Amamentação AMIGOS Bebês Leitores do Crianças na Cozinha MAIS...

Não se sinta culpada…

Ontem eu recebi um comentário da Elaine, que já freqüenta o site há algum tempo e colabora de vez em quando com comentários. Ela se mostrou decepcionada com algumas das minhas colocações e opiniões. Eu resolvi não publicar o comentário dela como comentário, mas sim na forma de um artigo, onde eu pretendo responder direitinho às dúvidas e argumentos dela,que podem ser de outras pessoas também.

O comentário foi feito NESTE ARTIGO, mas não foi publicado lá. Eu o transcrevi aqui.

Acho que opiniões contrárias, questionamentos e dúvidas, desde que feitas de maneira educada e sem ofensas, só têm a acrescentar ao conteúdo deste site. Ninguém precisa concordar cegamente com tudo o que digo, não sou dona da verdade! Meu compromisso aqui é publicar a minha experiência, minhas crenças e o resultado de todas as minhas pesquisas.

Olá Pat,

Tenho que ser sincera….Você me decepcionou! Por causa de uma cirurgia por fins estéticos não conseguiu amamentar!! Eu sei que às vezes fazemos algo que não sabemos o que realmente vai nos custar. Mas eu fico triste que voce fala em letras maiúsculas para as pessoas nao se sentirem culpadas por não conseguirem amamentar.


Elaine, eu realmente fiz uma cirurgia de mama, mas que muito além de estética, foi necessária para a saúde da minha coluna, que desde muito cedo tinha desvios graves por causa de excesso de peso. A estética contou pontos sim, e eu não me envergonho nem um pouco disso!! Na época da cirurgia, eu questionei sobre riscos de prejudicar uma eventual amamentação – caso viesse a ter filhos. Eu ainda não sabia com detalhes da importância da amamentação, mas instintivamente sabia que esta deveria ser uma preocupação.

O médico que me operou me avisou dos riscos, e no meu caso em particular, por razões que não vêm ao caso, o risco de não amamentar existia mesmo sem a cirurgia. Eu escolhi operar, e não me arrependo nem por um segundo!

Essa cirurgia, além de ter feito um bem norme para minha saúde e para minha postura, fez um bem incalculável para minha auto-estima. E o que é uma mulher que se sente mal com o próprio corpo? Será que, de mal com meu corpo, eu seria a pessoa bem humorada e feliz que sou hoje? Será que uma mulher que não está bem consigo mesma será uma boa esposa (isso se conseguir marido!) e será uma boa mãe? Será ela capaz de estar bem com os outros?

Tenho minhas dúvidas…

Fiz essa cirurgia por mim, principalmente por mim, mas tenho certeza absoluta de que todo o bem-estar advindo dela reflete em toda a minha vida e nas minhas relações.

Uma cirurgia, seja ela estética, corretora ou por qualquer outro motivo, se nos faz sentir melhor e nos torna uma pessoa melhor, pode e deve ser feita! Esta é a minha opinião!

Por favor nao faça isso!

O motivo é que fiz parte num hospital da América (onde moro) e 99.99% dos casos onde mãe não conseguem amamentar não vem do fato de má alimentação, cirurgias mamárias ou “caso hereditário” (esse quase nulo). Isso vem da FALTA DE INFORMAÇÃO CORRETA SOBRE AMAMENTAÇÃO.


Eu tenho a mais absoluta certeza de que em muitos dos casos em que as mães não amamentam é por total falta de informação. Falar em pouca informação é ser delicada. A gente cresce vendo por aí a amamentação como sendo a coisa mais simples e natural do mundo. Encosta o bebê no peito que tudo dá certo… Que grande mentira, que grande ilusão!! Amamentação a gente aprende, ou pelo menos deveria aprender em todas as suas nuances…

Acredite, médicos convencionais e mesmo seu pediatra TÊM POUCA informação sobre o assunto (mesmo aqui na América, infelizmente essa é a verdade). Se você não tivesse leite, nem uma gota se apresentaria. ACREDITE. Mas é logico que seu problema pode ter sido um dos 0.1%.

Você fez todos os tipos de coisas mirabolantes mas NÃO pensou no BANCO DE LEITE. Mesmo que a mãe que doa leite não tenha a alimentação boa que você tem, acredite não é pior que qualquer outra coisa mirabolante.


Sim, eu pensei num banco de leite. Pensei e fui pesquisar à respeito. E descobri que o leite materno desses bancos é pasteurizado!! Sim, fervido, aquecido e sei lá mais o quê! E se você ler e pesquisar, vai saber que leites pasteurizados, não importa de que mamífero seja, perdem quase todo o seu valor nutricional, perdem enzimas importantíssimas, tornam-se alergênicos e prejudiciais à saúde! Diante de tudo isso, optei por não me servir dos bancos de leite, por isso e porque a alimentação da mãe que doa o leite importa muito SIM na qualidade final dele.

Ademais, pesquisas mostram que o leite materno de péssima qualidade existe sim! Basta que a mãe não se alimente com os importantes fatores vitamínicos e com os ácidos graxos essenciais, e se alimente com gordura vegetal hidrogenada, açúcar, açúcar, açúcar, refrigerante, pão, pão, pão, massas, doces, adoçantes artificiais, resíduos de antibióticos, pesticidas, agrotóxicos, corantes, estabilizantes, emulsificantes, conservantes, aromatizantes, flavorizantes, óleos vegetais oxidados, fitatos e outros antinutrientes sempre presentes em grãos mal-preparados, hormônios sintéticos como o rBGh (hormônio recombinante do crescimento bovino, presente no leite), resíduos de cigarros, cafeína e outras drogas psicoativas naturais e até sintéticas, resíduos da poluição do microambiente em que a(s) doadora(s) reside(m) (quem garante que ela não mora ao lado de uma funilaria de fundo-de-quintal, sem exaustão e isolamento adequados, e portanto exposta a resíduos de solventes petroquímicos comprovadamente cancerígenos? Quem garante que ela não acabou de dedetizar sua casa, e portanto está exposta aos resíduos dos venenos?)

E mais uma…. Qualquer coisa que dê ao seu filho antes dos seis meses funciona como um intrigador de alergia, ela pode começar de pequeno, na adolescência ou mesmo na fase adulta, não interessa o quanto orgânico isso seja.


Eu nunca disse aqui que o que dou para o meu filho, orgânico ou não, seja melhor do que leite materno de uma mãe bem alimentada. Se em algum momento pareceu assim, peço desculpas! Quanto às alergias… Sim, é um ponto a ser pensado, ponderado e verificado. É fácil ‘repetir’ um conhecimento parcial. A informação mais perigosa é a meia-informação. Assim, vejamos: durante os primeiros meses de vida, o sistema imunológico vai aprendendo muitas coisas com o meio ambiente que o cerca, entre as quais, o que é ’self’ e o que é ‘non-self’. É claro que, para tudo nesse mundo, existe uma chance de algo dar errado, mas normalmente, a tendência maior é de não reagir inadequadamente a alimentos em sua forma absolutamente original, como o leite cru de outros mamíferos. A preocupação que você manifesta sobre alergias deve ser voltada para os milhares de alimentos processados industrialmente, aos quais os bebês são expostos (diretamente ou via leite materno), e que enlouquecem o sistema imunológico, justificando a verdadeira epidemia de alergias e intolerâncias à nossa volta. Nessa linha de raciocínio, até o leite materno, assim contaminado, pode causar alergias – sim, existem bebês alérgicos ao leite da própria mãe!

Apesar de ser tarde pro seu filho, leia The Ultimate Breastfeeding Book of Answers” – Jack Newman. Esse faz qualquer mãe ir atrás do leite materno, esteja ele onde estiver. E eu tenho certeza que você nunca mais vai escrever em letras maiúsculas: “- Não se sinta culpada!” E em vez disso vai dizer: “- Por favor, procurem o Banco de Leite!”


Quanto ao livro citado, apesar de conter diversas informações úteis, eu jamais o recomendaria a nenhuma mãe lactente. Logo que você inicia a leitura, apercebe-se da atitude de condenação, por parte do autor, às mulheres que, por alguma razão ou por outra, não amamentaram. É verdadeiramente frustrante e desencorajador ter de procurar as informações que desejamos e precisamos, em meio a esse mar de pré-conceitos e pré-julgamentos por parte do autor. Quando uma mulher compra um livro desse tipo, é porque ela está tentando aprender a nutrir seu bebê através da amamentação. O que ela não quer, nem precisa, nessa hora, é receber a mensagem de que terá falhado para com seu bebê, caso não amamente. O aprendizado na arte de amamentar é, em si, altamente estressante. Há muitas expectativas envolvidas. E um livro com uma atitude anti-qualquer-outra-coisa pode representar um estresse a mais para a mãe.

Sim, eu vou continuar falando para as mamães que TENTARAM amamentar mas não conseguiram, que NÃO SE SINTAM CULPADAS! Elas tentaram, do jeito que sabiam. Tenho certeza que a enorme maioria pesquisou o que podia, tentou, tentou e tentou. Nem todas sabem onde ou com quem buscar informações, outra falha do sistema, que não coloca esse tipo de informação de maneira clara para as novas mamães. Mas por favor – ao pesquisar, jamais se baseie num livro só ou numa fonte só.

Imagine a situação, por mais alegria que um bebê traga para a vida do casal: você acaba de ter seu primeiro filho, ainda está meio perdida, não sabe bem o que fazer. Está cansadíssima pelo parto, pelas noites mal dormidas, pelo acúmulo de novidades em tão pouco tempo. Muitas mulheres chegam a passar por período de depressão pós-parto, se sentem inseguras com o corpo nada bonito do pós parto. Eu acho que uma mulher assim não precisa de mais nada para se sentir mal!! Ela tentou como sabia tentar. Não conseguiu. E o que vai fazer? Ficar chorando pelos cantos, cheia de culpa?? Ou vai correr atrás da melhor opção para não matar o pobre bebê de fome, e ao mesmo tempo nutri-lo, para que cresça e se desenvolva com saúde vibrante?

E também quando o assunto é nutrição, não procure o pediatra… Eles entendem muito de curar doenças, mas quase nada de manter a saúde.


Realmente isso é uma verdade, a maioria esmagadora dos médicos – pediatras ou não – se especializa em doenças e remédios, e esquecem do significado real da palavra “prevenção”, além de se esquecerem o quando a alimentação afeta a nossa saúde ou nos causa doenças. Eu tenho a sorte de ter ao meu lado um médico que pertence à minoria, que conhece o que realmente é prevenção e que pesquisa e conhece cada vez mais sobe alimentação saudável. Não é a pediatra do meu filho (com a qual ele se consultou apenas 2 vezes desde que nasceu, e na verdade sem nencessidade nenhuma além de matar minha curiosidade sobre peso e altura dele). O médico de quem eu falo e por quem tenho absoluta e cega confiança, é o meu marido e pai do meu filho.

Você sabia que é só depois de um ano de amamentação que se protege filho da apnéia? Lembra que 1% das pessoas têm a mesmo conhecimento sobre alimentação que você, portanto vai sempre minimizar a falta de amamentação do seu filho, o que NÃO ocorrerá com os outros mortais, que além de não amamentados terão uma alimentação incorreta…


Eu sei direitinho que poucos possuem as informações que eu tenho sobre alimentação saudável. E justamente por saber disso foi que criei este site, que já conta com cerca de 1500 visitas diárias, de várias partes do mundo – a minha intenção é justamente difundir o quanto mais essas informações e ajudar da forma que sei e posso. Meu sonho é que esse 1% se transforme em 100%. Não tenho a ilusão de mudar o mundo, mas tenho certeza que ajudo e já ajudei muita gente por aqui a melhorar sua saúde e da sua família através de hábitos alimentares mais saudáveis.

Ninguém merece, né?


Todo mundo merece conhecer um pouco mais sobre o que come e todo mundo tem direito a fazer suas escolhas na vida!

Leio um trilhão de livros excelentes… E esse realmente abrirá a sua mente (mais do que já é).


Obrigada, vou mesmo procurar ler sempre mais. Tenho lido e pesquisado bastante ultimamente. Acompanhem aqui pelo site os diversos livros que comento ou indico!

BY THE WAY, I DO LOVE YOUR JOB ABOUT NUTRITION!


Fico contentíssima que mesmo se decepcionando com parte da minha experiência, você admire meu trabalho de pesquisa na área de nutrição. Apesar de não ser nutricionista, sou uma eterna apaixonda pelo assunto e venho pesquisando cada dia mais!

CLIQUE AQUI para conhecer o leite que meu filho tomou desde as primeiras semanas de vida.

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

33 comentários

  1. Fico entristecida em ler comentários como os feitos pela Elaine. Mal sabe ela os sacrifícios que muitas mães (como eu) fazem para poder amamentar os filhos.

    E ler que “(…)99.99% dos casos onde mãe não conseguem amamentar não vem do fato de má alimentação, cirurgias mamárias ou “caso hereditário” (esse quase nulo). Isso vem da FALTA DE INFORMAÇÃO CORRETA SOBRE AMAMENTAÇÃO.” é realmente FRUSTRANTE para quem tentou meses a fio amamentar e não conseguiu. Onde a gente se coloca então?

    Na parte das má alimentadas? Ou foi a genética que não me beneficiou? Talvez tenha sido minha mamoplastia, feita por PURA VAIDADE, nas palavras da Elaine. Sorry, mas NO MEU CASO, não foi nenhum dos itens citados por ela.

    Participei de uma comunidade no Orkut dedicada a mães que não puderam amamentar. Tive a oportunidade de conhecer cada caso, ver de perto sofrimento de mães, que fizeram até o impensável na esperança de poder amamentar seus filhos. Quase todas, sem grandes avanços.

    Meu filho é filho de NAN. Logo passou para o leite de vaca in natura. Saudável? Bota saudável nisso. O menino esbanja saúde, mas não vou entrar no mérito da questão.

    Ao conhecer as mães que não puderam amamentar como eu, vi que “o buraco é mais embaixo” do que os médicos pregam. Sortudas aquelas que ao dar a luz, já têm o peito jorrando leite. É uma cena que eu não experimentei, por mais que eu tivesse tentado. Minha alimentação é bastante saudável, orgânica e riquíssima em nutrientes. Mamoplastia eu fiz, com a GARANTIA DO CIRURGIÃO PLÁSTICO DE QUE NÃO IRIA INTERFIRIR NA AMAMENTACAO DALI UNS ANOS.

    Daí eu leio sobre a falta de informação sobre a amamentação. EU fui extremamente bem informada sobre esse assunto, me preparei durante a gravidez, porém, por golpe do destino, meu seio e bico estavam preparados, mas o leite não veio. Estou à espera do leite há quase 3 anos. Consultei médicas, 2 pediatras, fiquei paranóica. Tive enfermeiras me ajudando com a relactação, usei sonda, até canjica comi… hahaha

    Conheci uma mãe que chegou a viajar 500km com um recém-nascido nos braços, à procura de uma enfermeira que era “tiro e queda”. Não é de dar pena? As loucuras que algumas mulheres fazem para amamentar, na maioria das vezes em vão.

    Então, ao invés de dar leite artificial ou de vaca, você sugeriu que as mães tentassem ir aos bancos de leite. Sorry novamente, mas pelo menos AQUI onde eu moro, no interior de SP, os bancos de leite dão preferência aos bebês internados nos hospitais.

    Daí que meu filho tomava 150ml de leite a cada 2 HORAS!!! Eu ía então assaltar o banco de leite? Ou então tirar dos bebês que estao na UTI e de mães que não podem pagar uma lata de NAN, SÓ PORQUE EU QUERO DAR LEITE MATERNO PRA ELE, ORAS!!! Ir a um banco de leite vai além da “vontade de dar LM pro filho”. Você precisa perceber que existem prioridades na Saúde Pública, e a “vontade de dar LM” quando se pode pagar por uma lata de NAN chega a ser xiita e absurda.

    Enfim, há alguns anos atrás eu teria ficado abalada com as palavras da Elaine, mas vendo meu filho hoje em dia, e convivendo com mães que assim como eu, não puderam amamentar, eu passei a não me importar. Mas só lhe peço: Pega leve!!! Nem todas as mães amamentam porque não querem. Isso vai além de saber tudo sobre amamentação. Palavra de que sabia tudo sobre amamentação e não pôde amamentar!!

  2. Primeiramente, concordo com você, Pat!

    Lendo esse post, lembrei da minha própria experiência…
    Você chega do hospital, um turbilhão de coisas passam pela sua cabeça… e as pessoas não param de dizer o que você deve ou não deve fazer… algumas até com uma certa “experiência”… outras, sequer tem filhos…

    Muito fácil dizer: Faça assim! (Será que pessoa que questionou tudo isso tem filhos? Já passou por essa experiência?)…
    Eu não consegui amamentar meu primeiro filho, mas o segundo, sim… busquei mais informações…

    Beijos, amiga!

  3. Adorei sua resposta, Pat, é bom ver alguém que não amamentou e não tem neuras por isso. Eu gosto muito de uma coisa que a Denise, do Sí­ndrome de Estocolmo e defensora ardente da amamentação sempre diz: amamentar é um direito da mulher, não é uma obrigação, nem um direito da criança. Existem mil fatores que podem fazer com que uma mulher não amamente, e temos de respeitar a decisão dela, pois ela sabe o que é mais adequado para sua vida. E quando digo respeitar, estou falando também de não fazê-la se sentir culpada pelas decisões que tomou.

    Quando vejo essa defesa exacerbada da amamentação, como se fosse uma obrigação para com a criança, tenho a impressão de que estamos passando a considerar a criança mais importante que a mulher que a gerou. Por mais que a criança seja importante, não podemos esquecer que a mulher é um ser humano, e não apenas uma leiteria.

  4. MENINAS!!!

    QUE FIQUE BEM CLARO QUE EU SOU ABSOLUTAMENTE A FAVOR DA AMAMENTAÇÃO!!

    TODA MULHER DEVERIA SE INFORMAR, SER INFORMADA, SER AJUDADA. O LEITE MATERNO É CHEIO DE VANTAGENS, É O IDEAL, PRINCIPALMENTE SE A MÃE SE ALIMENTA BEM E É SAUDÁVEL.

    O QUE NÃO PODE ACONTECER É UMA MULHER NÃO CONSEGUIR AMAMENTAR E PASSAR O RESTO DA SUA VIDA SE CULPANDO POR ISSO!!

    A VIDA É BELA E DEVE SER VIVIDA SEMPRE CHEIA DE FELICIDADE!!

  5. Quando o assunto é maternidade fica muito complicado pois nós somo mães ou seremos e somos filhas… eu sou bem sensivel quanto a amamentação pois pra mim ela nunca foi facil, mesmo tendo uma avó e uma mãe praticamente “vacas leiteras”. Eu só consegui amamentar exclusivamente até os 5 meses e meio, depois a minha filha parou sozinha aos 9 meses, tive toda a informação, ajuda de enfermeiras, de auxiliares de enfermagem, de muitos médicos e até de comunidades e foruns na internet, sem contar nas minhas experientes ancestrais que amamentaram muitos e até tiveram filhos de leite. Chorei muito, era muito sofrido mas só fui descobrir o problema depois que a minha filha começou a comer. Entendo o lado da Elaine e mais do que tudo, o lado da Pat, mas é bola pra frente, a gente faz o possível pois ninguem é perfeito!

  6. Olha, deixo claro desde ja’q NAO gosto nem um pouco de entrar nesse assunto.

    Sim ja’me senti culpada por NAO ter amamentado, mas isso foi bem antes de saber q isso NAO ERA MINHA CULPA.
    Eu tentei, tentei durante mais de 30 dias sem sucesso, minha filha nasceu prematura com menos de 2 kilos e apos um mes tinha menos ainda!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Meu quarto era minha sala…onde eu a colocava no meu peito e dali nao tirava o dia todo e noite toda.
    E quando ela dormia eu “estimulava”…affffff nao quero ver uma bomba daquelas nem na prateleira.
    Fatores psicologicos????
    NENHUM, tive uma gravidez DESEJADA e tranquila, boa alimentaçao, sem vicios…tudo OK.
    Fiz reduçao mamaria, mas o medico me garantiu q isso nao afetaria a amamentaçao(no meu caso)….

    Levei minha filha na pediatra e sai com ela de la’com um TERMO DE RESPONSABILIDADE, pq eu nao queria interna-la…
    A medica foi bem clara comigo…
    MAE OU VC DA’MAMADEIRA PRA SUA FILHA OU ELA VAI MORRER DE FOME!!!!!!!!!!!!!

    E ai?
    Eu sai de la’comprei TUDO e dei, pra vcs terem uma ideia ela NEM CHORAVA!Nao tinha forças…por isso nao chorava…com 30 dias ela era so’ossinhos…mal tinha cabelo…apos 10 dias do NAN ela ja’tava LINDA…sorrindo e chorando aos montes…

    FILHA DE NAN SIM com muito orgulho, agradeço a latinha q salvou minha filha…e so’queria saber qm foi o FDP q inventou q “TODA MAE TEM LEITE”…

    Hoje ela esta LINDA, passamos pro NAN2…NINHO…NINHO FASES….etc

    Hoje so’me arrependo de nao ter dado mamadeira antes….
    Amamentei SIM ela com meu carinho, acho q isso vale mais do q uma mae estressada amamentando no peito.

    CORAGEM a todas e abraço

  7. Pat, não te conheço pessoalmente, somente pela comunidade, e desde logo percebi o quanto você é uma mulher preocupada com a saúde e a felicidade tanto das mamães quanto de seus pimpolhos. Aprendi e aprendo a cada dia com sua sabedoria, tenho total confiança nas suas informações. Ao invés de ficar caçando informações por aí, vou direto na comunidade, lá eu já encontro tudo pesquisado direitinho por você. Eu amamentei meu filho até os seis meses somente com meu leite, sei perfeitamente da importância disso, mas se pudesse voltar o tempo teria introduzido outros alimentos antes( fiquei praticamente seis meses sem dormir, vivia só para amamentar, foi um desgaste físico e emocional, fiquei muito estressada na época) caso não pudesse amamentar eu iria procurar uma fórmula mirabolante sim, sem culpa nenhuma, pois toda mâe que se ama e ama seu filho procura o melhor para ele instintivamente. Sem criar polêmicas, mas acho que o comentário da nossa colega tem uma pitadinha de inveja! Sou sua fã, você é linda e feliz, continue sempre assim passando seus conhecimentos para quem tem fome de coisas saudáveis. bjs

  8. E o que dizer de gestantes que NÂO fizeram plastica, filha e neta de “leiteiras” e que se prepara durante toda a gravidez para amamentar e que simplesmente não consegue …..
    Desde criança minha alimentação foi muito boa e tenho a magoa até hoje de não ter conseguido amamentar mais que um mes !!

  9. Pat,
    hoje, sou mãe há exatos 7 meses e ainda amamento meu bebê. Fiquei muito feliz pela discussão que surgiu com o comentário enviado pela leitora sobre amamentação, por ser este um assunto sobre o qual muitas novas mamães e não somente as mamães novas às vezes têm pouco acesso e oportunidade de se expressar. Digo isso por experiência própria e também de amigas. Agradeço a Deus diariamente por conseguir amamentar, visto ser este um desafio a qualquer mãe, tenha ela bastante leite ou não, tenha ela sido amamentada ao peito ou não. No início me desesperei como qualquer mãe, sem no entanto saber que todas passam pelas dificuldades iniciais e que era comum, por exemplo, sangrar o mamilo (comum e não normal!) e que ainda assim eu poderia continuar a amamentar… Durante cada mamada eu rezava agradecendo por mais aquela mamada… E foi nesta fase que descobri seu site, eu estava pesquisando na internet sobre alimentação saudável e te encontrei, de cara adorei!
    Enfim, comecei a escrever aqui para parabenizar a Pat por todas as matérias publicadas e pela preocuação que tem na passagem das informações e também parabenizar a todas as mamães que se manifestaram sobre o assunto. Muitas vezes falta a informação do que a mãe deve fazer para conseguir amamentar, mesmo básicas como comer de forma saudável com qualidade e quantidade suficiente e, descansar para que o corpo tenha forças para fabricar o leite, podem fazer a mãe desistir, mas a influência da pressão psicológica da obrigação de amamentar pode ser muito pior do que qualquer falta de informação da mãe… As pessoas às voltas das mães deveriam se informar sobre o assunto e tentarem não opinar tanto se não têm instruções a passar, cada mãe é uma, e momento de vida tb… não tem mães que às vezes amamentam i primeiro filho e o segundo não? ou um filho mais do que outro? então, somos e como somos suscetíveis a mudanças hormonais que decorrem de diversos fatores… mas uma coisa é certa, sempre… o AMOR que vc pode dedicar ao seu filho não se conta em ml que vc produz de leite, mas sim à dedicação que puder dar a ele, não em quantidade, mas em qualidade.
    Um beijo para a Pat e a todas as mamães que leêm diariamente o site dela, pois certamente são mães tão preocupadas com seus filhos quanto ela! (do contrário estariam somente visitando sites de fofocas, estou certa?) ;)

  10. É tão fácil julgarmos quando as coisas com a gente dão certo de cara, comigo foi assim, minha filha pegou o peito 48 horas após nascer e foi uma maravilha. Amamentei exclusivamente, ela ganhou peso, estava saudável e eu me sentia uma super mãe. Então eu voltei a trabalhar, ela tinha dois meses e eu a levava junto pro escritório, sou profissional liberal. Em um mês nesse ritmo meu leite secou, assim, do dia pra noite eu não tinha uma gotinha sequer e uma filha morrendo de fome. Desesperada procurei toda a ajuda possível, só não fiz macumba porque não acredito nisso, de resto, fiz tudo. Até que um dia o pediatra resolveu ser sincero comigo, eu devia passar para o Nan porque meu leite não voltaria, era isso ou voltar a ficar só em casa, focada somente na minha filha. Que como minha profissão me exigia muito, emocionalmente falando, meu foco estava sendo dividido e o leite já era. Eu não tinha escolha. Nan nos salvou da fome e da desnutrição, mas não da culpa que me perseguia toda vez que precisava dar mamadeira pra minha filha, ou que alguém me criticava por ter voltado ao trabalho… como se as coisas dependessem sempre somente da nossa escolha!

  11. Oi Pat,
    Adorei este post e os comentarios feitos em relacao ao ” nao se sentir culpada”…
    Sou filha da geracao ” plastica para quem tem peitao” (rs) e sempre tive duvidas a respeito de amamentacao, pois ainda nao tive filhos.
    Amei o seu relato e os seus comentarios.
    Alias, este espaco aqui eh mesmo um deleite para a boa informacao e nutricao.
    Parabens,
    bjs

  12. Oi, Pat. Não sou mamãe ainda, mas adoro seu blog e acompanho as dicas pra me tornar um dia uma mamãe bem caprichada. Nunca comentei antes, mas queria aproveitar a chance agora.
    Essa sua resposta é digna de um passo-a-passo de como responder um comentário maldoso e desconstruir cada alfinetada. É isso aí, parabéns pela atitude de receber algo negativo e conseguir transformar em positivo.
    Grande beijo!

  13. Sempre me senti culpada por não ter conseguido amamentar meus dois filhos. Na primeira gravidez tive mastite e foi necessária uma cirurgia para retirada do leite que ficou retido no seio. Os canais se entupiram e o leite simplesmente não saia quando meu filho sugava. Eu tinha 23 anos e sofri muito. Principalmente, por causa de algumas pessoas insensíveis que achavam que eu simplesmente não queria amamentar. Aos 33 anos tive minha filha. Fiz cursos para gestantes e estava pronta para amamentar. Tinha todas as “informações” necessárias para amamentar e novamente tive mastite e tive que tomar vários antibióticos para conter a infecção. Resumindo: novamente não consegui amamentar. Fiquei arrasada e chorava cada vez que via algum anúncio na televisão falando sobre a importância da amamentação. Na época (2 anos e 8 meses atrás), o pediatra dos meus filhos me disse algo que me ajudou bastante: “o leite materno é extremamente importante, mas para o bebê, perder a mãe (para um quadro de depressão) é muito pior, do que não ser amamentado”. Com isso, venho levando a vida. Mas, sempre que vejo os benditos anuncios fico meio triste. Mexendo na internet, encontrei sua página e fiquei super feliz com suas palavras. É muito bom saber que existem pessoas inteligentes como você que sabem dar as respostas que todas nós, mães que não puderam amamentar, gostariamos de dar, às pessoas que, como a senhora Elaine, não entendem que as coisas muitas vezes não acontecem como nos livros “excelentes” sobre amamentação. Parabéns Pat.

  14. Rejane,

    Obrigada pelas suas palavras de carinho! Só quando passamos por dificuldades como essas é que entendemos o drama verdadeiro…

    Um beijo e muita saúde para você e suas filhas!

  15. oi, pat!
    já estive por aqui antes, mas esse mundão virtual é muito grande, e não dá pra participar de tudo como eu gostaria…
    entretanto, não consigo deixar de dar um pitaco, me é mesmo irresistível…
    eu participo de um grupo de apoio à amamentação. recebemos muitas mulheres com queixas semelhantes “não consegui”, ‘o médico disse…”, “meu bebê chora muito”, “eu tentei tanto e não deu”, “eu me cerquei de TUDO e mm assim não deu”…
    sabe o q EU acho?
    o preconceito acontece muito mais nos olhos de quem não conseguiu do q no povo q defende a amamentação!
    se a mulher fez tudo q estava ao seu alcance (ou pelo menos ELA acha assim), pq a necessidade de ficar repetindo isso à exaustão, pq a necessidade de fazer os outros acreditarem, pq a neura de achar q os outros estão achando q ela não ama seu filho (ou é menos mãe) pq não amamentou???
    entende?
    fui e sou taxada muitas vezes de radical, pq eu defendo a amamentação, pq digo com todas as letras q o melhor leite pra criança é o leite de sua mãe (e lata nenhuma do mundo vai substituí-lo melhor).
    a minha “função” é apoiar e dar informação, mas o q cada mãe faz no íntimo do seu lar, é da alçada dela.
    amamentação, porém, pode ser simples ou pode ser complicado.
    conheço mulheres q não ficam elocubrando, põem o bebê no peito e pronto. não ficam pirando se o bb mamou leite gordo, leite magro. se mamou 10, 15 ou 25 minutos, não se lembram qual peito foi por último. amamentam sem problemas!
    conheço mulheres q possuem TODAS as informações, todos os dados, apoio e respaldo possível. e mesmo assim não conseguem. choram, esperneiam, mas não conseguem. o leite seca. e partem pra mamdeira.
    e conheço mulheres q ouviram muitas e muitas vezes q não conseguiriam, pra desistirem, q não estava dando certo, q seu bb estava passando fome, q elas já tinham feito tudo ao seu alcance, pra deixarem pra lá. e elas não desistiram, pq sentiam, lá no fundinho, q amamentar é da natureza do gênero feminino, e não pode ser tão difícil assim. e elas conseguiram, depois de um começo meio conturbado!
    então, qdo alguém reclama do seu apoio às mães q não conseguiram, talvez seja por ver vc passando a mão na cabeça de mulheres q não precisam disso!!
    ora, se esse assunto está resolvido, pra quê tanta “defesa”???
    além disso, fica parecendo q não tem tanto problema não amamentar, mas tem sim!
    o fato da mulher não ter conseguido não faz dela menos mulher, menos mãe, não faz dela nenhum monstro, claro!!!
    mas não ter amamentado é, sim, um problema, a curto e a longo prazo! e não se pode falar disso agora???
    abs
    ana

    em tempo: tenho uma amiga super-hábil em comunicação não-agressiva. talvez eu não tenha essa habilidade. talvez, não, certamente, não tenho!! mas não é meu hobejtivo agredir ninguém aqui, só trocar uma idéia, ok? abs, de novo!

  16. Pat , AMO seu site, acho que nunca comentei, mas vamos lá…
    Não podemos esquecer jamais que amamentar é acima de tudo um ato de amor, amor com o seu bebê e amor com vc, passei por esta depressão de não amamentar completamente meu bebe(ele mamou até os 3 meses) e me senti muito culpada achando inclusive que era culpa minha, falta de vontade, de dedicação, de amor… aí meu marido falou: “vc não lembra como vc ficava cansada? como não conseguia nem se levantar da cama sem quase desmaiar? isso não é falta de amor…” O que eu quero passar é que as vezes a amamentação é fantástica, mas as vezes existem problemas e não é por isso que seremos mães melhores ou piores(como muitas maes falaram aqui) ser mãe não é dar o peito, se fosse assim a ama de leite seria mãe, seja mãe dando mamadeira pro seu filho, olhe ele nos olhos nesta hora e faça carinho, crie o vínculo … e a amamentação será substituída… o carinho como vcs disseram também fará muito mais diferença do que o peito, além disso mães (pais também) felizes criam crianças felizes… Uma criança feliz adoece menos e chora menos e cresce melhor… o amor deve ser o guia, não o peito…
    Um grande beijo a todos que buscam soluções, que um dia vcs possam encontrá-las

  17. Também fiz uma cirurgia estética há muitos anos e não me avisaram que provavelmente eu teria problemas na amamentação. Foi beeemmmm difícil, e acabei parando de amamentar quando elas faziam 3 meses. Era pouco leite, além disso, eu vivia com rachaduras e machucados. Confesso: não gostei. Sou a favor do leite materno, sei dos benefícios, mas infelizmente não consegui e nem por isso sou menos mãe. Vínculos com o bebê criamos de outras formas. Elas são saudáveis e fortes. Quase não adoecem. A mídia pressiona muito a mulher nestas horas e, fragilizadas, nos sentimos culpadas. Pois deixei a culpa de lado. Depois que elas crescem, tudo isso fica pequeno demais. Ser mãe não é só dar o peito e se sentir poderosa. E a mãe adotiva??? É menos mãe? Amor, educação, carinho e atenção. Bem polêmico.
    Bjs a todas

  18. E eu que me preparei para amamentar, meus seios racharam mas fiz de tudo para me recuperar em dois dias, e depois tive problemas respiratórios e tomar corticóides para nao ter infecção respiratória, e tive que suspender a amamentação com um bebê de 23 dias!!! É desastroso! Mas ordenho todo o dia e jogo fora o leite o que é mais triste, e tenho a esperança de retornar a amamentação, mas se ele não quiser mais, vou ficar triste, porque parece que todos nos dizem que mãe que é mãe deve amamentar, e nós ficamos com culpa, mas a pneumologista que fui disse que teve três filhos e todos já estao adultos e ela nunca amamentou nem sequer um dia! E eles sao saudáveis, ela disse para eu não ficar paranóica!!!

  19. Fiz cirurgia de redução mamária por motivos de saúde e estética, e, no meu caso, não consegui amamentar meu 1 filho por falta de informaçao. Os meus seios machucaram muito. Meu filho ficava em torno de 50 minutos mamando e tudo isso me deixava aflita. Achava que não tinha leite suficiente em decorrencia da cirurgia. Achava que ele sentia fome e introduzi o leite nan. Com isso meu leite foi diminuindo até desmamá-lo aos 2 meses. Fiquei muito frustrada e quando engravidei novamente, corri atrás de todas as informaçoes sobre amamentação. Felizmente, hoje tenho muito leite e minha filha amamentou, exclusivamente no peito, até os 6 meses. Hoje, quase completando 7 meses, ela está indo bem com as papinhas e continua mamando bem. Se tivesse a informaçao que tenho hoje…Mas, agora é alimentar meu pequeno, agora com quase 4 anos, da forma mais saudável possível e continuar amamentando a minha bebezinha.
    Parabéns pelo site e obrigada por dividir informaçoes, que proporcionam a mim e minha familia uma vida mais saudável.

  20. Pat,
    somente hoje li sei artigo sobre o assunto, também sou mãe e não consegui continuar amamentando, pois meu leite era insuficiente para o desenvolvimento normal do meu filho. Nunca fiz nenhuma cirugia nas mamas e acredito ter tido uma gravidez normal e saúdavel. No entanto meu filho nao ficou com nenhuma sequela, por não ter mamado no peito. Mas o que mais me incomoda nisso tudo, é a tremenda falta de informação sobre o assunto,e até hoje tento descobrir o porquê não produzi leite o suficiente.
    Tudo de bom,
    Eleonora

  21. Mamar o leite da mãe é um direito da criança e ser fonte de nutrição para seu filho um privilégio da mulher. Nem todas conseguem. Nem todas tentam. Muitas desistem nas primeiras dificuldades. E muitas mais resistem à dor de mamilos rachados, à interferência de quem faz apologia ao leite industrializado, à falta de apoio. Enfrentei tudo isso e ainda amamento meu filho, mantendo a produção com extrações no trabalho, porque estou convicta de que é o melhor para ele. Afinal, somos mamíferos! Não é fácil amamentar, assim como não deve ser fácil querer amamentar e não conseguir. Mas acho que o amor de mãe supera tudo, tanto os obstáculos ao aleitamento quanto a frustração de não poder fazê-lo. O amor é o principal alimento de uma criança. Beijos e parabéns pelo site.

  22. Boa noite, somente hoje tive o prazer de conhecer este espaço. Sou uma mãe que também não amamentou. Meu filho tem quase 1 ano e 2 meses, quando ele nasceu, meu leite demorou uma semana para dar o ar da graça, eu me sentia tão fraca e cansada que mal conseguia retirá-lo do berço, e olha que ele nasceu com 3,05Kg e em 3 semanas, pesava 2,800 Kg. Ele dormia muito, era uma luta fazê-lo mamar, meus peitos doíam, eu nunca sabia se ele tinha mamado o suficiente ou não. Decidi dar mamadeira. Naquele momento, não sei dizer se passei por depressão pós-parto, ainda que leve, pois demorei muito para entender que era meu filho e que eu deveria fazer de tudo para amamentá-lo, fiquei algo ‘aérea’, um tanto atônita, fora do ar, não sentia vontade de dar o peito a ele, ainda que me preocupasse com o fato de ele estar ou não bem alimentado. Queria vê-lo saudável, crescendo e engordando, porém, não me sentia à vontade e nem segura quanto a amamentá-lo. Sentia-me bastante constrangida em dar o peito a ele na presença de outras pessoas e também de pedir licença para fazê-lo. Quando a ‘ficha caiu’, sofri muito e quis a todo custo resgatar o tempo perdido, mas, era tarde, ele estava com aproximadamente 03 meses e chorava a cada vez q eu o levava ao peito, mamava por alguns minutos e não queria mais. Sofri muito, chorei muito, e ainda hoje me sinto péssima quando vejo campanhas sobre amamentação, choro bastante quando me ponho a lembrar dele pequenininho e eu, em muitos momentos me esquivando de dar o peito a ele, alimentando-o na mamadeira. Esse remorso, essa culpa não diminuem. São tantos ‘se’, sinônimos de inutilidade. Não sei dizer o que houve, se foi falta de informação, se foi puro egoísmo, se foi consequência do parto, se foram reflexos de problemas que enfrentei durante praticamente toda a gravidez, não relacionados à gravidez, mas, de ordem pessoal, ou ainda, dos compromissos e prazos que tive que cumprir na entrega de artigos e trabalhos em virtude da licença maternidade concedida pela faculdade por somente 03 meses. Seja o que for, isolada ou conjuntamente, faz de mim hoje, uma mãe atormentada que não consegue se livrar desse fardo para o qual não tem remédio, pois o tempo não retrocede. Meu filho é saudável, alegre, inteligente, a única luta que tenho é para fazê-lo comer, o que reforça cada dia mais meu sentimento de fracasso, egoísmo, tristeza. Gostaria de não me sentir assim, e também que nenhuma mãe se sentisse, pois mesmo aquelas que optaram consciente e deliberadamente por não amamentar, ainda que se arrependam depois, devem olhar pra frente e curtir a delícia de ser mãe hoje, agora, a cada instante, pois a culpa e o remorso, roubam de nós, de modo violento e doloroso os preciosos momentos com nossos filhos.

  23. Como sempre, PARABÉNS COMADRE! Sinto muito orgulho de vc e concordo plenamente com cada comentário que fez!
    Nada de culpa!
    beijo grande
    Cris

  24. meninas nao vale a pena radicalizar, cada uma tem de fazer a propria escolha, no fim vai ficar tudo bem. Sempre quiz cesárea por medo da dor, fiz a cirurgia e fiquei maravilhada pq não era o bicho papão q diziam, da mesma forma escolhi não amamentar pq coloquei prótese de silicone em 2010 e não queria deformar a mama e ter q passar por nova intervenção. nem por isso me senti culpada no caso do parto nem da amamentação, meu rapazinho esta com 3 meses, lindo de viver e SUPER SAUDÁVEL. Acreditem, no fim tudo se ajeita. respeito todos os pontos de vista e desejo sorte a todas. beijinhos.

  25. Oi Pat!…..como é facil julgar os outros!!!……concordo com vc …..quanto a pessoa…..desculpe….sem comentarios! Sua resposta foi incrivel! Parabens!

  26. Realmente a mídia faz uma pressão enorme sobre o fato da mulher ter que amamentar e é comum esta culpa para aquelas que não conseguirem. Eu tive Graças A Deus muito leite nos 4 primeiros meses depois fui complementando com NAN porque minha filha sempre foi bem gulosa, mas amamentar para mim foi a etapa mais difícil desta etapa inicial, como doeu e ninguém conta. Parece que o nenê já sai da barriga pega o peito e mama direitinho, mas na verdade não é assim. Eles mordem mesmo sem dente, não sei como conseguem, hehe. Mas enfim a pressão aqui é grande para amamentar e dizem que alguns países este costume nem existe. Conheço várias mães que não tiveram leite e os filhos hoje em dia estão aí firme e forte porque também existem vários leites que fazem às vezes do leite materno. Sem neuras.

  27. Por incrível que pareça, penso que todas as posições, desde a da autora do comentário à da Pat, passando pelas das demais leitoras, estão corretas.
    A meu ver, estão apenas incompletas.

    É importante separar as coisas: a maior parte dos fracassos que vemos, acontece sim, por falta de informação, ou melhor, por causa da veiculação de grandes princípios gerais sem o detalhamento necessário e sem levar em conta a realidade da vida atual.
    Ou seja, não só as informações, mas a maneira de veiculá-las, carecem de qualidade.
    Isso faz com que essas mães busquem cumprir uma agenda à qual a sociedade, a despeito do discurso vigente, não fornece suporte! Não é surpresa que tantas mães falhem quanto a esse aspecto, acreditando verdadeiramente que estão bem informadas e que estão realizando as práticas corretas para o sucesso deste empreendimento, e ao contrário do que gostam de dizer os críticos de plantão, esforçando-se enormemente, na maioria das vezes!

    Por outro lado, os tais críticos mostram uma outra face perversa da questão: a ideologia segundo a qual existe apenas uma forma válida de maternagem, e apenas um tipo de personalidade a que nós mulheres temos o direito, se quisermos ser consideradas dignas: a mãe perfeita, que se anula e perde a identidade em nome dos filhos!

    Como a ciência vem demonstrando ( o que não deve nos cegar para o fato de que conceitos científicos também mudam de acordo com os valores de uma época…) o leite materno é superior a qualquer outro composto.
    Eu não sei qual é a pesquisa à qual a Pat se refere. E dependerá também do que se está considerando “péssima qualidade”. Até onde sei existem leites diferentes em composição, uns mais ricos que outros em determinados nutrientes mas, excetuando-se casos de inanição severa ou contaminação por determinados micro organismos ou substâncias, nunca de péssima qualidade, vez que não há nenhum dado que possa embasar esta afirmação, seja pela análise direta do leite ou do quadro de saúde de quem o recebe.
    Pat, poderia dar a referência da pesquisa? Eu estou buscando alguma real evidência neste sentido, independente deste post.
    Entretanto, não podemos negar o enorme avanço que a humanidade realizou na qualidade de vida da população em geral, o que significa que, excetuando-se determinadas áreas e populações ou algum transtorno alimentar específico, há décadas que o aleitamento materno deixou de ser a diferença entre a vida e a morte de uma criança. Além disso, apesar de sabermos que o leite materno é o melhor princípio, sabemos também que outros fatores ajudarão a determinar a qualidade da saúde de uma pessoa, como bem observado por alguém aí em cima: quantas vezes não vemos crianças de mamadeira muito saudáveis e outras mais frágeis que receberam LM?

    Outro dado importante diz respeito à mentalidade e ao estilo de vida urbano/ocidental, que não facilita a promoção do aleitamento, seja porque baseia- se em horários fixos, distâncias enormes, sobrecarga de trabalho dentro e fora do lar, como também tabus relacionados a corpo, sexualidade, manutenção da individualidade, arranjos familiares e parâmetros usados para determinar o que seja um bebê bem ou mal alimentado, entre muitas outras coisas!
    Esse último fator é, ao meu ver, o elemento mais ignorado pela campanha do aleitamento!

    Até a classe médica é afetada pela falta de conhecimento da fisiologia do aleitamento, prova disso é a resistente orientação de alguns obstetras sobre massagens com bucha/toalha molhada no seio durante a gravidez, recomendação equivocada, já suspensa pela OMS há mais ou menos uma década!

    Acredito que o bom senso deva ser a atitude principal, evitando-se maniqueísmos: o aleitamento deve ser apoiado de todas as formas, como também a opção por não fazê-lo, afinal, porque é tão errado uma mãe que decide, por vontade própria, não amamentar?

    Óbvio que existe uma grande diferença entre o não aleitamento por falta de informação e o não aleitamento consciente, por motivos que só dizem respeito à mulher, em que ela sabe perfeitamente de todos os prós e contras e dos desdobramentos que eles irão acarretar à vida dela, do bebê e da família?

    Sou mãe de dois meninos amamentados, um dos quais por mais de dois anos. Pessoalmente sou entusiasta do aleitamento e parto domiciliar, e pratiquei as duas coisas. Uma coisa eu garanto: conheço este universo, como muitas aqui, e por isso mesmo, não me sinto em condições de julgar ninguém. Tive toda a estrutura familiar, profissional e financeira para que isso fosse possível. E assim como considero este o melhor caminho, considero perfeitamente válidas outras opções.
    E se devemos respeitar quem não amamenta por opção, como julgar e condenar aquelas que não o fazem por não conseguirem, apesar de lutarem com todas as forças, tendo em vista uma sociedade que tem um discurso de defesa do aleitamento mas não tem a atitude verdadeira para apoiá-lo?

    Até hoje a “mamadeira bombada” da Pat me impressiona já pensei em fazer pra mim…hehe.

    Sem demagogia, alguém ainda duvida que o filho dela não tenha sido ultra- mega bem nutrido com esta giga fórmula?

    Aliás Pat, o que você acha do sabor pra um adulto ou criança crescida? é bom?
    Se não, tem como melhorar?

    1. Uau Sil!!!!! Bela reflexão!!!

      O sabor da mamadeira bombada?? Não é exatamente hiper saboroso – talvez pelo preconceito em relação aos ingredientes – mas a verdade é que eu provei e não achei nada mal! Meus filhos sempre adoraram!

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