Aqui em casa sempre tivemos o hábito de comer fora nos finais de semana, e São Paulo realmente oferece opções magníficas para quem quer comer bem. O problema é que os preços dos restaurantes andam cada vez mais escandalosamente caros, e comer fora normalmente nos faz incluir muito mais do que aquilo que realmente precisamos para matar a fome. Em casa vem o prato e no máximo uma salada simples antes e/ou sobremesa depois. No restaurante tem sempre o couvert lotado de pães deliciosos e tentadores, patês, e outras gostosuras irresistíveis. É, no mínimo, um atentado a qualquer dieta!
Eu procuro frequentar restaurantes que se preocupam com a qualidade do que servem, e não só com o sabor. Fácil fazer gostosura usando glutamato ou enchendo a sobremesa de açúcar. Fica gostoso mesmo, e não sou eu que vou dizer que é mentira. Fácil criar pratos de sucesso com ingredinetes “da moda” ou já consagrados pelo gosto popular.
Difícil é o chef pegar um mocotó ou um bife de fígado e fazer disso um grande prato. Difícil é um chef deixar um prato irresistível usando apenas temperos naturais, caldos artesanais. Nessa nova era de temperos industrializados, nosso paladar anda cada vez mais desacostumado das sutilezas de um tempero totalmente natural.
Bons restaurantes, que realmente de preocupam com a qualidade de suas matérias primas e com o modo de preparo dos seus pratos, em geral são mais caros. Preparar TUDO do zero é muito mais trabalhoso! Como cada ida a um restaurante que realmente vale a pena sai caro, prefiro ir menos, mas quando vou, escolho os melhores possíveis!
Já entrei na cozinha do Emiliano e pude conferir o caldo de carne artesanal espetacular que o chef Barattino prepara lá e usa como base em muitos dos seus pratos. No Tatini converso sempre com o ‘seu’ Mário, que também prepara caldos artesanais, prepara um bife de fígado como ninguém, mas fala com tristeza que precisa manter um vidrinho de Ajinomoto à disposição de alguns clientes japoneses, que fazem questão do tempero-veneno.
No ICI Bistrot o chef Benny Novak prepara um tutano assado como ninguém. Incrível a mágica que ele faz com um superalimento como esse, tão sem graça à primeira vista. Olha aí um belo jeito de comer saudável e em grande estilo!
O D.O.M., do chef-estrela Alex Atala, – apesar do preço abusivamente caro, figurava entre meus favoritos, até ler um trecho do seu livro onde ele fala maravilhas do glutamato monossódico. Oras, fazer comida gostosa com glutamato é fácil, já falei acima, e eu me recuso a pagar uma fortuna pra comer comida de cubinho! Em tempo: nunca tive a oportunidade de visitar e conferir a cozinha do D.O.M., mas esse amor todo com o glutamato monossódico publicado num livro, é o suficiente para me desanimar…
Em Atibaia, interior de São Paulo, fui algumas vezes a um restaurante simplesinho e muito charmoso, no quintal de uma casa antiga. Lá também não entrei na cozinha para conferir nada, mas a comida tinha gosto de tempero de verdade, sem aquele exagero dos temperos prontos e óleos altamente refinados. O preço lá era ótimo. Vou tentar lembrar o nome do local, mas era algo como “Casa da Vovó”.
Enfim, a verdade é que 100% de garantia só temos mesmo na cozinha de casa, comprando e preparando nós mesmos a nossa comida. Mas comer fora, ser bem servido e ter um pouquinho de mordomia também é uma delícia! Vá sem medo, curta muito o restaurante da sua preferência e abuse um pouqinho vez ou outra, pra tratar a saúde da mente e do espírito. Ser alegre também é saúde!!! Podendo fazer melhores escolhas fora de casa, melhor ainda!!
…Mas até que se prove em contrário, o Ici Bistrot de Benny Novak e o restaurante de Atibaia podem estar utilizando glutamato monossódico em seus pratos.
O Tatini não usa, nem o José Barattino do Emiliano, porque eu perguntei a eles especificamente.
Oi Pat,
Um outro restaurante que não usa é o Kinoshita, para quem gosta de comida japonesa.
O restaurante de Atibaia se chama Casa da Avó (http://www.apontador.com.br/local/sp/atibaia/restaurantes/22X95VW5/restaurante_casa_da_avo.html). Não sei dizer se usa ou não glutamato monossódico. Faz muito tempo que não vou.
Bj.
Ola!
Vou sempre a Atibaia. Gostaria de saber qual o restaurante pois fico na duvida sobre onde almoçar quando vou.
Grata.
Marisa.
O restaurante de Atibaia e Casa da Vo. Muito bom mesmo, e caseiro. No inverno a noite, servem sopa no fogão a lenha. Parecevsopa da vovó mesmo!
Bem, pra gente que adora comer bem, isso geralmente é sinônimo de “comer em casa”, mas como ninguém é de ferro, um mimo de vez em quando não chega a fazer mal. Esta semana, numa conexão entre São Luís-MA e Joinville-SC, aproveitei para conhecer o Le Manjue Bistrô em São Paulo (capital). Somos adeptos de uma alimentação mais saudável e glúten fee. E lá no Le Manjue Bistrô eles tem um cardápio exclusivo glúten free, além de ser o primeiro restaurante orgânico (certificado) do Brasil, pelo menos que eu conheça ou já tenha ouvido falar. Conferimos de perto o cardápio, conversamos com o cheff Renato Caleffi e ficamos extasiados com os sabores, a apresentação dos pratos e o excelente atendimento. A simplicidade combinada com a delicadeza dos detalhes na decoração do bistrô são uma degustação a parte. Infelizmente, como nem tudo é perfeito, não tivemos tempo para apreciar muitas das gostosuras do cardápio. Foi uma aventura e tanto. A taxista que nos levou ficou assustada com a nossa coragem de atravessar a cidade por um bom almoço. Quase perdemos o vôo, mas posso garantir que valeu a pena. Oh!!! Se valeu… Com certeza estaremos lá de novo em nossas próximas viagens. Recomendamos a todos. P.S. Não perguntei ao Cheff Renato sobre o glutamato monossódico, mas certamente o farei na próxima vez que vistar o bistrô. Uma outra recomendação é o restaurante Market, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Estive lá degustando o cardápio que concorreu e ganhou o prêmio na sua categoria no Rio Gastronomia e posso garantir que lá também comi muito bem. Sobre o glutamato…infelizmente também esqueci de perguntar (um bom motivo pra voltar lá outra vez). Obrigada Pat pelo espaço e pelas dicas dos restaurantes.
adorei!!! “@PatFeldman: O restaurante que vale a pena http://t.co/y1b275k6”
Olha, andei vendo algumas coisas que o DOM faz. Não achei nada demais na verdade. Acho que a “sofisticação” é uma grande besteira. Pra ganhar dinheiro. Comida tem que ser bem feita, atraente, mas não é pra ter firulas. Não é um espetáculo Cirque du Soleil, é um prato.