só ter o trabalho de enrolar. Poxa, não é preciso ser nutricionista e nem uma estudiosa no assunto para saber que esses dois ingredientes absolutamente não são saudáveis.

Na hora da visita eu mantenho a calma, agradeço toda a atenção dispensada e tal, mas quando paro pra pensar em tudo o que vi, chego a ficar indignada! Se a criança fica tantas horas assim na escola, se a proposta da escola é realmente ensinar, que ensine tudo, da melhor forma possível, inclusive ensine a comer direito!

Não precisa estudar muito para saber que produtos industrializados, cheios de químicas, aditivos artificiais fazem mal à saúde, e também não é preciso ser craque em finanças para saber que industrializados são mais caros do que produtos frescos, que além do mais são de qualidade infinitamente superior (os frescos, claro).

Quando fiquei refletindo sobre tudo isso me lembrei imediatamente daquela séria inglesa onde o simpático chef Jamie Oliver faz uma verdadeira revolução culinária na cantina das escolas. Ah, como eu adorei aquela série!!! E como eu adoraria fazer igual nas escolas daqui do Brasil, ou ao menos nas escolas de São Paulo, ou pelo menos na escola do meu filho, que já é bem melhor que a maioria.

A Lumiar está nos abrindo as portas para implementar lá o Projeto Crianças na Cozinha. Vamos ver como as coisas vão acontecer. Eu vou contar tudo aqui. E agora, Jamie pra vocês (desculpem a falta de legendas, eu ainda não aprendi como colocá-las em vídeos):

(3a. feira de manhã…)

E depois de tanto falar, esqueci de contar qual foi o primeiro lanche da escola, que eu achei bastante razoável: fatias de melancia fresquinha, uma misturinha assada de banana e aveia e limonada adoçada com açúcar mascavo.

Meu filho não foi acostumado a lanches entre as refeições, mas com tanta agitação e vendo as outras crianças comer, ele resolveu que queria também! Aceitou 1 ou 2 fatias de melancia e pediu um copo de suco – deu um gole e não aceitou mais. A misturinha de banana, com cara de bolo, ele deixou de lado.

O que eu achei que faltou neste lanche foi uma oção mais gordurosa e proteica: eu teria colocado no lugar do suco um iogurte batido com uma fruta bem doce, o que até dispensaria o uso de açúcar. Palitinhos de queijo, qualquer tipo de queijo, também iriam bem.

Mas se tudo der certo e o Projeto Crianças na Cozinha for implantado, nós não só teremos tudo isso, como teremos as crianças ajudando no preparo dos lanches e aprendendo muitíssimo com isso! Eu já pensei em taaaaaaanta coisa que se pode aprender numa cozinha, por simples associações.

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

15 comentários

  1. Pat, que seja o inicio de uma fase super positiva pro Arthur!
    Agora, nem me fale da saga em achar uma boa escola…
    Qquando o Pedro comecou numa escolinha particular aqui, quase surtei quando vi o menu – cheio de comida processada e acucar aos montes. Logo escrevi uma carta a escola, nao so criticando, mas justificando minhas criticas e oferencendo sugestoes. Algumas coisas foram logo acatadas, como a introducao de alguns alimentos integrais, mas foi um processo longo. Ouvi mta besteira no meio dessa trajetoria como:
    “As outras criancas nao vao comer nada se nao for assim”
    “O suco concentrado eh “sugar free”, nao se preocupe”
    e assim por diante.
    Mesmo assim nao desisti da causa, e um tempo depois eles conseguiram uma nutricionista pra ir la. Olha so o que essa profissional disse:
    incluir frutas nas sobremesas, entao em vez de bolo simples, coloque umas passas no meio, embora seja aquele bolo de caixinha mesmo
    Gelatina com leite ao invez de agua, pq tem calcio ( o acucar e os quimicos tanto faz…)
    Substitua o picole por bolo branco, que tb tem calcio
    Entre essas e outras besteiras, o Pedro saiu da escola.
    Em Janeiro ele comeca numa escola Waldorf, maravilhosa!!!
    a Pedagogia eh fantastica na minha opiniao, sol e arvores aos montes na construcao da escola (sim!sim! sim! sol eh mtooo importante!), e a comida eh organica, bem planejada, raramente refinados etc. So um detalhe: a cantina eh vegetariana. Qnd questionei explicaram que isso nao faz parte da filosofia deles, embora mtas familias nessa escola sejam vegetarianas, mas a cantina optou por isso por uma questao economica ja que uma escola Waldorf nao tem os fins lucrativos de uma escola particular comum. fair enough.

    Seja la onde for, gostaria de deixar registrado que alem da busca ardua por uma boa escola para os nossos filhos, vale a pena lutar por essa causa. A escola anterior do Pedro ficou longe do meu ideal, mas consegui algumas mudancas em alguns meses, o que ja eh um credito. Eles queriam fazer o que era mais pratico, economico e nao criar atrito com mtos pais ainda ignorantes la, medo de perder clientes ja que eu era a minoria. Tinha crianca la que nunca comeu nada verde… como pode isso? E acharam ruim sim qnd a escola introduziu salada em algumas refeicoes.
    No caso aqui, a mudanca teria que involver a educacao dos pais tb. CHeguei a sugerir um tipo de uma palestra a noite para os pais justificando as mudancas etc, mas ninguem se interessou (custos de novo?). Enfim.
    Apesar dos bons habitos em casa, esses meses na escola tiveram um impacto negativo na dieta do Pedro. Vale muito a pena correr atras de uma escola boa, ir la ver com os proprios olhos como vc Pat, e pra quem nao pode bancar, vale a pena lutar – afinal, quem cala consente. { }s

  2. Pat, que legal vc ter encontrado uma escola aí em SP que estivesse disposta a incluir esse Projeto tão bacana e tão importante. Pena que aqui, isso é coisa de outro mundo!! Rodei várias escolas e não achei uma que chegasse perto, as pessoas aqui acham totalmente normal as crianças levarem chocolates, biscoitos recheados, salgadinhos tipo cheetos. Achei uma que pelo menos as crianças (por enquanto) não levam refri e em que a professora e auxiliar seguem minhas instruções a risca, ou seja, Mateus só come o lanche dele. Mas já tá ficando difícil… Por isso te mandei aquele e-mail, lembra?? Pra vc nos dar sugestões de lanches saudáveis pra eles levarem na escola, já que a maioria aqui, a gente que tem que mandar o lanche deles, o que por um lado é até melhor, rs!!
    Quando vc tiver um tempinho, me responde, tá? E queria comprar as coisinhas que pedi tb, rs!!
    Beijos e tudo de bom nessa nova fase do filhote!!

  3. Oi Pat, parabéns pela iniciativa do Projeto Crianças na Cozinha, tomara mesmo que seja um sucesso e que outras escolas adotem.
    Moro em Campinas, também já passei por essa saga de escolher escolas.
    Hoje estou satisfeita com a escolha. Minha filha almoça em casa e por estar no primeiro ano, ainda não tem acesso a cantina na hora do intervalo…ufa! Não gostei muito desse quesito e com certeza ela continuará levando seu lanchinho (é óbvio que terei que abrir exceções). Gostaria muito de propor a escola e aos pais (sim, porque fico indignada com a qualidade da lancheira de algumas colegas da minha filha) opções mais saudáveis, porém, não tenho tanto conhecimento em culinária, só tenho o bom senso, então não me sinto muito a vontade de palpitar. Por enquanto, vou ficando de olho nas suas dicas.
    Um grande beijo
    Fabiana

  4. Pat, que legal !!!
    Eu visitei a Lumiar na Serra da Mantiqueira. Região lindíssima. Que privilégio do Arthur. Boa sorte para ele e para você.
    Tem um livro que o Ricardo Semler escreveu com o Dimenstein e outros dois. Acho que chama Escola do Futuro. Faz tempo que li. É muito bom. Tem a ver com todo o projeto da Lumiar.
    Agora um pitaco para instigar uma discussão: acho que este lanche tem tudo a ver com sua forma de pensar, mas você não se deu conta. Veja se estou certa. Você não dá nada para o Arthur entre as refeições a fim de não prejudicar o almoço e jantar, certo? Então, se der algo protéico ou um pouco mais calórico, vai prejudicar a fome da próxima refeição. Enquanto que uma fruta e um suco, apenas hidratam uma criança que está em constante movimento e em exposição ao sol.
    Beijo

  5. Gente, tenho ido visitar as escolas com a Pat, e minha principal conclusão, até agora, é que o preço da mensalidade, às vezes, é uma mera decisão de marketing, e não propriamente de qualidade. Naquela escola com matrícula de R$ 4500 (e mensalidade de R$ 1500 para crianças de 2 anos, que vai subindo para quase R$ 3000 conforme a idade) mencionada no artigo, nossa “guia” (que levava um grupo de 15 pais interessadíssimos naquele dia) referiu-se, num dado momento, às ATIVIDADES EXTRAS-CURRICULARES.

    Sim, é isso mesmo! EXTRAS-CURRICULARES!!!!

    Quase caí de costas, pois um erro desse tamanho não poderia sair da representante de uma escola dita excelente. Quis dar meia-volta e ir embora, mas a Pat parecia tão entusiasmada que decidi ir até o fim. Durante nossa visita, nossa guia falou por mais duas vezes em “atividades extras-curriculares”.

    Essa escola, caríssima, estava apinhada de alunos. Acreditem! Eram crianças e mais crianças amontoadas pelos pátios sem sol e pelas salas de aula. Essas salas eram muitas e pequenas. Apertadas. Nelas, amontoavam-se cerca de 15 a 20 crianças mais o professor.

    Os professores eram todos muito jovens. Praticamente confundiam-se com alunos do final do ensino médio!!! Que qualificações poderíamos esperar deles? Estamos falando de uma escola de R$ 4500 de matrícula, R$ 1500 a quase R$ 3000 de mensalidade, MAIS despesas extras com material escolar (!!!!) e as famosas atividades extracurriculares (ou “EXTRAS-CURRICULARES”, nas palavras da representante que nos guiou).

    O pior é que uma dessas atividades extracurriculares é nada mais, nada menos, que culinária!!! Você paga tanto, e ainda por cima não aprende a se nutrir adequadamente – pelo contrário, desaprende!

    Conforme passávamos em visita, podíamos ver, de fora, o que se passava nas salas de aula. Em várias delas, víamos crianças comendo bolo e doces! A Pat, observando minha cara de espanto, logo explicou sussurrando no meu ouvido: – “Deve ser aniversário de uma das crianças”. Bem, são até 20 crianças por classe, portanto 20 aniversários por ano, MAIS os aniversários dos amigos dessas crianças que estão em outras classes… então, quase todo dia é aniversário de alguém, com direito a bolo e doces nas salas de aula! É claro que cada uma dessas crianças também comemora seu aniversário fora da escola, em um “buffet infantil”… e dá-lhe bolo, brigadeiro, açúcar, corantes… No almoço, pães, massas, batatas-fritas, carnes com molhos industrializados, margarinas, óleos vegetais oxidados… Não admira que tantas crianças estejam enfrentando problemas de comportamento, déficit de atenção, hiperatividade, resfriados freqüentes, infecções de repetição, obesidade, diabetes, asma, alergias, retardo no crescimento e uma série de doenças crônicas.

    Na mesma escola, que é uma conhecida escola bilíngüe, tive a oportunidade de constatar o péssimo inglês dos professores. Péssimo mesmo! É muito melhor, na minha opinião, colocar a criança numa escola de inglês à parte!

    Resumindo: escolas como essa não valem 1/10 do que cobram. Porém, muitas pessoas se impressionam com o preço delas e colocam seus filhos lá, como se “caro” fosse sempre sinônimo de “melhor”.

    Sempre continuará cabendo aos pais a responsabilidade de educar seus filhos. O conceito de educar está cada vez mais abrangente, e cada vez mais nas nossas mãos. Assim como a Katia, Aline e Fabiana, acima, todos nós devemos nos unir pela melhora da qualidade do que é oferecido nas escolas das nossas crianças, e entender que a saúde delas, bem como o rendimento, produtividade e competitividade futuras dependem, em primeiro lugar, de uma boa alimentação e um bom sono, com muito sol e ar livre durante o dia.

  6. Pat!
    Essa série foi mesmo o máximo. E tua iniciativa tbem!

    Acredito muito no sucesso do teu projeto. Ainda quero te escrever sobre o impacto que descobrir o teu site causou na minha vida. Só coisa boa!

    Beijos e sucesso sempre!

  7. É uma fase bem dificil essa de escolha da escola. Podia aproveitar o momento e as mil idéias na cabeça para dicas para lanches para crianças que passam meio período na escola e levam lanches de casa. Haja criatividade para não cair nos biscoitos industrializados.

    beijoca

  8. Pat,

    Conforme prometido, vim compartilhar aqui a minha “saga” em busca da escola do meu pequeno… Já fui chamada de “fresca” várias vezes (e coisas piores tb) por dar importância à alimentação oferecida pela escola. Veja bem, eu não tenho o privilégio de poder deixar meu filho apenas meio período na escola, já que preciso trabalhar e não tenho com quem deixá-lo. Por isso, sempre fui muito crítica com relação às escolas que visitei, já que meu filho passaria a maior parte do dia lá. Bom, posso dizer que visitei a grande maioria das escolas da cidade, e me decepcionei muito com a maioria. (E comprovei o que o Dr. Alexandre comentou, “o preço da mensalidade, às vezes, é uma mera decisão de marketing, e não propriamente de qualidade”).
    Bom, com relação à comida, 90% das escolas que visitei adotavam frituras TODO dia, no almoço (e fritura é uma coisa que abomino). Percebi que os cardápios, todos “cuidadosamente elaborados por nutricionistas especializadas em nutrição infantil”, incluíam todo tipo de porcarias: no almoço, a salada e os legumes apareciam de vez em quando, acompanhados de massas e frituras; nos lanchinhos, doces, chocolate, sorvete, bolos, biscoitos, salgadinhos (coxinha, risolis etc), danonihho, pizza, pastel, tudo acompanhado de sucos industrializados ou, no máximo, feitos de polpa, sempre adoçados com açúcar refinado (“as crianças gostam do suco bem docinho!”).
    Tive sorte de achar duas escolinhas dentro do meu orçamento, e que atendiam minhas expectativas, tanto com relação à alimentação, quanto com relação ao espaçõ físico, curriculo, funcionários etc. A primeira, que meu filho frequentou por mais de um ano, tinha uma alimentação excelente, impecável, eu diria. Como ele era bem nenê ainda, na fase das papinhas, o almoço era sempre composto por legumes amassados ou bem molinhos (vários legumes, uma variedade excelente), acompanhados por carne ou frango, arroz e um grão (feijão, lentilha, grão de bico etc). Nos lanchinhos, era oferecida uma fruta, e, se a criança não aceitasse, era oferecido o suco da mesma fruta. Aos poucos, o lanchinho passou a incluir, além das frutas, bolos simples (sem recheio e cobertura), de frutas, pães com queijo, requeijão ou patês naturais e outras opções bem saudáveis. Infelizmente, ele teve que sair de lá, pois mudei de casa e ficou muito longe – e o espaço lá tb ficou pequeno para ele, o pátio, apesar de bem arborizado e com bastante sol, era pequeno. A escolinha que ele frequenta agora também dá bastante importância à alimentação, e tem um espaço enorme, com árvores, grama, bastante sol e muito tempo para as crianças brincarem. Mas ainda não estou totalmente satisfeita, e pretendo colocá-lo em outra escola no ano que vem – o quesito “mensalidade” ainda não me permitiu colocá-lo na escola que eu queria. Nessa minha escola “quase perfeita”, além de tudo isso que já citei (alimentação de qualidade, sol, espaço ao ar livre), as crianças ainda tem os mascotes da escola (um lago enorme com muitos peixes e algumas tartarugas, que eles alimentam todo dia), árvores frutíferas (não reparei em todas, mas vi laranjas, jabuticabas e uma mangueira enorme), e uma pequena horta – cada turma é responsável por um pequeno canteiro, que eles cuidam todo dia, e a cada quinze dias cada criança leva um pezinho de verdura p/ casa (achei isso o máximo…). Enfim, acho que está cada vez mais difícil achar escolas comprometidas com o bem estar dos alunos, mas cabe aos pais, bem informados e conscientes, EXIGIR das escolas uma alimentação saudável, e incentivar os bons hábitos nas crianças desde cedo.

  9. Ai, eu adoro a Lumiar.
    A Mel não foi pra escola porque não encontrei nada parecido por aqui e porque a Lumiar é longe demais pra mim.

    beijo

  10. Pat, mães, pais…
    Que bom, que por um lado vocês possam fazer escolhas. Aqui ou colocarei em escola chinesa (p se ter uma idéia as crianças aqui n usam fralda fazempipi e coco em qq lugar mesmo fora as outras questões de higiêne – da cultura deles, ou q q ficou da ditadura comunista), fora q nos livros há fotos de cigarro, revolveres, militares blá blá.
    Uma escola estrangeira achei terrível, escadas (minha filha tem apenas 1 ano e seis meses) é um prédio c 3 andares, n têm pátio, achei as salas horríveis. O pior!!!! Tenho que desfraldá-la antes do inicio das aulas, n trocam fraldas das crianças….por enquanto n quero mais saber de nada de lá.
    Há outra p expatriados e irei visitar pelo menos do lado de fora o aspecto é muito melhor.
    Imaginam, todas as minhas dúvidas c relação a adaptação, linguas diferentes e tal…Acho q nem dara p questionar alimentação, tipo de ensino,mas radicalizamos se o desfralde tiver q ser forçado ela n irá, se o ensino for no sentido de apenas termos como fromalidade faremos provavelmente o esforço de voltar p o Brasil, nada vale um inicio ruim de educação p nossos filhos nunca foi isso que imaginei, vamos batalhar a vida de outra forma p que nossa filha tenha ótima formação humana.
    Qt as crianças ficarem em horario integral, muitos pais sao jogados a isso, n que queiram, mas precisam trabalhar, o trânsito em grandes cidades muitas vezes n te permite sair do trabalho, pegar o filho e levar p a casa da avó por exemplo, se é que essa tem tempo e tb n precisa trabalhar p complementar a aposentadoria.
    Empregadas como antigamente, são raras as quem se possa confiar a ajuda em educar um filho.
    Boa sorte ao Arthur e você e a escola Lumiar para que tenha sucesso com o Projeto Crianças na Cozinha.
    Bjs

  11. Paula, estudei com uma Paula Mattos quando eu era crianca… vc eh de Sao Paulo?

  12. Olá, pessoal.
    Concordo plenamente com os comentários de vcs. Trabalho em uma escola e vejo o quanto é difícil transformar a mentalidade dos pais. Apesar da constante orientação a respeito da alimentação dos filhos, de projetos da Culinária, muitos pais acreditam que ensinar e proporcionar alimentação saudável é semelhante a punir o filho (privá-los de “coisas gostosas”). Já cheguei a ouvir de uma mãe: “não vou deixar minha filha passar vontade! Vou mandar sim no lanche refrigerante e salgadinhos!” Complicado, não?
    Escola e família sem dúvida devem caminhar juntos!

    O único ponto que não concordo com o Dr. Alexandre é referente aos jovens profissionais. Ser jovem muitas vezes é sinônimo de garra, ausência de “vícios” no trabalho, estudo e tbém mta competência. Não podemos generalizar. Sem dúvida, existem profissionais e profissionais. Certo?

    Um grande abraço à todos!
    Pat, desejo ao seu menino mto conhecimento, mto alegria na escola nova! Glaucia

  13. Katia, já morei em São Paulo sim mas foi p estudar pós e depois trabalhei aí!!!! Sou capixaba e estudei em Vitória na infância!!!
    Bjs

  14. Coincidencias a parte Pat, também procuro uma escola para a minha filha, visitei a Lumiar e amei mas também achei cara, claro que não como esta que voce citou e digo que se pudesse, pagaria o preço pois acredito que na Lumiar vale a pena! Achei tão parecida com a minha escolinha de infância.
    Infelizmente bom ensino é pra quem pode pagar, já que a gente paga um montão de imposto e a educação de base na rede pública está de dar medo.

  15. Estou precisando trabalhar, já trabalhei em cantina quase dois anos na Escola Adventista de Campinas.
    Espero uma resposta de vocês.

    Obrigada

    Ségida

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