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Maioria dos pais oferece alimentos industrializados à criança antes dos três meses de idade

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Os dados apresentados nesta matéria do UOL Ciência e Saúde me deixaram completamente estarrecida!! Eu fiz questão de reproduzi-la aqui para chamar a atenção sobre o absurdo que pais, por pura e absoluta falta de conhecimento, estão fazendo com a saúde dos seus bebês e crianças!

A gente pensa que todo mundo acha óbvio que não se deve oferecer açúcar, refrigerantes, e outros industrializados a bebês e crianças, principalmente as mais novinhas, mas o artigo a seguir mostra que infelizmente muita gente ainda acha “bonitinho” e não vê mal algum em oferecer porcarias indutrializadas.

Estou chocada. Mesmo!

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 67% dos pais oferecem alimentos industrializados à criança antes dos três meses de idade.

O levantamento foi feito com 270 pais de crianças que frequentam berçários de creches públicas e filantrópicas da cidade de São Paulo. A maioria dos entrevistados era jovem, com baixa escolaridade e menor poder aquisitivo.

Arquivo Folha Imagem

31% dos pais afirmaram ter oferecido açúcar ao filho com até três meses de vida

Até os seis meses de idade, a recomendação é que alimentação da criança seja baseada exclusivamente no aleitamento.

Para a autora do trabalho, a nutricionista Maysa Helena de Aguiar Toloni, a conclusão é preocupante, já que os alimentos industrializados possuem mais açúcar e gordura. Cerca de 10% das crianças e 20% dos adolescentes têm excesso de peso no país. Além disso, os jovens têm sido vítimas de problemas como hipertensão e colesterol alto cada vez mais cedo.

Açúcar, chá e mel

Ao contrário do que muita gente pensa, a nutricionista explica que a criança já nasce com preferência pelo sabor adocicado. Porém, o Ministério da Saúde recomenda que a adição de açúcar deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Antes dessa fase, isso só aumenta a incidência de cáries e o valor calórico da dieta, sem contribuir com conteúdo nutricional.

A pesquisa mostra que, até os três meses de vida, 31% dos pais afirmaram ter oferecido açúcar ao filho. Quase metade, ou 49%, dão chá para a criança. E 18% oferecem mel. “As pessoas acham que o mel é um alimento natural, mas ele é contraindicado antes do primeiro ano de vida porque, nessa fase, a flora intestinal ainda não está formada e há risco de intoxicações causadas pelo bacilo Clostridium botulinum“, explica.

Outro dado que chama a atenção é a idade com que as crianças começam a conhecer os refrigerantes: entre o primeiro e o sexto mês de vida, 12% delas já experimentaram. Até os noves meses, esse índice sobe para quase 20% e mais da metade (56,5%) já teve a bebida incluída no cardápio até o primeiro ano de vida.

A pesquisadora alerta que a presença de corantes e aditivos nos alimentos industrializados também pode aumentar a predisposição da criança a desenvolver alergias alimentares.

Motivos

Embora o foco do estudo não tenha sido os motivos que levam à introdução precoce dos alimentos industrializados, a nutricionista pondera que a falta de informação justifica os resultados. “Muitos dos pais que participaram da pesquisa não fizeram o pré-Natal, por isso não foram orientados adequadamente”, comenta a pesquisadora.

Mas o aspecto sócio-econômico nem sempre é determinante: “há estudos que indicam que nas classes altas o resultado é parecido”.

Na maior parte das vezes, ela observa, a dieta do bebê reflete o estilo de vida da própria família. “É comum a criança querer aquilo que os pais ou o irmão mais velho está consumindo”, diz. Outro fator é a falta de tempo para preparar refeições mais nutritivas, com vegetais frescos, por exemplo. Além disso, ela também menciona a influência da publicidade de alimentos na tendência a oferecer alimentos industrializados, como macarrão instantâneo e sucos artificiais, para crianças muito pequenas.

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

24 comentários

  1. Pat,

    Eu também estou chocada e estarrecida, com a pesquisa da nutricionista Maysa Helena. A desinformação é realmente um “câncer” na vida das pessoas. Acho que as Secretarias de Saúde do país, deveriam se mobilizar para a conscientização da população no tocante à alimentação infantil. Promover seminários, palestras, principamente nos postos de saúde, onde o público alvo, com certeza seriam as gestantes. Diva Falcão.

  2. Eu não fico mais estarrecida não. Tento não dar alimentos industrializados para a minha filha. Nem sempre consigo, mas me esforço bastante. Sou constantemente criticada por não dar papinha da Nestle, salgadinhos em festinhas, doces, sucos industrializados e por aí vai. E quem critica são mães com estudo e acesso a informação. Minha filha só tem 1 ano.

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