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Como tudo começou

Esse texto eu escrevi faz um tempinho, em fevereiro de 2006, pouco antes do meu filho completar 9 meses. Pensei em contar um pouco de tudo. Como foi a gravidez, preocupações, parto, a falta de leite, o leite “bombado” (fórmula infantil caseira) que o meu marido desenvolveu.

Divulguei o texto na minha comunidade do Orkut, Crianças na Cozinha, e alguns trechos dele causaram uma certa polêmica, deixaram alguns chateados. Resolvi mantê-lo igual aqui assim mesmo, foi escrito de uma forma espontânea, sem pensar muito, somente mostrando o que eu senti e estava sentindo naquele momento. Nunca pensei em ofender ou desmerecer nada ou ninguém nesse texto.

Para vocês, como tudo começou….


Eu não escondi de ninguém que não gostei nem um pouquinho da gravidez (ao contrário do que sempre imaginei), mas não obstante posso dizer que tive uma gravidez absolutamente tranquila. Um pouco de mal estar e moleza no começo, mas nada que tenha me deixado inutilizada. Tinha até hora marcada: das 10:30 da manhã até lá pelas duas da tarde eu ficava meio bêbada, bem molinha mesmo. Almoçava menos… Jantava normal. Nada grave.

Comi muito bem a gravidez toda e quando digo bem me refiro à qualidade: comidas orgânicas, muita variedade, formas de preparo saudáveis, carne, peixe, frutas, verduras, leite, ovos, iogurte, etc… E nã tinha jeito, com um “médico cão de guarda” (meu marido) na minha cola o tempo todo, mesmo se eu quisesse não dava prá fugir muito disso.

Como todo mundo (ou pelo menos a maioria), tomei o ácido fólico no início da gravidez. A multi-vitamina Materna minha médica falou para tomar umas 3 vezes por semana, se eu lembrasse, porque minha alimentação é tão boa e completa, que o esquecimento (no meu caso pelo menos) não seria uma coisa grave. Ah, me senti muito orgulhosa em saber que minha alimentação é considerada tão boa a ponto de ser dispensada de algo receitado a praticamente todas as grávidas!!

Desde o início da gravidez e acho que até antes eu pensava um tantinho sobre a hora da amamentação. Confesso que mesmo ouvindo tantas mães falando tantas coisas, eu não tinha a mínima idéia de como seria. Segui as recomendações da médica desde o começo para tomar sol nos seios, passar bucha vegetal todos os dias e não passar hidratante nos mamilos. Tudo isso para “engrossar” a pele e não sofrer com rachaduras doloridas.

Mas tinha uma pulguinha lá me incomodando…

Há mais ou menos 10 anos atrás, como presente por ter entrado na faculdade ganhei a minha tão sonhada mamoplastia redutora. Até então não sabia o que era usar blusinha regata justa ou vestidos e blusas tomara que caia. Sem sutiã?!? Era para dormir e olhe lá!! Era um peitão que deixava qualquer siliconada morrendo de inveja!!! Mas eu detestava aquela fartura toda!!!

No grande de dia foram-se embora 500g de cada seio!! Um montão mesmo e ainda assim não acho que tenha ficado tábua. Hoje em dia meus sutiãs ficam entre o 42 e o 44, depende o modelo.

Todos os médicos consultados me garantiram que isso não prejudicaria em nada a amamentação. Eu até acho que para algumas sortudas isso seja verdade, mas acho que mais verdade ainda é que nenhum deles queria perder mais uma cirurgia no bolso… Assim funciona o mercado, e afinal é disso que eles vivem… De qualquer forma, nem isso me impediria, confesso. Na época eu tinha a estética acima de tudo!!!!!

E eu acho mesmo que ainda que existisse a “pulguinha”, eu acreditava que ía conseguir amamentar – comprei um monte de sutiãs de amamentação estava achando tudo isso o máximo!! Sem contar que esperava pela amamentação como o tiro inicial para o meu emagrecimento. Eu não aguentava mais me ver enoooorme!!!

O Arthur chegou!!!

O dia do parto foi muito legal!! Fomo à consulta semanal na Dra. Márcia Tabacow no dia 12  de maio perto da hora do almoço. No dia seguinte eu completaria 40 semanas.

Eu já estava implorando para o Arthur nascer, não aguentava mais o barrigão, a espera, o calor e o cansaço. Meu único prazer, para terror de todo mundo, era dirigir!!! Nas últimas duas semanas só com o Alexandre do meu lado, mas quem dirigia era eu!!!!

Na consulta uma surpresa: já estava com 3, quase 4 de dilatação!!! E simplesmente não sentia nada, nadinha!! Mas a Dra. Márcia Tabacow avisou que provavelmente daquela noite o Arthur não passava!!! Naquela hora foi uma mistura enorme de sentimentos, me deu a maior tremedeira!! Tinha alegria, medo, ansiedade, euforia, pavor e tudo mais que se pode imaginar!!

E lá fomos nós para o restaurante comemorar, para o NOSSO restaurante!! Um almoço delicioso, com um bom peixe e regado a champagne, afinal era provavelmente nosso último almoço sem um bebê nos braços. Foi muito divertido!!

Alexandre me deixou em casa, com a enfermeira da clínica avisada da situação e  ele foi para um congresso importante. Eu fiquei super na boa, brincando na internet, fazendo carinho nos gatos, contando prá eles quem estava prá chegar. Tomei um bom banho, fiz escova no cabelo, me arrumei toda e coloquei o único vestido que ainda me servia, aprontei os últimos detalhes do que levaria para a maternidade. Muito calor para o meio do mês de maio!!

Alexandre chegou no fim do dia junto com a enfermeira Jussara e fomos até a ProMatre fazer uma verificação. Continuava tudo na mesma e para desgosto da enfermeira chefe, a médica me mandou de volta para casa, mas recomendou que eu jantasse algo leve e andasse um pouco. Fomos para o shopping, único lugar seguro (ou menos suspeito) para dar uma caminhada a noite, em SP.

Eu estava morrendo de fome, mas o Arthur não quis saber… Quando estávamos sentando para comer uma saladinha, pimba!! Estourou a bolsa, com toda água que se tem direito!!!! Pensei que ía ao banheiro, secava um pouquinho e voltava para finalmente comer!! Hahaha, quando me lembro disso só posso rir!! Sentei naquela provada e só saí de lá carregada, direto para a maternidade!! Foi o tempo de chegar no banheiro e as contrações começaram com tudo!! Uma força incrível!!

Me levaram de cadeira de rodas até o carro (nem tivemos que pagar pelo estacionamento, olha que bom!) e como já era mais tarde da noite, chegamos bem rapidinho na maternidade. Alexandre queria ainda passar em casa para me dar ioggurte, porque mesmo com toda essa contração a minha fome não passava!! Mas ainda assim quase o mandei “pra aquele lugar”!! Eu só queria chegar na maternidade e acabar logo com aquilo!!

Os homens não têm a mínima noção do que é uma contração!!! Uma coisa muito louca!!!

O parto foi fácil (foi normal), tranquilo e muito lindo. Gostei demais mesmo!!! Gostei principalmente de ter visto minha barriga já murchar um pouco. Juro, parece meio péssimo falar isso, mas eu me senti péssima com aquela melancia dentro de mim… Tenho que ser sincera…

A médica colocou o Arthur direto no meu colo, no meu peito. Foi o máximo!! Ficamos assim, eu, Arthur e Alexandre, sozinhos na sala de parto, com quase nada de luz e uma linda música no fundo por umas duas horas. Muito inspirador. Eu logo coloquei a boquinha dele no meu seio. Queria que ele conhecesse logo o caminho da comidinha dele. Ele, já muito espertinho, pegou imediatamente!!

Quase de manhã cedo ele foi para o berçario, para toda aquela formalidade de medir, pesar, examinar, etc… Eu fui para o quarto, mooooooooorta de fome!! Imagina, eu já estava com fome antes. Depois de toda aquela ginástica e adrenalina eu era capaz de comer um elefante inteiro!!!! E me trouxeram só torradas com suco (queria morrer quando vi só aquilo)… No quarto minha família toda e o padrinho do Arthur (médico também, que também acompanhou o parto). Todos comemorando e tomando vinho. Uma festa de verdade!!!

Eu dormi um pouco, quase nada, porque a adrenalina era grande demais e eu não via a hora do Arthur vir ficar comigo – optei por alojamento conjunto o tempo todo.

Tomei banho e fui logo no berçario saber quando ele chegaria. Inacreditável, porque há poucas horas eu me acabava de fazer força e agora já estava andando numa boa, como se nada tivesse acontecido (bom, quase nada, porque eu morria de medo de fazer xixi e arder o corte da episio…). Logo ele estaria comigo, disse a enfermeira se divertindo com a minha ansiedade!!

Ele veio e logo grudou mesmo no meu peito.

Saímos da maternidade no domingo (dia 15) e tudo parecia perfeito. Nem meus seios tinham quase rachado!!!! Mal sabia o que me esperava… (ah, na verdade era só um seio, o direito, porque o esquerdo cicatrizou muito mal da plástica e a amamentação não funcionou logo de cara).

Passados uns 2 ou 3 dias eu estava maravilhada de como ele era bonzinho, chegando a dormir até 8 horas seguidas!!! Mas o seio… Ai, foi ficando completamente em frangalhos e a hora da amamentação começou a virar uma verdadeira tortura para mim, até que eu não aguentei e liguei quase chorando prá minha médica, a Dra. Márcia Tabacow, porque realmente não dava, a dor era demais e saía muito, muuuuuito sangue! Ela receitou pomada de lanolina e pediu que desse um descando para o seio, usando a bombinha.

Foi nessa hora que eu tive a pior notícia do mundo: não tinha leite, nada de leite e o Arthur simplesmente não estava sendo alimentado!! Era mais de meia hora com “aquela coisa” no meu seio e não chegava nem em 10mL de leite, mal cobria ofundo do copinho!!! Por isso dormia tanto, coitadinho, estava fraco de fome…

A Jussara nessa hora nem pestanejou: saiu na 1a. farmácia e voltou com uma mamadeira e uma lata de NAN1… Ai que tristeza me deu quando eu vi aquela lata… Mas tristeza maior ainda era pensar que meu filho tão novinho já poderia estar passando fome… Muito a contra gosto meu e mais ainda do Alexandre, demos o NAN ao Arthur, que com a fome que devia estar sentindo, coitadinho, mamou tudo num segundo!!!

Mas o Alexandre (ainda bem) é teimoso e não se conformou que o próprio filho tivesse que tomar um leite em pó, totalmente industrializado, quando ele prórpio mandava todos os pacientes dele ficarem longe dessas coisas se quisessem ter saúde. Pesquisou por todos os lados e acabou desenvolvendo a fórmula do Arthur, que eu já postei AQUI e vocês conhecem.

Ah, mas vocês imaginam a minha cara de ainda mais desgosto quando eu vi quanta mistura de tanta coisa que ele queria que eu desse para o nosso bebezinho de tão poucos dias!!! Disse que não ía dar e pronto, que todo mundo toma NAN e ninguém morre por isso!! Virei fera mesmo!!! Mas confio muito no meu marido e no que ele estuda e, acima de tudo, sei o quanto ele só queria o nosso bem, a nossa saúde. Deixei que tentássemos o tal leite maluco dele… Morreeeeeeeeendo de medo, JURO!!!

Bom, leite preparado, cara de nojo (hehe, é inevitável no começo), mamadeira pronta e lá fui eu, tremendo de medo, dar a “gororoba” para o Arthur tomar. Entrou por uma lado e quase que instantaneamente saiu pelo outro!!! E um monte, e mole, um nojo para uma mãe de primeira viagem completamente apavorada!!!

Alexandre se assustou tanto quanto eu e resolvemos voltar ao NAN – quem sabe depois de uns dias a gente tentava de novo, ele dizia. E eu só pensando que nunca mais….

Passados uns dias me liga ele do consultório, do meio de uma consulta com uma paciente que também tinha um bebezinho. Ele foi contar o caso do nosso leite e que deu diarréia e tal (ou, o que eu achei que fosse diarréia). Ela, a paciente, com a maior calma do mundo falou que era normal, um tal de reflexo gastro-cólico, que os bebês têm, principalmente no comecinho. Mamou, cagou, diria “delicadamente” o meu irmão!!! Ligamos para a pediatra do Arthur, que confirmou a informação e disse ser mesmo muito normal.

E lá foi o Alexandre querer enfiar o leite no bebezinho de novo. E lá fui eu ficar ainda mais apavorada, mas dei mesmo assim… Para mim qualquer coisa era melhor do que fazer o meu bebezinho viver alimentado de um pó branco esquisito misturado com água.

Só ele fazia o leite no começo, eu não podia nem ver!!! Arthur aceitou o leite muitíssimo bem desde o começo, e desde o começo mamava com gosto. O intestino foi-se normalizando, eu fui pegando o jeitinho de preparar a receita cada vez mais rápido e tudo foi ficando muito prático e fácil. Eu me conformei com a não amamentação rápido porque eu sempre fui da opinião que ficar chorando e reclamando pelos cantos não resolve nada, e o Arthur precisava mesmo era de uma mãe calma e feliz, que cuidadasse bem dele. Se não deu para amamentar, o que eu poderia fazer???

Ele começou a prestar atenção…

A quantidade de leite que ele consumia diariamente ía aumentando muito, a cada dia!! No auge era mais de 1 litro da receita por dia!!! Uns 300mL por vez!!!!

O emagrecimento ficou “meio assim”, porque eu ficava ainda muito cansada com tanta novidade e ginástica nem pensar e dietas malucas sem nada para comer nunca foram meu forte. Eu adoro comer e adoro cozinhar coisas boas e sempre achei que emagrecimentos muito rápidos não são saudáveis.

Mas folheando uma dessas revistas de dieta me lembrei da famosa recomendação de comer pouco, várias vezes ao dia, prá accelerar o metabolismo, não ter tanta fome e todo aquele papo manjado.

Arthur mamava por volta das 17:30 e eu resolvi que ou um pouco antes ou logo depois dessa mamada comeria uma fruta, para acelerar o metabolismo!!! Nisso ele já estava com quase 4 meses e prestava uma certa atenção no que eu fazia (ou pelo menos eu gostava de acreditar que ele prestava atenção). Quando eu comia a fruta ele ficava olhando, quando tomava água ele olhava…

Até que um dia, contrariando tudo e todos, resolvi raspar um pouquinho da minha banana usando uma colher minúscula de cafezinho. De forma bem despretensiosa, sem preocupação nenhuma, porque afinal ele estava muito bem suprido de mamadeiras e mais mamadeiras todos os dias. Acho que essa despreocupação toda foi fundamental para ele sempre aceitar muito bem qualquer novidade alimentar!!!!

Na 1a. ele não sabia muito bem o que fazer com a colher, mas a banana ele mandou prá dentro rapidinho!!! Era um pedacinho minúsculo, porque eu até me sentia meio que fazendo algo de errado!!!! Num dia foi a banana, noutro teve manga, mamão, etc…

Aos 4 meses a 1a. gema mole, pura, que ele adorou logo na primeira colherada! Que alívio!!!!

Até o dia em que o Alexandre encontrou com a pediatra (moramos perto), o Arthur estava com quase 6 meses, e ela o lembrou da enorme importância do ferro para o bebê e lembrou também que o leite, ainda que fosse esse nosso super completo, não supria as necessidades de ferro. Fígado nele!!!

Foi então que começamos as papinhas, sempre nessa base que eu falo aqui – legumes, caldo de carne, fígado cozido e manteiga.

Pelas nossas pesquisas e pela conversa com a Dra. Eliana, sabíamos muito bem o que podia e o que não era aconselhável dar nessa fase. Eu decidi, conversando com o Alexandre, que as primeiras papinhas seriam muito simples, só com um legume por vez, prá ele conhecer o gosto, saber que existiam gostos e consistências diferentes. Eu comecei com cenoura, beterraba, mandioquinha, batata doce e abóbora – sempre cozidas no vapor, batidas no processador junto coma manteiga, o fígado e o caldo de carne. Sempre uma de cada vez, o que seria bom também no caso de alguma reação adversa – eu saberia mais facilmente o que tinha causado.

Ele aceitou todas as papinhas muito bem. Eu sempre ofereci, e ainda ofereço, na colherinha de cafezinho, bem pequena e um pouco por vez, respeitando o ritmo dele. Eu penso em mim mesma comendo – seria horrível alguém me forçando um garfo enorme, cheio de comida na boca.

Depois da papinha salgada oferecia, e ainda ofereço sempre uma sobremesa, que pode ser fruta amassada somente, fruta com iogurte ou fruta cozida, com ou sem iogurte.

Aos poucos fui introduzindo novidades. A 1a. delas foi a mistura de cenoura, mandioquinha e chuchu, que eu comi muito quando criança e adorava.

A dra. Eliana sugeriu introduzir folhas e eu estava louca para dar milho. Comecei misturando o espinafre cozido na papinha de abóbora e ficou tão gostoso que o Alexandre ocmeçou a “roubar” das papinhas do Arthur!!! A partir daí as misturas são infinitas, e sempre que dá eu anoto para não esquecer do que fiz.

Mas descobri na marra que ainda não era hora para milho: o intestino do Arhur que é super direitinho, enlouqueceu e ele passou uns 2 dias com “excesso de carga” (só prá não falar com todas as letras, hehe).

O espinafre estava aprovado e eu me empolguei – coloquei um montão da segunta vez e lá foi mais “carga pesada”, desta vez por uns 4 ou 5 dias até que a Jussara ficou um dia com ele, trocou uma fralda medonha (daquelas de “perfume francês”!!) e matou a charada: fígado,beterraba, brócolis e esse tantão de espinafre… Excesso de ferro solta o intestino!!!!!!!! Foi só parar e tudo se normalizou!! Espinafre agora, por enquanto, mais como tempero, pouca quantidade!!

E assim tem sido a nossa rotina com tudo: com calma, sem forçar a barra, sem se enervar quando não dá certo da 1a. vez e, acima de tudo, respeitando os ritmos do Arthur!!!

A hora das novidades!!

A cada vez que ía dar algo de novo para o Arthur experimentar (depois que passou o “trauma” da 1a. mamadeira), era sempre uma grande expectativa e uma grande alegria, porque até agora, com ou sem careta, ele aceitou tudinho o que eu dei!!!

A primeira colherada é sempre bem pequena, só um gostinho prá ele saber do que se trata, e sempre no início da refeição, quando ele realmente está com fome e com certeza muito mais aberto a novidades (no aperto é mais fácil a gente comer qualquer coisa, não é assim mesmo?).

A primeira colherada de iogurte natural foi a careta mais engraçada até hoje!!! Ele fez cara de nojo, ânsia de vômito, começo de choro, um escândalo! Eu, muito respeitosamente, não ofereci mais, mas deixei o potinho por ali, bem nas vistas dele. Qual não foi minha surpresa, instantes depois, ele esticando os bracinhos e pedindo mais iogurte!!! Outra colherada, outras mil caretas, mais um tempo e mais bracinhos esticados pedindo mais!!!

Sempre que tem novidade ou mesmo nas papinhas já conhecidas eu tento obedecer uma regrinha muito simples: como eu gostaria que fosse comigo?

Tem coisas que a gente gosta, outras que a gente não gosta de primeira mas se dispõe a experimentar de novo (só prá ter certeza) e tem coisas que a gente odeia e pronto, não tem jeito. Tem dias que a gente acorda com muita fome, outros dias sem fome nenhuma. Tem dias que temos mais sede, outros dias menos sede. Tem os dias de comer mais leve, outros dias comidas mais pesadas ou comidas mais simples, ou mais incrementadas.

Por que é que com os bebês seria diferente?? Só é diferente porque eles não sabem ainda como nos dizer isso!!! Eles no máximo sabem fazer caretas, abrir ou fechar a boca e, em último caso, abrir o maior berreiro!!!

Muita calma, observação e respeito com os momentos do bebê é importantíssimo!!!!

A Dra. Márcia Tabacow atende na cidade de São Paulo. Se você quer passar em consulta com ela (eu super recomendo!!), ENTRE EM CONTATO COMIGO ou telefone direto para o consultório dela. Os números são: (11) 5505-2615 ou (11) 5506-2514.

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

19 comentários

  1. Olá!

    Eu entrei no google procurando a Dra. Márcia Tabacow, e apareceu seu blog.

    Vi que você se consultou com ela durante a gravidez…

    Ela foi a minha pediatra e algum tempo tento acha-la e não consigo.

    Agora estou querendo engravidar e quero muito que ela acompanhe a minha gravidez, pois sei o quanto é ótima médica.

    Será que você poderia me enviar o telefone dela?!?!
    Ficaria muito agradecida!!

    cothomaz@yahoo.com.br

    Um abraço, e boa sorte com o Arthur!!

    Corina

  2. por favor preiciso muito de um fabricante ,lugar …onde posso encontra oleo d figado de bacalhau liquido .porque minha filha de 7 anos estar com triglisseridio 180 estar fazendo dieta mais estar muito dificel ,moro em buzios e aqui nao encontro de geito nenhum e nem pela internete.
    obrigada se poder me ajudar

  3. Tenho um filho de três anos que sempre tem problemas de infecção das amigdalas,quero saber o preço e onde compro esse óleo de bacalhau,,ele tb sempre esta gripado por respirar com a boca..OBRIGADO!!!

    1. Gisele, o óleo de bacalhau que eu uso comumente aqui em casa vem dos Estados Unidos – é o fornecedor mais de confiança que eu tenho: http://www.greenpasture.org Se você ou algum conhecido estiver indo aos Estados Unidos, não deixem de encomendar porque vale a pena.
      No Brasil, quando preciso comprar, peço na Farmácia Buenos Ayres, aqui em São Paulo. Porém para comprar o óleo na forma líquida, é necessário uma receita médica.

  4. Pat, como eu nunca vi nenhuma manteiga orgânica por aqui, posso usar a manteiga da itambé (está escrito que só leva creme de leite) ou então a manteiga ghee e qual a real necessidade de um bebê tão novinho consumi-la?
    É que fico com um pouquinho de receio…
    Obrigadaaaaaaaaa!

  5. Li … e juro que não acredito !!!!
    É muito loucura!
    Uma grande viagem!

  6. tem realmente que confiar muito…essa formula parece ser muito boa, mas tem que ter coragem mesmo.

  7. Oi Pat acabei de descobrir por acaso seu blog.. e ja virei fa… Parabens

  8. Olá, encontrei este blog hoje e gostei muito.
    Tenho intolerâncias alimentares, as quais, passei à minha filha… Tem sido uma luta desde a amamentação (tb fiz a redução mamária e, ao contrário de si, sempre me disseram q não poderia amamentar, mas amamentei até aos seus três anos), pimeiro não podia amamentar, depois pq tinha pouco leite e era mais fácil dar leite em pó, mas depois de muito pesquisar, de muitos médicos e de muitas “brigas” com meu marido, a minha filha mamou durante três anos…Se quiser alguma da informação que recolhi, não me importo de facultá-la.Tudo de bom e continue a sua pesquisa e a sua partilha connosco.
    Bem haja

  9. oi minha filha tem 5 meses e esta com raquitismo e eu estava lendo sobre , e vi sua recomendaçao do oleo de figado de bacalhau vc poderia me diser como compro pq e importado. e nao entendi o site obrigado.

  10. Pat, cheguei a pouco no seu site, desde ontem estou devorando o material, cheguei atraves do site do seu marido, pq sofro de enxaquecas. Dou muito valor a alimentacao o mais natural possivel e por isso estou adorando seu site. Agr me explique, por favor, pq eh que a receita do leite do Artur esta protegida por senha? Nao esta mais disponivel? Preciso de alguma senha?

  11. Até chorei lendo esse texto. Também não consegui amamentar decentemente minha filha, foram 2 meses de muita dor e sangue. Ela só mamava sangue e engolia as casquinhas dos meus seios feridos, e também tomava NAN para não morrer de fome. Todos me pressionavam e me obrigavam a dar sangue e casquinhas para ela no lugar do leite que eu não tinha. Essa foi a pior dor que já senti na minha vida, tenho vontade de chorar apenas ao lembrar de tamanha dor que eu sentia enquanto ela mamava, sugando meus seios que estavam em carne viva. Também fiz cirurgia nas mamas, no meu caso mamoplastia de aumento por via periareolar (foram quatro cirurgias ao todo devido a contraturas capsulares das próteses de silicone) e isso inviabilizou a amamentação. Não tinha leite, não tinha como amamentar. Hoje ela está com 6 anos e muito saudável, graças a Deus.

  12. Olá, Boa Tarde!!

    Um colega meu me indicou seu site e lendo-o, já adquiri o Óleo da Green Pasture, acontece que para minha filha de 3 anos tomar eu estou misturando-o em dois dedos de suco de uva puro orgânico sem açúcar. Faz mal? existe uma opção melhor?
    Bjs e obrigada!!!!

    Cris

    1. Cristiane, meus filhos tomam com o leite, o filho de uma amiga tomava misturado à banana amasssada. Não vejo problemas em tomar no suco não, que bom que ela aceita!!

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