Eu cresci com bolo de cenoura na casa dos meus pais, daquele bem tradicional, com cobertura de chocolate super açucarada. Mas nunca gostei, sempre que era pra comer bolo, preferia bolo de chocolate ou pão de ló. Bolo de cenoura eu passava longe!
Quis o destino que meu filho mais novo provasse o bolo de cenoura de um amiguinho na escola, e ele simplesmente se apaixonou!! O pequeno é meio formiguinha, é chegado no doce (deve ter puxado a minha avó paterna), então, graças a ele, ando pensando em versões melhoradas das coisas que ele me conta que experimenta e gosta. E o mocinho é exigente, então se ele gostou (e eu também!), podem acreditar, esse bolo é uma delícia!!! E o melhor de tudo é que ele é super fácil de preparar!
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Eu ando pensando em como fazer um bolo de cenoura sem farinha há tempos, e hoje aproveitei a manhã super chuvosa e o monte de cenouras em casa, para testar a receita maluca que me veio na cabeça.
Eu não tenho medo de testar invenções na cozinha. Usando bons ingredientes, o pior que pode acontecer é a receita ficar horrível, mas não vai matar ninguém!! Depois de alguma prática, a chance de ficar horrível vai diminuindo, a gente ganha uma noção maior do que combina ou não, de como os ingredientes se comportam no forno ou na panela, assados ou cozidos, e as coisas vão fluindo melhor. O que não pode é ter medo!
Mas vamos ao que interessa, a receita, porque eu já vi pelos comentários nas minhas redes sociais, que o pessoal adora bolo de cenoura.
Ingredientes:
1, 5 xícaras (uma xícara e meia) de cenoura descascada e picada (dá cerca de 4 cenouras médias)
1,5 xícaras (uma xícara e meia) de coco fresco ralado (eu compro daqueles congelados, que tem em vários supermercados, ou recém ralado que tem na maioria das feiras livres)
1/2 xícara de rapadura ralada (você pode até adoçar um pouco mais, mas quanto menos adoçar, mais saudável o resultado e melhor educado fica o seu paladar)
1 colher de sopa de óleo de coco, gordura de palma ou manteiga (usei gordura de palma)
1 colher de sopa de fermento caseiro (você até pode usar fermento para bolo comercial, mas a maioria contém ingredientes transgênicos e/ou alumínio, então podendo evitar, é melhor)
1 colher de chá de canela em pó (opcional)
Modo de Preparo:
Pré aqueça o forno em temperatura média-alta (cerca de 200 graus).
Unte uma assadeira retangular – usei uma com cerca de (17 x 30)cm – com manteiga, óleo de coco ou gordura de palma.
Junte todos os ingredientes, menos o fermento, no liquidificador e bata bem até obter um creme uniforme.
Junte o fermento e bata mais um pouco.
Transfira a mistura para a assadeira e asse por cerca de 40-45 minutos ou até que você espete um palito no bolo e ele saia limpo. Eu sempre dou um tempo aproximado de forno nas minhas receitas, mas sinceramente acho isso uma coisa meio complicada, porque cada forno tem um tamanho diferente, uma regulagem diferente, difere se for elétrico ou a gás, enfim… Nas primeiras vezes em que for preparar qualquer receita de forno, considere o tempo citado na receita, mas fique bem atenta para ver se no SEU forno, o tempo é exatamente aquele.
A calda de chocolate, por enquanto, ficou de fora da receita!
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O nome mais adequado seria Bolo de Coco e Cenoura né… É ótimo já fiz igual várias vezes, com pequenas diferenças, sendo a maior delas a adição de raspas de limão siciliano. Uma outra versão mais adequado de se dizer que se trata de um bolo de cenouras é usar amêndoas trituradas bem finamente em lugar do coco, e ainda adicionar um certa fração pequena de alguma farinha mais roots como a de mandioca. O bolo fica bem estruturado e ainda mantém a suculência e maciez e o sabor da cenoura fica sendo o mais presente no conjunto.
Eu evito triturar e aquecer amêndoas, já que seus óleos muito delicados se oxidam a qualquer sinal de calor!
Carmensita,
as vezes tento trocar 1/3 da farinha pedida na receita por farinha de arroz, será que funciona também?
Dá certo sim, meia a meio farinha de mandioca fina (não torrada) e farinha de arroz.
Pat, qual temperatura do forno?
Tá no início do modo de preparo: médio-alto, cerca de 200 graus.
Bom dia, Pat!
Moro em Bagkok e nao tenho mais rapadura aqui. O que vc sugere para substituir ?
Bjs e obrigada por compartilhar tantas delícias.
Uau, que longe!!!! Você encontra açúcar de coco por aí?
Encontro!
Estou doidinho pra fazer!
Obrigada!
Bjs
Oi Pat, suas receitas são maravilhosas!!! Obrigada por compartilhar!
Pat, o fermento da Yoki ñ é trans, é feito com fécula de mandioca, agora alumínio ñ sei.
Aproveitando o gancho do comentário: existe algum fermento já pronto que seja saudável?
Não conheço.
Oi, Pat, dá pra tirar o coco ralado?
Não, mas se o problema é não gostar, você nem sente o gosto!
Certamente vou testar, ficou com uma cara ótima.
Me interessei pelo seu comentário acima sobre não esquentar amêndoas. Tenho utilizado a farinha de amêndoas em algumas preparações e não sabia dessa questão da oxidação (também não sei o que isso pode impactar na minha saúde). Vc tem alguma sugestão de leitura para esse tema?
Aproveitando também o gancho do comentário: qual é o problema com oxidação da amêncoa? isso acontece com todas as castanhas? Ou seja, posso substituir o coco ralado por algum tipo de castanha ou noz?
Os óleos de todas as castanhas e amêndoas são muito delicados, e quando oxidados, ao invés de fazerem bem, fazem mal!
Olá, obrigada pela receita.
Eu não entendi essa medida “1, 5 xícaras”, é 1/5 de xícara, 1/2 xícara, 15 xícaras?
Obrigada.
Uma xícara e meia.
Pode substituir a rapadura por melado ou agave? Obrigada!
Agave não gosto. Com melado nunca fiz, se você testar, nos conte o resultado!
Pat, onde você encontra a gordura de palma orgânica em quantidades não industriais? Eu só consigo encontrar em quantidades acima de 10kg, o que eu acho um exagero para o consumo na minha casa.
Outra pergunta: esse coco ralado pode ser a farinha que resulta do processo de feitura do leite de coco caseiro?
AMO o seu trabalho! Bjos
Eu não encontro gordura de palma orgânica, infelizmente.
Paty uma professora aí em Sp tem gordura de Palma orgânica, ela vende em potes de 500gr, e sem aditivo químico algum na composição. Nome dela é Luci Ikeda, faço aulas de culinária sem glúten com ela
Pat, fiz o bolo, mas a consistência ficou mais parecida com pudim do que bolo. É assim mesmo?
Tem que assar um pouco mais então.
O meu ficou um pouco assim no fundinho porque meu forno tá péssimo!
boa tarde Paty! vc sabe me dizer se cozinhar chia no mingau perde-se o omega 3 q ela contem? pergunto pq uma amiga consome mingau todo dia e cozinha a chia junto … eu disse q isso “mata” as gorduras saudáveis assim como com amêndoas q v falou… ela me perguntou se há algum estudo q comprove isso?? eu queria passar pra ela. Vc tem algum site ou algum texto de estudos q comprovem essa perda ??
obrigada!
Marcia, na verdade nunca estudei muito sobre a chia, mal uso em casa, mas em geral sementes que contém omega3, quando trituradas é que disponibilizam o omega 3. Quando consumidas inteiras, fornecem fibras, mas o omega 3 fica ali escondido, sem ser aproveitado. Depois de trituradas sim, porém jamais devem ser aquecidas. O omega 3 se oxida muito facilmente!
Gostei não… Infelizmente.
Acontece…
Eu fiz e coloquei meia xícara de mel para adoçar. O sabor ficou bom, mas ficou com textura de pudim, o que não me agradou muito. Será que o erro foi em colocar o mel ou o tempo de assar? ou os dois? :)
Obrigada!