Essa receita é inspirada numa maravilhosa versão do Bacalhau à Gomes de Sá que comi na única vez que estive em Portugal. Um restaurante (do qual eu não me lembro o nome de jeito nenhum) a caminho do balneário de Cascais, à beira do mar, ESPETACULAR, tanto na ambientação como na comida – o melhor bacalhau que já comi na vida!
Ah, que vontade de voltar a Portugal!!!
Eu fiquei com a combinação de ingredientes na cabeça, e sempre fiz versões deliciosas do prato aqui em casa, mas sei que nunca cheguei aos pés daquele que comi há pouco mais de 5 anos atrás. Hoje, na minha opinião, foi minha melhor versão, que resolvi publicar aqui para os amantes do bacalhau.
Para quem segue a Dieta Feldman Antienxaqueca, vale a receita, porém sem as batatas e servida como prato único, sem o arroz por acompanhamento.
Essa receita rendeu uma porção fartíssima (e diria, ligeiramente exagerada) para meu marido, meu filho e eu. Sobrou um pouquinho, que foi usado no jantar do peqeuno mais velho. O mais novinho anda arriscando suas primeiras papinhas!!
Ingredientes:
500g de bacalhau seco desfiado
1 cebola média finamente fatiada (eu usei cebola roxa porque era o que tinha em casa, mas você pode usar qualquer uma)
1 pimentão verde orgânico finamente fatiado (é importante que o pimentão seja orgânico, já que este é fortemente contaminado por pesticidas quando proveniente de plantações convencionais). Eu teria usado o pimentão vermelho, mas este é muito mais difícil de achar na versão orgânica.
500g de batatas descascadas, cozidas e cortadas em fatias de pouco mais de 0,5cm de espessura (usei umas 6 batatas médias)
8 azeitonas pretas (eu usei as do tipo Azapa, minhas favoritas)
1/2 xícara de um bom azeite de oliva extra-virgem
3 colheres de sopa de manteiga
Modo de Preparo:
Deixe o bacalhau de molho por 2 ou 3 dias, dentro da geladeira, trocando de vez em quando a água.
No “grande dia”, o dia de se deliciar com essa gostosura, escorra o bacalhau do molho e deixe escorrer o máximo de água pela peneira.
Enquanto o bacalhau fica de lado escorrendo, descasque as batatas, fatie e coloque-as para cozinhar com água e um pouco de sal.
Com as batatas já cozidas, numa panela de ferro que possa ir ao forno, inicie o preparo do prato propriamente dito (se você não tem uma panela de ferro para ir ao forno e depois à mesa, prepare tudo numa panela, transfira o conteúdo para um refratário e então leve ao forno e depois à mesa).
Leve a panela ao fogo e derreta a manteiga. Junte as cebolas e pimentões fatiados e refogue até que fiquem ligeiramente amolecidos.
Junte o bacalhau desfiado, mexendo sempre e adicione um pouco de pimenta do reino moída na hora. Se o bacalhau não escorreu o suficiente (foi o caso aqui hoje), escorra o excesso de líquido que se formar na panela e despreze.
Junte as batatas, as azeitonas picadas (você pode depois colocar algumas inteiras, para enfeitar) e mexa por mais um minuto ou dois. Se notar que o fundo da panela está grudando, use o restante da manteiga.
Se for transferir o conteúdo da panela para um refratário, esse é o momento – unte levemente com manteiga esse refratário.
Acomode a mistura de bacalhau e quebre os dois ovos, crus, por cima da mistura.
Leve ao forno alto por cerca de 20 a 30 minutos.
Ao retirar do forno, derrame sobre o bacalhau o azeite de oliva extra virgem e sirva imediatamente.
Notem que eu só finalizei o prato com o azeite, que é um óleo delicado demais para usar em refogados e no forno, em temperaturas muito altas. O sabor do azeite, caso ele fosse usado desde o início do preparo (ao invés da manteiga) com certeza seria mantido, porém o azeite de oliva extra-virgem se oxida, e todos os benefícios se transformariam em malefícios.
CLIQUE AQUI e leia mais sobre o azeite de oliva extra virgem.
Eu acompanhei a refeição com arroz branco cozido em caldo de carne caseiro – substituir a água do cozimento do arroz por caldos caseiros torna-o muito mais nutritivo e saboroso.
Fiquei muito feliz com a receita do Bacalhau da Pat. Há muito que eu procuro essa receita. Obrigada!