É engraçado pensar que conforme vamos ganhando consciência do mundo à nossa volta, vamos, aos poucos, perdendo a capacidade de ouvir o nosso corpo… Pular refeições na infância muitas vezes passa despercebido, mas quando aprendemos a olhar o relógio…
A sociedade decide que as refeições devem ser numa hora “tal”, e quando chega a “tal” hora você se lembra que está com fome, mesmo que não estivesse com fome há um minuto atrás.
Vida cheia de horários
Claro que uma vida sem horários, principalmente nos dias de hoje e principalmente numa cidade como São Paulo, ou em qualquer outra grande cidade, é praticamente inviável. Aqui em casa temos horários regulares para as refeições, mas sem neuroses e sem ter que comer sempre as mesmas quantidades e sem contar quanto se come de cada coisa.
Eu vejo muitas mães, principalmente as de primeira viagem (como eu também sou!) – que chegam a pesar na balança ou medir em xícaras ou colheradas o que o filho come. Desde as primeiras papinhas de bebê até quase adolescentes. Algumas ficam também calculando quanta proteína, gordura, qual gordura, quanto carboidrato, quantas calorias tem cada refeição. A refeição que era para ser um grande prazer acaba virando uma complicada equação matemática…
Nós sabemos que é importante ter uma refeição balanceada e rica em nutrientes. Eu sou a primeira a me preocupar com isso, mas a refeição também deve ser cheia de prazer, um momento de relaxamento, de alegria.
Sou da opinião que se deve buscar sempre alimentos muito densos em nutrientes, os mais variados e importantes nutrientes. Se preocupar menos com quanto desses nutrientes aparece em cada porção.
Se hoje você não comeu carne porque não queria ou porque não teve tempo, mas comeu ontem ou comerá amanhã, pra que se preocupar? Você tem o hábito de consumir frutas. Um dia consome uma, outro dia outra. Ao fim da semana acaba que o organismo ganha tudo o que precisa. Imagina colocar tudo de uma vez num prato! Sem combinar, sem ter vontade de comer, sem saber preparar!! Que chato!
Reflita sobre pular refeições
Tudo isso para dizer que quando meu filho resolve que não quer isso ou aquilo, eu deixo pra lá. Não insisto. Compenso na refeição seguinte. Em caso de passarmos o dia fora, no clube, na piscina, como a falta de almoço já e previsível, eu procuro caprichar também na refeição anterior, o café da manhã daquele dia).
Vai pular?
Se você ou seu filho decidiram pular refeições e trocá-las por lanches, vá de opções saudáveis e super saborosas. Eu te ensino no meu livro Aperitivos e Lanches, disponível em versão impressa, e-book Kindle ou PDF.