Alimentação

Seu filho está gordo? Desligue a TV!!

Qualquer mãe ou pai deseja o melhor para o seu filho, e não é de hoje que sabemos que uma criança “fofa” pode ser engraçadinha até uma certa idade, mas “fofura”demais ou, falando português bem claro, uma criança acima do peso, gorda, tem uma grande chance de não estar saudável.

Não que crianças magras sejam necessariamente saudáveis, não mesmo! Está cheio de criança magrela sem saúde nenhuma, mas o fato é que excesso de peso, em qualquer idade, sobrecarrega o organismo de várias maneiras e nunca pode ser bom. Estética é o menor dos problemas!

Uma das melhores recomendações que eu posso dar a vocês que se preocupam com a saúde dos seus filhos é: DESLIGUEM A TELEVISÃO!

O dr. Jason Halford, pesquisador da Universidade de Liverpool, na Inglaterra alerta que cada duas horas à frente da telinha há um risco aumentado do risco de obesidade e todas as consequências que o problema pode trazer. Segundo ele, as crianças deveriam ficar menos de duas horas por dia em frente à telinha e deveriam também aumentar seu consumo de verduras e legumes.

A televisão não só deixa as crianças mais tempo sedentárias como também estimula o consumo de alimentos industrializados lotados de açúcar e dos piores tipos de gordura através das infinitas propagandas entre a programação. O dr. Halford observou que as crianças com maior a exposição a essas propagandas em geral estão acima do peso ou obesas.

 

Crianças já obesas quando expostas a comerciais de TV chegam a aumentar oconsumo de comida em até 134%, enquanto crianças com peso normal podem aumentar em até 84% o consumo de alimentos. O estudo do dr. Halford foi realizado com 59 crianças com idade entre 9 e 11 anos.

As crianças no Reino Unido assistem televisão uma média de 17 horas por semana, sendo que a maior parte desse tempo é de comerciais. Do Brasil eu não tenho dados oficiais, mas pelo pouco que vejo, especialmente nos canais abertos, a situação não é muito diferente.

O consumo crescente de bebidas energéticas e refrigrantes – riquíssimos em açúcares – e o sedentarismo galopante são as principais razões para o crescimento da obesidade em nível global nas crianças, fato altamente preocupante e menos discutido do que o necessário.

Obesidade aumenta o risco do desenvolvimento de diabetes tipo 2, reduz a fertilidade, pode aumentar a chance de problemas cardíacos, diz o dr. Halford. Você deseja esses males para o seu filho?

Mudar esse quadro, especialmente nas crianças, é URGENTE!!!!!! Existem cientistas que desconfiam que em poucos anos os filhos começarão a morrer antes dos seus pais…

Repito: a estática é o menor dos problemas!!!

Mais atividade física, mais ar livre, mais sol, mais movimento e menos televisão, menos sedentarismo, menos eletrônicos são medidas urgentes para a manutenção da saúde das nossas crianças. Vejam bem, não é cortar totalmente a televisão e outros eletrônicos da vida das crianças, mas racionalizar e moderar muito seu uso.

O número de crianças obesas no mundo só aumenta. Cuide. Não deixe seu filho chegar lá.

Amar seu filho não significa fazer sempre todas as vontades dele. Seu filho vai pedir a televisão, vai pedir o eletrônico. Seu filho vai dizer que tem preguiça de ir a pé, tem preguiça de nadar ou correr. Seja firme, faça-o entender a importância do movimento, do exercício. Mas seja sensata o suficiente para não criar uma neurose. Criança não é robozinho e como qualquer ser humano – você, eu ou qualquer pessoa – tem seus dias de preguiça, de menos energia, e isso pode e deve ser respeitado. Equilíbrio é tudo!!!

Para uma alimentação legal e variada eu posso ajudar um pouquinho. O site já conta com uma infinidade de receitas deliciosas para você reproduzir em casa. CLIQUE AQUI para conferir todas elas.

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Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.