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Conheci a Casa Santa Luzia

casasantaluziaHoje eu conheci os bastidores da Casa Santa Luzia.

A parcela da Casa Santa Luzia dedicada a clientes fiéis eu conheço há quase tantos anos quanto a minha idade, já que desde o colo eu frequento essa delícia de lugar. O que eu vim contar aqui hoje foi que eu conheci um pedaço da Casa Santa Luzia que a maioria dos clientes não conhece, mas que merece todo meu respeito e mais do que nunca a minha fidelidade.

Eu costumos fazer visitas, no mínimo semanais, a este templo gourmet de São Paulo há muitos anos e agora, trabalhando diretamente com culinária, sempre em busca do melhor, apareço por lá ainda mais. Os funcionários todos, inclusive o pessoal da administração, que de vez em quando circula pelo supermercado, é sempre muito simpático e atencioso e acabei me tornando conhecida de vários deles, a ponto de parar, bater um papo, sugerir algum produto novo – sugestões que aliás são sempre ouvidas com carinho e sempre que possível atendidas.

Pois hoje cedo eu passei por lá para o que seria uma visita rápida, mas que acabou durando horas e me trazendo uma alegria fora do comum!

Eu perguntei para uma das funcionárias sobre uma amiga minha da administração. Queria só dar um alô e tirar uma dúvida sobre um produto (todos os funcionários são super bem preparados para tiras dúvidas dos clientes, mas já que eu queria dar um “oi”, perguntei pela amiga). Ao invés dela vir, como acontece usualmente, eu é que fui até ela, lá no escritório dela, em meio ao coração da Casa Santa Luzia.

Eu fui entrando por aquele lugar novo e parecia uma criança no parque de diversões!! Meus olhos brilhavam e o sorriso não saía do meu rosto. Eu estava completamente embasbacada por tudo o que via (e eu nem tinha visto nada ainda…). Claro que a primeira coisa foi elogiar entusiasmadamente toda a organização e limpeza impecável que eu via ali.

Há algum tempo eu peguei um certo pavor de pensar no que há nos bastidores dos grandes supermercados de São Paulo. Um lugar imenso, com tantos funcionários e tantos produtos, cargas entrando e saindo a toda hora, não deve ser nada fácil administrar ou manter limpo. E meu marido teve a prova, há alguns meses atrás, que não só é difícil, como tais grandes lojas definitivamente não mantém cuidadosamente limpos os seus bastidores, lá, onde os produtos que levamos para casa ficam armazenados até irem para as prateleiras. Ele deu uma palestra numa dessas grandes lojas de supermercado, entrou nos bastidores e me falou coisas horríveis: umidade no chão, sujeira, muita sujeira, e o pior, nojento mesmo, até barata morta ele encontrou pelo caminho, no meio do caminho!!!!!!

santaluzia1Eu nunca pensei que encontraria nada parecido, nem de longe, na Casa Santa Luzia, mas o que vi foi muito melhor do que eu imaginava! Eu vi funcionários se dedicando de corpo e alma, trabalhando com amor e dedicação. Vi ambientes absolutamente limpos e organizados. Vi pratos congelados (eles têm uma ótima linha de congelados) sendo preparados com ingredientes super selecionados. Vi caldos sendo preparados à moda caseira (ok, eles não cozinham por 3 dias como eu, mas o caldo é feito lá e não contém aditivos artificiais). Vi sopas serem preparadas com esses mesmos caldos artesanais. E vi tantos funcionários,  procedimentos,  cuidados, câmaras frias e geladas para armazenar todo tipo de produtos. Fiquei muitíssimo bem impressionada e mais do que nunca recomendo, no mínimo, uma visita.

Algumas pessoas podem me dizer que a Casa Santa Luzia é muito cara. Caro é ter de pagar por remédios, médicos e hospitais depois que se fica doente por uma má alimentação. Os produtos vendidos na Casa Santa Luzia têm o preço médio de mercado, nem mais caro e algumas vezes mais barato. O que pode tornar a conta lá mais salgada são deliciosas, supérfluas e desnecessárias gostosuras de quem realmente aprecia o bem comer, o bem viver. Uma compra básica lá é uma compra básica como a de muitos supermercados por aí. Mas lá eu encontro o que de mais especial eu posso querer na minha cozinha: queijos totalmente artesanais e livres de agressivos “tratamentos”, azeites não filtrados, entre muitos outros itens, que são os mais ricos em substâncias benéficas para nossa saúde.

Atendimento impecável, produtos de primeiríssima linha e todos os sonhos de consumo gastronômico realizados têm um preço, – como eu já disse, de mercado – que depois de tudo o que eu vi, afirmo com convicção: vale a pena deixar o seu rico dinheirinho com quem realmente se importa em agradar!

Eu opto por comprar minhas frutas, verduras, legumes, leites e manteigas diretamente dos produtores orgânicos que também conheço bem e que também admiro e em quem confio muito. Orgânicos comprados direto do produtor são, de longe, a opção mais em conta. Na hora do aperto, como até agora não consegui morar encostado ao Santa Luzia, apelo para um bom estabelecimento perto de casa, mas sabendo que meu porto seguro está firme e forte me esperando na alameda Lorena, 1471. O endereço eu sei de cor.

Quando bem criancinha, uma ida à Casa Santa Luzia era programa mais que especial de poucos sábados por ano. Com 3 filhos pequenos, meus pais não se davam ao luxo de arriscar cair em tentação muitas vezes, ainda mais numa época em que qualquer importado era caríssimo, mas ainda que proibitivo, uma festa para os olhos! Meu pai lá ía sempre, atrás de um pãozinho integral muito gostoso, que na época era artesanal e só se encontrava lá. Com o tempo, a frequência de minhas visitas foi aumentando. Quando aprendi a me virar sozinha, fosse a pé, de ônibus ou carro, já sabia a rota exata para uma comidinha muito especial. Quando me aventurei a convidar amigos para jantar em casa, já sabia onde fazer as compras – e olha que era com o cartão de crédito do meu pai, que nunca achou ruim ver Santa Luzia na fatura (o “esquenta” nos finais de semana era sempre lá em casa, regados a jantares caprichados preparados por mim!).

Hoje estou casada, com filho pequeno (que aliás já AMA seus passeios por lá, principalmente porque a Casa Santa Luzia disponibiliza carrinhos de compra em miniatura, que ele empurra com toda a pose), e continuo cada vez mais feliz indo fazer minhas comprinhas por lá. Meus pais não perderam o vício e também vivem na Casa Santa Luzia, tanto que às vezes nos encontramos, sem mesmo haver marcado! Minha irmã trabalha com eventos culinários e faz suas compras por lá também. Meu pai atualmente se diverte acima de tudo na seção dos vinhos. Vinhos são um hobby dele que tornou-se profissão (sim, toda a família toda tem uma quedinha pelas coisas boas da vida!). Algum dia eu ainda o faço escrever um belo artigo sobre vinhos para publicar aqui no site. Criança não bebe vinho, mas os pais podem beber, e se o fazem, merecem saber um pouco mais para escolher o melhor.

E ao final de tanta “rasgação de seda”, alguns leitores podem estar pensando em quanto ganhei para escrever tudo isso, não é mesmo? Eu ganhei, e vou contar aqui o que foi: ganhei de presente a vistita-guiada de hoje por todo o coração da Casa Santa Luzia. E vá lá, um abono no estacionamento, já que pelo tempo que fiquei lá, a minha pequena compra de hoje não teria me dado passe grátis no estacionamento (que para evitar abusos que ocorriam sempre, é cobrado se você não fizer compras ou se ficar tempo demais para compras de menos). Deixando bem claro: eu não recebo dinheiro nem produtos ou descontos nas minhas compras na Casa Santa Luzia.

E agora mesmo me peguei viajando no tempo e me lembrando da minha cara de embasbacada vendo gostosuras quando criança. Foi a mesma cara que eu fiz hoje, ao conhecer os bastidores de tantas gostosuras. Hoje mais ainda do que há 30 anos atrás!

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

26 comentários

  1. Pat, estou encantada com o seu relato sôbre a Casa Santa Luzia. Que bom saber que temos aqui no Brasil, um supermercado com qualidade de primeiro mundo.
    Quando for à São Paulo, com certeza irei visitá-lo.

    Diva Falcão.

  2. Pois eu acho que artigos assim devem ser escritos, sempre. Para estimular os estabelecimentos a oferecem produtos e serviços de primeira. Quem se destaca, quem faz as coisas com carinho e competência, merece. E quem sabe outros estabelecimentos, vendo isso, não começam a pensar em mudar?

    Pena que não tem em SJC. ;-)

    Agora fiquei curiosa: como é o esquema de reciclagem e uso de embalagens deles?

  3. Eu tb adoro ir ao Santa Luzia, para mim é mais do que fazer um supermercado é uma diversão.
    Adorei o seu artigo, sempre tive curiosidade de conhecer os bastidores de lá.

  4. Que pena que não tem um estabelecimento desses aqui no norte do Paraná…Eu seria uma das primeiras clientes. Onde moro não tem mta opção nem qualidade nem preço,mas fico feliz por saber q existe um local assim

    1. Larissa, não sei em que parte do Praná você está, mas ouvi dizer que em Curitiba abriu um lindo, sofisticado e completo mercado de orgânicos. Parece-me que fica pertinho da rodoviária. Eu ainda não fui conhecer, mas quem já foi me garantiu que é imperdível!!

  5. Pat, para quem não tem tempo para ficar lá “viajando” naquele monte de produtos maravilhosos, conta quais são esses azeites e queijos sem aditivos que vc comentou! Obrigadíssima mais uma vez!

    1. Luciana, o azeite que eu mais compro é o Verdenso, mas tem outras duas marcas de não filtrados das quais não me lembro o nome agora. Todos são deliciosos!

      Dentre os queijos, quando quero os crus, opto por alguns portugueses ou franceses. Eu nunca gravo o “modelo” de queijo que estou levando, mas procuro sempre ler o rótulo com atenção – vem escrito bem pequeno no rótulo que são feitos com leite cru – eu só vi portugueses e franceses. Estes queijos estão no capítulo supérfluos e desnecessários da Casa Santa Luzia e já aviso: estão na categoria dos “muito caros para serem comprados de vez em quando”, mas que não dá pra deixar de provar pelo menos uma vez na vida!

      Lá eu tenho encontrado também uma marca (não lembro o nome, mas é uma embalagem azul) de salmão defumado sem nitritos. Ainda não é aqule salmão selvagem ideal, mas o simples fato de não ter nitritos, já torna o problema menor.

      Nem me lembrei de falar no artigo, mas é na Casa Santa Luzia que compro o carpaccio aqui de casa desde sempre. É o único em que confio!

  6. Parabéns! Sua matéria me fez voar no tempo, tempo em que esta casa estava na Augusta, tempo que existia a Mestre Jou e outros… Realmente a Casa Santa Luzia além de ser um charme é o local mais delicioso para os amantes da gastronomia, Parabéns!

  7. Qual é a marca do Carpaccio que vc compra? é a granel? tbm adoro ir na casa santa luzia. Excelente artigo Pat! vc sempre arrasando! abraço querida =)

  8. ah… Pat o carpaccio que vc compra é orgânico? fale mais a respeito dele para nós!!!!

    1. Dri,

      Apesar da Santa Luzia até comercializar alguns cortes orgânicos, o carpaccio não é um deles. Mas o bem estar daqui de casa e da casa dos meus pais atesta que o carpaccio da Santa Luzia é preparado com carne de boa procedência, afinal nunca ninguém teve problemas!!

      O carpaccio é marca própria deles. Fica nos congeladores junto ocm outras opções congeladas. Pergunte para qualquer atendente da loja, que eles te mostram! Cada pacote, que dá pra 2 porções fartas, custa (se não me engano) R$5,00.

  9. VOU COMPRAR LÁ, SE VOCE FALOU EU CONFIO!!! Pat, o que vc acha do Amaranto, vi vendendo no mezanino, na parte de produtos orgânicos, não comprei, pois não sei como se utiliza, na embalagem tem poucas informações a respeito, o que voce acha ? é saudavel? obrigada pela atenção!

    Pat esse Carpaccio não contem nitritos, corantes nem conservantes.. certo?

    1. Dri, eu usei amaranto uma única vez, na sopa. Sei que é saudável, ms ainda não sei bem ocmo usá-lo!

      O carpaccio é 100% carne, o métodos de conservação é o mais ismples possível: congelamento. Pode comprar sem medo!

  10. PAT RESPONDE! POR FAVOR QUERIDA! VC É MINHA SALVA VIDAS NESSAS QUESTOES DE ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL…

  11. Desde que entreiaqui pela primeira vez e vi você comentando do Santa Luzia eu fiquei querendo conhecer. Mas um dia sem querer meu esposo queria um produto onde quem fornecia era o Santa Luzia, ele me chama para ir com ele comprar, e quando vi a fachada na hora eu me lembrei de você Pat. E na hora eu falei para o marido: Amor, é aqui onde aquela moça da internet tanto fala. Amei conhecer, amei de verdade, realmente tem tudo o que se procura (no meu caso) e o atendimento eu achei coisa do outro mundo, pessoas educadas e prestativas. Me senti até bajulada. Obrigada Pat, por divulgar tanto esse tesouro.

    1. Sill, eu tenho quase uma relação de carinho com a Casa Santa Luzia. Divulgo porque gosto e acredito mesmo na qualidade do que eles oferecem, em todos os sentidos. Não ganho nada com isso além do que todo cliente lá ganha: atenção e atendimento impecável.

      Tenho ótimas lembranças de idas lá com meu pai quando era bem pequena, comprar o pão que só tinha lá, o queijo que só tinha lá e outras gostosuras que só tinham lá. Hoje tudo isso tem em mil lugares, mas só lá eu me sinto tão bem acolhida!

  12. Eu percebi isso Pat, desde a primeira vez que eu li, e procurei no google desse tal lugar que você tanto falava. E quando entrei lá eu fiquei boba com tanta coisa que eu nunca tinha visto. A parte superior é uma perfeiçao. Os vinhos então. Eu sai de lá com agua na boca.
    Só nao vou sempre lá pois fica um pouco longe, mas o marido também gostou e aprovou.
    Obrigada viu,a utra dica que li aqui e que será a proxima visita será a feira da Agua Branca.
    Obrigada.

    1. Se você nunca foi ao Parque Água Branca, sugiro esperar mais uns meses. Eles começaram uma grande reforma lá, bem na entrada da feita, e o movimento fica simplesmente caótico!!!!! Eu tenho ido às 5 da manhã pra conseguir parar decentemente o carro!

  13. Adorei seu artigo! Moro no Rio e mal conheço São Paulo, mas tenho tido cada vez mais vontade de ir à cidade só para conhecer esses lugares e poder comprar suas gostosuras (da Pat!)… Morava em Niterói e estava descobrindo bons lugares para compras por lá e arredores, agora estou em Cabo Frio (cidade difícil em qualidade de alimentos) uma pena. Mas certamente como a casa Santa Luzia, que você descreveu, acho que não encontraria pelo Rio, só em Sampa mesmo. PARABÉNS!!!

  14. Ah… Aliás até peixes e frutos do mar em geral são dificílimos de se encontrar aqui (Cabo frio) com qualidade, pois a higiene é péssima e o que há de melhor não fica aqui. Só mesmo direto com o pescador, por que o mercado de peixes é terrível. Muitas vezes opto por comprar congelados que vem de longe.

  15. Ih! O último comentário foi meu mesmo, mas voltei para Niterói há um mês! O que é muito bom em relação a qualidade das compras.
    Mas em relação à Casa Santa Luzia, tenho uma reclamação que gostaria de mencionar aqui: Fiz cadastro no site e enviei algumas dúvidas relacionadas aos produtos de meu interesse, mas nunca recebi respostas e por isso nunca comprei lá. Acabei comprando na Cellena, que inclusive tem uma taxa de frete honesta, porque o frete da Santa Luzia é absurdamente absurdo. Bem, fica o comentário e caso o responsável venha a ter conhecimento, poderia melhorar o serviço virtual!

  16. Pat que delícia de artigo, eu não tinha visto. Voltei no tempo porque tb desde pequena ia lá encontrar meu tio que era um dos sócios. Eu e meu primo, o Carlos que vc deve conhecer (gerente) passávamos lá toda vez que íamos ao cinema e ganhávamos um pacote grandão de balas, rssss.
    Depois de crescer tb gosto de ir lá e conhecer as novidades, principalmente orgânicas. Quanto ao preço, pelo menos no caso de orgânicos chega muitas vezes a estarem mais baratos que os outros supermercados.
    Já fiz esse passeio pelo interior da loja e fiquei admirada pela limpeza e organização. Obrigada por esse passeio à infância que vc me proporcionou.

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