Amamentação ARTIGOS

4 grandes benefícios da amamentação para as mães (e o que anda acontecendo por aqui…)

Que amamentar é tudo de bom para a saúde do bebê, todo mundo já sabe. O que se sabe também, mas que não se proclama tanto, é o quanto o ato de amamentar é benéfico para a saúde das mães.

Um artigo publicado do excelente blog do Dr. Mercola enumera alguns desses benefícios e eu resolvi traduzir e publicá-lo aqui, porque um insentivo à amamentação nunca é demais. Logo após a tradução do artigo, vou contar um pouquinho sobre como andam as coisas aqui em casa.

Eu tenho conversado muito com a minha querida amiga Flávia Gontijo, que além de ótima amiga, é uma especialista em amamentação ligada ao grupo Matrice (vale a pena visitar o blog, muito bom!) de apoio a amamentação. Ela tem tido toda a paciência do mundo comigo, me enche de conselhos e tem sempre uma palavra carinhosa quando o desânimo parece querer tomar conta. Me telefone sempre na hora certa, parece até que lê pensamentos!!!

O “U.S. News & World Report” enumera 4 razões pelas quais amamentar o seu bebê faz bem a sua própria saúde:

  1. Câncer no sistema reprodutor: Amamentação prolongada diminui o risco de cânceres de mama, ovário e endométrio. Isto provavelmente se deve ao fato da amamentação suprimir os hormônios envolvidos nesses casos.
  2. Doenças coronarianas: Mulheres que amamentam por pelo menos 24 meses durante toda sua vida têm um risco 23% menor de desenvolver doenças cardíacas. Amamentar também baixa a taxa da perigosa gordura viceral.
  3. Artrite reumatóide: Diversos estudos vêm relacionando a amamentação com proteção contra a artrite reumatóide. Um desses estudos mostrou que amamentar por dois anos durante toda a vida, baixa o risco em até 50%.
  4. Diabetes: Amamentar protege contra a diabetes do tipo 2, possivelmente porque a lactação faz as células mais sensíveis à insulina.

Aqui em casa, no que diz respeito à amamentação, as coisas andam acontecendo. Muuuito lentamente, mas algo acontece.

Como contei no artigo anterior, notei que cerca de 3 dias após tomar o remédio receitado para secar o meu leite, o seio direito (o bom), produzia umas poucas gotinhas caso eu apertasse. Assim, meio de brincadeira, passei a apertar um pouquinho de vez em quando – era uma quantidade insignificante, poucas gotas, mas aquilo me dava certa alegria. De “aperto em aperto”, notei que as poucas gotinhas se tornaram jatinhos tímidos de leite. Muito pouquinho ainda, mas já era alguma coisa.

Um dia desses de sol e calor (em pleno inverno de agosto?!?), fomos passer no clube, um lugar que considero a continuação da minha casa – fui criada desde nascida indo lá diariamente e não faço diferente com meus filhos. Estávamos marido, eu e o bebezinho (ele só de fralda) “esparramados” numa espreguiçadeira, relaxando e tomando nossa dose diária de vitamina D. Bebê mais dormindo do que acordado, até que acordou com fome, muita fome. Sabe quando você está no estágio máximo da preguiça? Quando até esticar o braço ou dar dois passos parece esforço demais? Eu estava exatamente assim, e resolvi não levantar para pegar a mamadeira na térmica. Como tudo em volta estava completamente vazio, discretamente abria a blusa e ofereci o seio bom. Já esperava um berreiro, porque ele não queria uma “chupeta”, mesmo que fosse “chupeta materna”. Ele queria mesmo era comida! Por via das dúvidas ofereci bonitinho, fazendo o bebê pegar todo o bico, ocm aprendi na maternidade e como a Flávia enfatizou. Pois não é que o danado pegou direitinho e se acalmou?

Aquelas gotinhas de carinho podem não ter sido suficientes para aplacar a fome dele, mas o acalmaram por vários minutos. Não dá pra medir o quato saiu, mas alguma coisa com certeza saiu e ele pegava direitinho, porque não machucava nadinha.

Vale aqui um coisa importante que aprendi com a Flávia e comprovei ser verdade: não existe preparação de seio boa o suficiente se o bebê não pegar o seio direito. E não existe seio machucado se o bebê acertar a pega. Até acertar, pode até machucar, seio preparado ou não, mas depois que acerta, não machuca!

Resolvi repetir a “brincadeira” de novo, de novo e de novo. A produção não parece ter aumentado, pelo menos não significativamente, mas alguma coisa do meu leite o bebê mama, e mama feliz da vida. Tenho oferecido o seio bom cerca de uma vez por dia e isso não fez com que o outro seio desse “sinais de vida”.

Ontem, num longo papo com a Flávia (de novo ela adivinhou a hora certa de ligar), contei tudo isso e ela ficou super feliz. Aproveitou para me dar dicas preciosas:

  • Estimular mais vezes por dia, até o corpo entender que queremos leite.
  • Estimulando o seio bom, manter o outro seio enfaixado bem forte, o que possivelmente inibe a produção de leite nele.
  • Não oferecer o seio quando o bebê estiver “verde de fome”. No desespero para mamar, ele pode acabar pegando errado, e lá vamos nós ter problemas novamente (e eu achand que ferecer com fome, era garantia que ele pegaria, de um jeito ou de outro)

Dicas muito valiosas, Flá! Super obrigada!

E assim vamos caminhando… Mamadeira ainda sendo o alimento principal, e o peito, ironicamente com a função invertida, o complemento.

Eu nunca me atreverei a dizer que qualquer leite é melhor para nossos bebês do que o leite materno. Leite materno é o alimento ideal paara todos os bebê, e para que fique melhor ainda, as mamães precisam se alimentar muito bem, mas concordo com o que a Dani escreveu num dos comentários do artigo anterior: “Mais vale uma mamadeira bem dada do que um seio aflito!”

Procure se informar, estudar e se esforçar, mas se por qualquer razão a amamentação não for possível, não se sinta culpada. Amamentar é um ato de amor, mas ser mãe, ser uma boa mãe, vai muito além de amamentar!!!

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

19 comentários

  1. Estou muito feliz com as suas descobertas sobre como pode ser a amamentação do seu pequeno. desque que li o artigo anterior tenho rezado e pedido paa que vc encontre o seu caminho de amamentação dentro de suas possibilidades e seja feliz com isso! Acho que já está sendo, né?
    Vou continuar te acompanhando se se me permitir vou até lincar o seu blog ao meu, que está meio abandonado por falta de tempo, mas quye estou planejando tirar as teias de aranha…heheheeh.

    Beijos e sucesso!

  2. Legal saber disso, Pat!
    Valeram as dicas tb.
    Amamentei meu caçula por 2 anos e 8 meses. Durante o último ano, meio seio já nem parecia produzir leite algum, estava pequeno e murcho. Mas durante uma virose que meu filho teve, em que vomitava, deu pra perceber que era bastante leite que ele ingeria.
    Bjs.

  3. Pat,

    sem querer ser piegas, mas talvez sendo sem medo de ser feliz. Estou transbundante com seu artigo. Obrigada por seu carinho.

    Que lindo participar desse processo maravilhoso e que bom ser sua amiga.

    Conte comigo para o que precisar.

    Aproveito para dizer que as reuniões da Matrice com as mães (grávidas ou amamentando) acontecem toda sexta-feira de 13h30 às 15h30 na Casa Materna onde funciona o Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa – http://www.maternidadeativa.com.br/) e que lá podemos compartilhar dessa experiência maravilhosa que é amamentar e cuidar de nossos pequenos.

    Beijos no coração e parabéns por ser essa super mãe

    Flá Gontijo

  4. Que bacana Pat, agora lembrei que muitas mães dizem que o filho só pega um peito e depois de algum tempo a demanda se ajusta e esse peito quase não produz mais, inclusive chega a ficar um pouco menos, mais murcho, quem sabe seu corpo não está colaborando com a sua vontade?
    Um beijo

  5. Paty,

    A amamentação é importante para mãe e filho, mas se não é possível, sem paranóias!! Amamentar não é garantia de maternidade consciente, vinculo, amor…
    Minhas duas filhas usaram o peito como “complemento”, como você mesma disse. Da primeira vez fiquei bem caída com isso. Na segunda, levei muito bem, sem traumas. Ser mãe é muito mais do que isso, e você sabe muito bem disto. Hoje elas estão lindas, saudáveis, amadas. Eu voltei ao peso, sem traumas, com saúde, pois isto depende da gente e não só de amamentar! E nada melhor do que ver a carinha do nosso bebê satisfeito e feliz (porque nós também ficaremos bem!!), seja lá como tenha sido, com mamadeira ou com peito! Infelizmente não deu para nós, mas não nos torna menos mãe ou mulher!

    Um beijo, boa sorte.

  6. Estou muito feliz por vocês! Continue assim… Curtindo esses momentos lindos…

    Realmente, o peito só fica super cheio logo no início, quando o leite desce e o corpo ainda não se regulou para produzir somente a quantidade necessária para o bebê. Com o tempo, conforme o bebê vai começando a comer outras coisas e mama menos vezes ao dia, o peito vai ficando cada vez mais “vazio” (isso é o que a gente pensa, na verdade ele não está vazio, está com a quantidade adequada para o bebê naquele momento). No meu caso, no final de mais de quatro anos de amamentação, meu peito já murcho, não parecia ter leite algum, mas meu filho confirmava que tinha e queria mamar toda noite…

    Não desista! O seu corpo vai entender o que deve fazer… A natureza é perfeita… Beijos!

  7. Pat, legal saber que as coisas vão evoluindo e que vc não desistiu! A meternidade faz mesmo a gente se superar, se doar um pouco mais, esticar os nossos limites. Cada gotinha do seu leite que ele tomar é uma grande vitória. Parabéns novamente! bjs

    1. Obrigada Luciana! Isso me lembra que preciso tomar um copão de água, senão não tem força de vontade que faça milagres!!

  8. Pat, muito legal, fico feliz por voce continuar tentando, Parabens!

  9. Que maravilha!!!!
    como eu havia comentado!
    o corpo precisa de tempo prá se regular, mas regula!!!!!!!!
    e nossa contituição é de uma inteligencia e perfeição tão incríveis…
    continue assim, ofereça mais vezes, sem medo de ser feliz!Siga as dicas preciosas da Flávia!enfaixa o outro peeeito!
    Vc passou por um período de adaptação que todas as mulheres passam!
    Tá tudo certo Pat!!!!!!!
    Parabéns!!!!!
    bjs!

  10. Nossa, que notícia maravilhosa! Fico muito feliz por vocês. Você é uma batalhadora, sabe o que faz e ainda por cima, tem uma intuição afinada. Rs.

    Parabéns pelos avanços! Apenas continuo com minha sugestão de oferecer o seio bom, através da relactação, assim, poderá ter o contato do bebe com o seio mais vezes por dia!!!!

    De qualquer forma: sucesso para vocês!

    Letícia

  11. Pat fiquei curiosa o que o seu bebê está tomando? a fórmula do seu marido? ou que tipo de leite?

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