Álcool e gravidez é um assunto que costuma causar certas polêmicas, um pouco de radicalismo e muitas opiniões diversas. Eu tenho uma posição muito tranquila a esse respeito, aliás em tudo na minha vida: moderação é a chave!
Quando a gente fala em consumir álcool na gravidez muita gente fica de cabelo em pé, acha um horror, mas será que uma taça eventual de vinho ou um gole na caipirinha do marido vai memso fazer mal ao bebê? Agora tem até uma tal Síndrome do Bebê Alcoolizado, ou algo o tipo, não tenho certeza do nome. Mas será que um golinho vez ou outra causa tanto problema assim?!?
Eu acho que não causa problema algum, e agora uma pesquisa britânica confirma a minha opinião. Leiam a seguir a matéria da BBC Brasil, publicada no site UOL:
Consumo ‘leve’ de álcool na gravidez pode ajudar o bebê, diz estudoCaroline Parkinson
Para a BBCUma pesquisa britânica afirma que meninos nascidos de mães que consumiram quantidades “leves” de bebidas alcoólicas durante a gravidez têm menos problemas de comportamento do que filhos de mães que se abstiveram totalmente do álcool.
Os pesquisadores do University College de Londres classificaram como consumo “leve” no máximo duas unidades de bebida por semana durante toda a gravidez. Consumo “moderado” foi classificado como três e seis unidades por semana, e “pesado”, como sete ou mais.
No Reino Unido, uma unidade de álcool corresponde a um copo pequeno de vinho (125 mil) ou um copo grande de cerveja.
Entre as pesquisadas, 63% das mães não consumiram nenhum álcool durante a gravidez, 29% eram consumidoras leves, 6% eram moderadas e 2% foram classificadas no consumo pesado.
O estudo analisou 12,5 mil crianças de três anos de idade e descobriu que filhos de mães com consumo leve de bebida alcoólica tinham menos risco de desenvolver alguns problemas de comportamento.
Comportamento e compreensão
Os pesquisadores analisaram o comportamento e compreensão dos filhos destas mulheres quando estes atingiram os três anos de idade.
O estudo, publicado pela revista “International Journal of Epidemiology”, descobriu que meninos filhos de mulheres que tiveram consumo leve de bebidas tinham 40% menos chances de apresentarem problemas de comportamento e 30% tinham menos chances de serem hiperativos do que aqueles cujas mães não tinham consumido álcool nenhum.
Eles também pontuaram mais em testes de vocabulário e de identificação de cores, formas, letras e números.
Meninas filhas de mulheres que tiveram consumo leve de bebidas apresentaram chances 30% menores de desenvolver problemas emocionais do que as filhas das abstêmias, apesar de os pesquisadores afirmarem que isto pode ser devido à própria família da criança e à sua posição social.
“As razões por trás destas descobertas podem ser, em parte, devido ao fato de mulheres com consumo leve de bebidas tenderem a ter uma posição social melhor que as abstêmias e não ao fato de que álcool em quantidades pequenas possa trazer benefícios – como à saúde do coração, por exemplo”, afirmou Yvonne Kelly, epidemiologista que liderou a pesquisa.
“Mas, também pode ser devido ao fato de mulheres com consumo leve de bebida terem uma tendência a serem mais relaxadas com elas mesmas e isto contribui a um melhor resultado em termos comportamental e cognitivo nos filhos.”
“As descobertas de nosso estudo levantam questões quanto à política de recomendar abstinência completa durante a gravidez e sugere que mais pesquisas são necessárias”, acrescentou.
Governo
O governo britânico recomenda que mulheres grávidas ou as que estão tentando engravidar devem evitar bebidas alcoólicas.
Mas, se estas mulheres quiserem beber, não devem consumir mais do que uma ou duas unidades de álcool uma ou duas vezes por semana.
A relação entre consumo pesado e regular de bebidas alcoólicas durante a gravidez e problemas de saúde para os filhos já foi estabelecida. Nos casos mais graves, pode causar o aborto ou dano permanente ao desenvolvimento do feto.
“Tememos que as descobertas deste estudo possam levar mulheres a uma falsa sensação de segurança e dar a elas o sinal verde, afirmar que não há problemas em beber durante a gravidez”, disse Vivienne Nathanson, chefe de ciência e ética da Associação Médica Britânica.
“O chamado consumo ‘pesado’ e ‘moderado’ de bebida pode prejudicar o bebê. Consumo muito leve pode ou não prejudicar. A associação acredita que o conselho mais simples e seguro é não consumir álcool durante a gravidez”, acrescentou.
Mas a pesquisa é bem clara: consumo moderado leve!! Não estou sugerindo aqui que alguma futura mamãe tome um “pileque”!! Uma aça de vinho durante um jantar, acompanhado um gostoso prato de comida e alguns copos de água; um gole na cerveja ou na caipirinha do marido, e até um golinho de whisky. Por que não? O que não pode é ser todo dia, ou muito de uma vez ou só bebidas muito fortes.
Eu tomei algumas poucas taças de vinho durante a gravidez do meu filho. Brindei com muita alegreia o Ano Novo e roubei uns poucos goles de cerveja do copo do meu marido. Meu garotão está aí, firme, forte e ceio de saúde para provar que consumo leve e responsável – aliado a outros hábitos saudáveis – só faz bem para todo mundo!
Agora eu gostaria de saber de vocês leitoras: como foi a relação de vocês com as bebidas alcoólicas durante a gravidez??
Um brinde!
Fiz como você e os dois estão aqui firmes e fortes, minha pergunta é na amamentação, como fica?
BjoS!
Olha, Pat, posso dar minha opinião ??
Não sei se dá para confiar muito nesse tipo de pesquisa. O comportamento de uma criança depende muito, mas muito mesmo da vivência dela, do meio em que ela vive, da forma que ela é tratada em casa, e principalmente, do comportamento dos pais.
Não sei se dá para atribuir isso tudo ao fato de alguém ter ou não bebido nada, pouco ou muito álcool na gravidez…
O que eu sei é que a placenta filtra 99% das toxinas do sangue da mãe e não passa para o bebê. É capaz de filtrar até vírus que a mãe tenha adquirido… mas é claro que se a mãe exagerar e viver bebendo, isso irá afetar muito o bebê.
ACHO que um gole num dia ou outro, desde que seja aquela quantidade mínima não deve ser prejudicial também, mas é claro, muito moderadamente.
Eu e minha esposa não gostamos de nada que contenha álcool… e não temos com o que se queixar.
Um abraço…
Olá Pat, eu tambem acredito q não seja por beber alcool q uma criança tenha um determinado comportamento, ajuda sim,mais ha um monte de outros fatores….no meu caso, bebi algum gole muito de vez em cuando, durante a gravidez, e agora com a minha filha ainda mamando no peito, sigo naquela de me controlar, de vez em cuando um golinho de cerveja não acho q possa fazer mal a ela, ainda mais cuando ese golinho deixa a mãe bem mais alegre, hehehe…
beijos
fiquei muito aliviada em ler a materia porque estou gravida de 6 semanas e tenho muito desejo por vinho e sei que grande maioria do desejo da mae tem a ver com a necessidade do bebe e tambem ja tive um aborto espontaneo a algum tempo e pesquisando descobri que o consumo leve e moderado do vinho pode evitar possiveis contracoes no utero que podem levar ao aborto! valeu!!!
Nossa, a materia termina recomendando que se evite consumir alcool durante a gravidez e os resultados da pesquisa são superficiais…acho que prá quem quer consumir alcool durante a gravidez essa pode ser uma ótima justificativa.Mas consumir alcool durante a gravidez é totalmente desnecessário!é como consumir glutamato monossódico,fitatos, corantes…somos onivoros, mas precisamos disso?
Estou realmente impressionado. A quebra de tantos paradigmas que me foram enfiados goela abaixo durante toda minha vida. A questão da manteiga, colesterol, os grãos fermentados… tudo isso está me fazendo acordar ainda mais pra uma coisa que eu já sabia que existia: a manipulação dos meios de comunicação e até resultados de pesquisas. Confesso que ainda está difícil pra mim aceitar a tudo assim de uma vez, mas tudo faz sentido. Depois de tantos anos de informações enganosas é preciso um longo processo de readaptação. Acabei de começar a ler o blog já estou boquiaberto. Devo aparecer muito por aqui ainda, depois de ter chegado por acaso. Parabéns pelas pesquisas.
Tadeu, seja muito bem vindo!!!
Eu bebi algumas doses de vinho (uma taça ou meia por semana) e tomei uma ou duas caipivodkas (durante toda a gravidez), tudo liberado pela minha médica e deu tudo certo. Meu filho está firme e forte, não tive problema algum. Acho que o problema é o exagero.