Alimentação

40% das crianças menores de 5 anos sofrem com a Síndrome da Fome Oculta

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Achei essa matéria outro dia na internet e achei muito legal mostrá-la aqui, já que falo tanto em alimentação saudável.

Eu vejo muitas mães preocupadíssimas com a quantidade de comida que seus filhos ingerem a cada refeição. Tenho certeza que todas também devem se preocupar com a qualidade do alimento, mas confessem: ver seu filho comer um pratinho pequeno, ou apenas poucas colheradas da comida que você preparou com tanto carinho, às vezes dói no coração.

Eu não sou imune a este sentimento: a alimentação do meu filho e garantidamente muito nutritiva, uma porção pequena é capaz de suprir bem as necessidades nutricionais da idade dele. Mas confesso que quando ele não está animado e come só um pouquinho, eu fico triste demais, e até com uma pontinha de preocupação…

As crianças pequenas estão numa fase de muitas descobertas, e depois que a comida deixa de ser novidade, a hora das refeições pode virar uma verdadeira “caça ao tesouro”!! A boca deles é o tesouro e nós, mamães, somos as caçadoras! E comendo pouco assim dá para se nutrir? Comendo pouco dá para tirar a fome por nutrientes que o nosso organismo tem?

Ah, o seu filho come de tudo? Faz 3 refeições por dia e mais lanches? Seu filho gosta de colocar tudo na boca? Seja comida ou não? Seu filho é gordinho? Seu filho é magro demais, será mal nutrido? Seu filho nunca quer ocmer nada? Ou sempre quer comer tudo o que vê pela frente? Nossa, são tantas variáveis, e tantas dúvidas na nossa cabeça!!

Eu começo dizendo que tamanho não é documento! Nossa cultura tem a mania de achar que só bebês gordinhos é que são saudáveis. Depois vira uma criancinha, e antes que a gente se dê conta o que era bonito gordinho, agora é sinônimo de feio ou desleixado. E bebê, criança ou adulto gordinho (ou no mínimo robusto) não é sinônimo de bem nutrido. Uma criança pode ser muito magra, pode ser “normal”, pode ser gordinha e vai ser bem nutrida ou mal nutrida, não importa o seu tamanho.

Estou com essa conversa toda para dizer que antes de nos preocuparmos com QUANTO nossos pequenos comem, temos que nos preocupar muito mais com O QUE eles comem.

O organismo de um bebê e de uma criança se desenvolve muito rápido, as mudanças acontecem a olhos vistos quase todos os dias, e a necessidade de nutrientes nessa fase é enorme! As receitas aqui no site são todas repletas de ingredientes muito nutritivos, e eu faço tudo para deixá-las o mais apetitosa e saborosas possíveis. Alimente não só o seu filho, alimente o organismo em desenvolvimento dele. É o melhor presente que você pode dar ao seu pequeno, para a vida toda!

(e a seguir o artigo que inspirou toda essa reflexão…)

Ela é provocada pelo consumo inadequado de nutrientes nos alimentos e pela baixa quantidade de vitaminas e minerais necessários para o bom funcionamento do organismo

A desnutrição ainda é um grave problema para muitos países. No Brasil, boa parte da população de classes sociais menos favorecidas sofre deste mal. No entanto, há outro tipo de fome que não é provocada pelo consumo insuficiente de alimentos, mas sim pela baixa quantidade de vitaminas e minerais necessários: É a chamada ‘Síndrome da Fome Oculta’.

Ela atinge desde os mais pobres até aqueles que têm a mesa farta (por hábitos alimentares inadequados). Nos dois casos, os indivíduos não consomem adequadamente nutrientes e vitaminas fundamentais para que o organismo funcione corretamente.

Assim como outros males, em princípio, ela não apresenta sintomas, dificultando o seu diagnóstico. A Síndrome da Fome Oculta compromete o sistema imunológico, diminuindo a resistência contra doenças e infecções e prejudicando o desenvolvimento físico e mental.

A situação é tão grave que um levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) revelou que uma em cada três pessoas em todo o mundo não ingere a quantidade ideal de vitaminas e minerais. O estudo também constatou que 40% das crianças com menos de cinco anos estão com o sistema imunológico debilitado por carência de vitamina A.


Para a nutricionista Vanderli Marchiori, consultora da Nutrilite, a falta de ferro é a mais freqüente para os que sofrem da síndrome, diagnosticada por meio da fadiga crônica e da anemia. “Além disso, há a alteração de humor e insônia, muito freqüente nas pessoas que apresentam baixa quantidade de zinco, selênio e magnésio no organismo. Casos de hipertensão também podem estar relacionados à deficiência de vitaminas como potássio ou de fitoquímicos, que estão presentes nas frutas e verduras, responsáveis pela elasticidade da parede das artérias e vasos sanguíneos”, afirma.

Ainda segundo Vanderli, a ausência de cálcio e de vitamina D pode levar ao comprometimento no crescimento das crianças e adolescentes. “Na fase adulta , pode causar a osteopenia e osteoporose, doenças que são invisíveis ao leigo”, esclarece a nutricionista.

Como evitar

Seguir uma dieta saudável e equilibrada, variada em calorias, carboidratos e proteínas é o primeiro passo para evitar a fome oculta. Quando o indivíduo não consegue adequar a alimentação às necessidades do seu organismo é importante a orientação de um médico ou nutricionista.

“O consumo de vitaminas e minerais é vital para a manutenção de nossa saúde. Quando não há disponibilidade de alimentos – ou a necessidade diária excede a capacidade de consumo alimentar – os suplementos vitamínicos podem e devem ser usados.

No entanto, sempre com orientação especializada de um nutricionista ou médico”, recomenda Vanderli Marchiori. Segundo ela, muitos casos de obesidade estão relacionados à baixa concentração sangüínea de algumas vitaminas e minerais. “Nesses casos, a suplementação passa a ser fundamental no tratamento do paciente”.

A fome oculta pode ser detectada por meio de exames de sangue, sendo que o mais utilizado é o hemograma com dosagem de hemoglobina e análise das reservas de ferro.

Fonte: iTodas



Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.