Como se não bastasse a preocupação que nos causa ver nossos pimpolhos doentes, agora mais uma preocupação: uma pesquisa inglesa constatou que muitos dos remédios para crianças contém em sua formulação substâncias suspeitas de provocar hiperatividade!!!
Então mais do que nunca, cuidem da alimentação dos seus filhos, cuidem do sono – qualidade e quantidade -, cuidem para que eles tomem um pouco de sol diariamente, cuidem para que eles brinquem, sejam felizes e saudáveis! Faça com que seu filho jamais precise de remédios, bons ou ruins, com ou sem aditivos. Que ele seja saudável e não precise!!
A seguir, a matéria da BBC Brasil transcrita:
DOIS EM CADA 5 REMÉDIOS INFANTIS ‘TÊM ADITIVOS QUE CAUSAM HIPERATIVIDADE’
Da BBC Brasil
Um estudo conduzido no Reino Unido apontou que 40% dos medicamentos infantis comercializados no país contêm aditivos que podem provocar hiperatividade em crianças.
A pesquisa, realizada por especialistas da ONG Food Commission, analisou 50 medicamentos administrados em crianças, incluindo analgésicos, xaropes e antibióticos.
Os pesquisadores descobriram que dos 50 medicamentos, 28 continham substâncias químicas associadas à falta de concentração e impulsividade.
Essas substâncias, a maioria corantes e conservantes, estão em uma lista de sete aditivos apontados em um estudo da Southampton University divulgado em setembro passado, que mostrou evidências de que misturas de corantes e conservantes teriam ligação com níveis elevados de hiperatividade em crianças.
Aditivos
Segundo a Food Commission, alguns dos medicamentos com as substâncias são receitados para crianças com menos de três anos.
Os aditivos foram encontrados em 17 dos 37 remédios produzidos à base de paracetamol. Também foram encontrados aditivos em dois de 11 medicamentos feitos com ibuprofeno e em quatro de nove xaropes analisados.
Entre os antibióticos, três dos cinco produtos feitos à base de amoxilina e duas das oito fórmulas à base de eritromicina também continham as substâncias.
Segundo a Food Commission, os aditivos encontrados foram os corantes alimentícios tartrazina, quinilina amarela, carmoisina, ponceau 4R e vermelho allura, além do conservante benzoato de sódio.
Anna Glayser, porta-voz da Food Commission, alertou os pais para o “perigo das substâncias”.
“Nós pedimos que os farmacêuticos dêem o cartão vermelho para corantes artificiais desnecessários. Como as bulas ficam escondidas dentro das caixas, é quase impossível para os pais saberem qual produto estão comprando.”
“Muitos pais não querem expor seus filhos a aditivos desnecessários, especialmente os que são ligados à hiperatividade e outros problemas de saúde”, disse a porta-voz.
A associação dos produtores de medicamentos do Reino Unido, Proprietary Association of Great Britain, disse, em comunicado, que não há evidências de que o uso de aditivos em remédios para crianças seja prejudicial à saúde.
“Os aditivos têm uma função válida, como evitar que o medicamento prescreva ou dar uma cor mais atraente do que a apresentada pelos ingredientes originais”.
A associação disse, no entanto, que está esperando uma revisão que está sendo realizada pela Autoridade Européia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) sobre o uso de corantes alimentícios e “tomará atitudes se necessário”.