Uma reflexão para o meio do feriado…
Essa história já ocorreu há algum tempo, porém não me canso de refletir sobre ela e gostaria de aproveitar o feriado para expor a vocês um assunto leve e ao mesmo tempo importante: as coisas simples e belas da vida.
A indústria, o marketing e a vida apressada que levamos nos dias de hoje fecha nossos olhos para coisas simples e belas. Hoje em dia muitos confundem o belo com o que é caro, com o que é “superprodução”, com o “enfeitado”. As pessoas simplesmente não reparam mais naquela linda árvore na esquina de casa, florindo no início da primavera. As pessoas nunca mais parar para ver o sol nascendo ou o sol se pondo. As pessoas estão ocupadas demais para ouvir o canto do passarinho ou a gargalhada de uma criança.
Isso é péssimo, para o mundo e para nós…
O fato do vídeo acima ocorreu numa manhã fria em Washington DC, EUA, em 2007, numa estação de metrô bastante movimentada. Um homem “normal”, com roupas “normais” e seu instrumento, um violino, estava sentado num canto da estação tocando alguma coisa. Na verdade este homem tocou por 45 minutos belíssimas peças de Bach.
Durante todos esse tempo, muitas pessoas passaram por este homem tocando seu violino. Uns indo trabalhar, outros voltando, a enorme maioria dessas pessoas cheias de pressa, sem prestar atenção à sua volta.
Depois que o homem estava tocando sue instrumento há cerca de 3 minutos, um senhor de meia idade notou o músico, diminuiu seu passo e chegou a parar por poucos segundos e depois saiu apressado para seus compromissos.
Quatro minutos depois o violinista recebeu seu primeir dólar: uma mulher apressada atirou a nota em seu chapéu e saiu sem parar para ouvir a música. Após 6 minutos um jovem encostou-se na parece, ouviu a música por pouco tempo, olhou seu relógio e saiu andando novamente. Passados mais 10 minutos um garotinho de 3 anos parou para ouvir a música, mas sua mãe rapidamente o apressou e o puxou para irem embora. Isso aconteceu novamente ocm diversas outras crianças e suas mães e/ou pais. Todos os pais/mães, sem excessão, puxaram seus filhos para que fossem embora.
Ao final, apenas 6 pessoas haviam parado por alguns instantes e ouvido a música. Cerca de 20 pessoas deram algum dinheiro, mas continuaram seu caminho, sem parar para ouvir a música. O homem coletou ao final US$32,00. Quando ele parou de tocar, ninguém o aplaudiu ou fez qualquer sinal de reconhecimento.
O homem que passou 45 minutos tocando sentado no chão do metrô de Washington DC era ninguém menos que Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo. Ele tocou uma das peças mais difíceis de que se tem notícia. Seu violino era “simplesmente” um Stradivarius, avaliado em US$3.5 milhões. Dois dias antes Joshua Bell tocou num teatro lotado, ocm ingressos ao preco mínimo de US$100,00.
Na estação do metrô entretanto ninguém sabia quem ele era ou qual era o seu instrumento. Ele era mais um músico, com mais um violino em mais uma estação de metrô. Não tinha “grife”, não tinha nome nem nada. Somente seu talento e uma música lindíssima. Sem o glamour e sem a grife, ninguém prestou atenção, ele nem ao menos foi reconhecido!!
Essa performance foi organizada como parte de um estudo social sobre percepção, gostos e as prioridades das pessoas. Num lugar comum, numa hora não apropriada, quem para e presta atenção ao belo? Você para e aprecia o belo à sua volta? Você é capaz de reconhecer talento num contexto inusitado?
Se você não tem um momento para parar e ouvir um dos melhores violinistas do mundo, tocando uma das melhores músicas de que se tem notícia, quantas outras coisas belíssimas você pode estar perdendo em sua vida sem ao menos perceber?
Pare, pense, reflita, “puxe o freio da sua vida”, só para variar. Seja feliz, aprecie o belo.
Curta um dia de sol. Relaxe com o barulho da chuva. Aprecie e deguste com cuidado o que você estiver comendo.
Repare no sorriso do seu filho ao acordar. Mostre a ele uma bonita flor, ouçam junto o canto dos passarinhos. Curta aquele abraço de bom dia e se emocione com seus olhinhos fechando na hora de dormir. Dê risada das caretas que eles fazem ao provar um alimento novo.Leia ocm seu filho, aplauda cada conquista, por menor que pareça.
Seja feliz!
Adorei,
E não queria passar sem agradecer seu artigo!!
Tenha um lindo dia
Silvia
Pat, muito interessante mesmo. De fato, a última mulher foi a única que realmente ficou observando o tempo todo a partir do momento em que chegou e depois elogiou e reconheceu o violinista.
Mas sinto que as vezes somos vistos como “esquisitos” se paramos pra observar as coisas “simples e belas”. Já aconteceu várias vezes de eu e meu namorado estarmos andando no meio da cidade e então vemos que a lua está cheia e bonita. Ficamos parados por alguns instantes e observando, as pessoas sempre nos olham de forma estranha. Como se pensassem: “Porque esses dois estão parados olhando a lua?”
Abraços Pat.
eu achei lindo pena que as pessoass de de hoje se preocupem tanto com o seu trabalho negocios e não parem para olhar observar as coisas bela da vida quando pararem vai ser tarde de mais para isso.
Lí e adorei, pois as pessoas deviam apreciar mais o belo que estão em sua volta. nas coisas simples da vida, pois
pode ser atraves do simples que pode surgir grandes coisas, acontecimentos etc. Agindo nesse mecanismo rotineiro as pessoas perdem as belezas e o sentido da vida
vamos mudar minha gente!!!
É para refletir mesmo. Eu às vezes sou muito apressada e depois vejo que apresso muias coisas e não paroveito o que estou fazendo e me pergunto corri tanto para quê?
Tenho me esforçado para apreciar bons momentos e certamente vale a pena. Ontem mesmo vi na rua um pé de algodão. Mostrei para minha filha de 4 anos e ficamos um tempo apreciando a criação divina, explicando para ela e sinceramente: esses momentos são deliciosos.
Nesta roda vertiginosa na qual vivemos, não temos tempo, às vêzes, para usufruir do que é bom e belo.
Diva Falcão.
Em Paris, ano passado, estava começando a chover quando passávamos pela praça do Louvre. Pegamos uma saída e tinha uma moça embaixo de uns arcos cantando ópera, com um rapaz ao violão ao lado. MARAVILHOSO. Ficamos ali um tempo, até precisarmos ir embora.
Muito bom! Obrigada.
Um total de 1097 pessoas passaram por Joshua Bell durante sua execução. Apenas 7 pessoas pararam para olhar. O cachê de Joshua Bell é de dezenas de milhares de dólares para um único concerto, de tão solicitado que é. O colunista Gene Weingarten, do Washington Post, que teve a idéia do experimento, ganhou o Prêmio Pulitzer pelo seu artigo no jornal.
Será que você é ocupado demais para reparar nas belezas à sua volta? http://t.co/AzmaVHKC
Será que você é ocupado demais para reparar nas belezas à sua volta? http://t.co/AzmaVHKC