Alimentação ARTIGOS

Cuidado com o que você oferece para a criança ao lado!

Imagem: http://greenlitebites.com/

Uma das cenas mais comuns por aí, quando se vê bebês, crianças, adultos e comida juntos é um adulto oferecendo alguma coisa, carinhosamente, às crianças, principalmente às crianças bem pequenas ou bebês.

Cena aparentemente inocente, mas na maioria das vezes carregada de desrespeito. Sim, como mãe de dois eu poss afirmar sem sombra de dúvida que é um tremendo desrespeito! Desrespeito sim, porque muitas vezes esse tal adulto nem é assim alguém tão íntimo da criança, na enorme maioria das vezes o que essa pessoa oferece é algo que totalmente desnecessário na alimentação da criança e, pior ainda, muitas vezes esse alguém, ainda que sem maldade alguma, nem cogitou em perguntar aos pais da criança se havia algum problema em oferecer qualquer coisa a ela.

Quem tem filhos e se preocupa minimamente com o que sua criança come, deve compreender perfeitamente bem o meu ponto de vista. Quem não tem filhos pode pensar que isso é um tremendo exagero, pura bobagem, frescura ou neurose. Eu vou mostrar a seguir que não é nada disso.

A primeira razão, e na minha opinião mais importante, para não se oferecer nada comestível a uma criança sem antes consultar os pais é por puro respeito. Você não sabe se os pais têm algum tipo de restrição alimentar, seja por ideologia, religião ou qualquer outra razão. A razão na verdade é o que menos importa, mas importa, e muito, a decisão dos pais sobre o que os filhos comem ou não.

Como respeito pelas escolhas dos pais não é algo que esteja muito em alta ultimamente (é só olhar para as caras de espanto das pessoas quando resolvemos por alguma proibição para as crianças), vou citar a seguir algumas outras razões pela qual você jamais deveria oferecer comida a uma criança sem antes consultar os pais ou responsáveis.

Quando você oferece uma mordida de alguma coisa ou pedaço de qualquer coisa a uma criança, você já pensou que ela pode estar prestes a sentar na mesa para almoçar ou jantar, e aquele pequeno petisco pode tirar completamente o apetite da criança?

Quem tem filhos sabe o quanto eles podem ser terríveis quando decidem que não querem comer, e especialmente com crianças difíceis de comer, qualquer mordida, qualquer petisco, pode ser fatal para a refeição que realmente interessa!

Outra razão pela qual você jamais deveria oferecer comida a uma criança sem antes consultar os pais é uma razão bastante importante, que em alguns casos chega a ser questão de vida ou morte: alergias. Nesses tempos de epidemias de alergias, é bastante arriscado oferecer qualquer coisa a uma criança sem antes saber se ela pode ou não comer aquilo. Existem alergias leves, onde talvez apareçam bolinhas vermelhas ou uma coceira insistente. Alguns espirros talvez. Mas existem alergias seríssimas, e isso um médico pode comentar com muito mais detalhes do que eu, mas o fato é que todo cuidado é pouco!

Você acha que um pirulito ou uma balinha são inocentes? Para mim já não são inocentes porque são pura caloria vazia, açúcar numa quantidade exorbitante e desnecessária, além de inúmeros corantes e flavorizantes. Sem alergia nenhuma, um pirulito ou bala já é ruim o suficiente, agora imagina esse monte de química numa criança super alérgica?!? É de matar qualquer pai ou mãe do coração!!

Ah, o pão! Parece que uma das coisas que os estranhos mais gostam de oferecer aos nossos filhos é o pão! E só para esclarecer, quando falo em “estranhos” não falo de um fulano que aparece do nada na rua oferecendo qualquer coisa, porque esses eu coloco pra correr antes mesmo de tentar qualquer coisa – estranho aqui é qualquer pessoa que, mesmo conhecida, não esteja super por dentro dos meus hábitos alimentares com meus filhos.

Mas voltemos ao pão…

Você acha que um simples pedacinho de pão francês é inocente? Bem, o pão francês ou qualquer outro pão (principalmente os industrializados) definitivamente não são inocentes, com ou sem alergia, mas isso é assunto para outro dia. Mas o pão francês ou qualquer outro pão, bolacha ou biscoito pode ser fatal para uma criança com intolerância ao glúten. Já parou pra pensar nisso? Cuidado então!

Quem me conhece e sabe dos meus cuidados com a alimentação dos meus filhos e ainda assim insiste em oferecer alguma comida a eles – sim, o povo pensa que criança é draga e precisa comer o dia todo -, normalmente aparece com frutas ou queijos para eles. Eu agradeço e ainda assim recuso na maioria das vezes, e não gosto quando oferecem sem falar comigo ou com meu marido. Meus filhos não têm alergia alguma e eu adoro vê-los comendo frutas, mas como eles não são de comer grandes quantidades, uma fruta fora de hora pode estragar a próxima refeição.

O problema com meus filhos e frutas é somente uma provável falta de apetite na refeição seguinte, mas você sabia que algumas crianças podem ser alérgicas inclusive a alimentos saudáveis como frutas? Principalmente quando as frutas não são orgânicas – a alergia pode ser ao pesticida, e não à fruta. Vai arriscar?

Eu, quando estou num grupo com crianças, normalmente filhos de amigas minhas, jamais ofereço nada, nem água, sem antes consultar a mãe ou quem estiver responsável pela criança na hora. Acho que é uma questão de respeito!

Hoje eu comentei sobre esse assunto no Facebook e no Twitter e vi que muitas mães pensam como eu e ficam bastante chateadas quando alguém oferece algo a seus filhos sem permissão. E você, o que acha?

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

37 comentários

  1. Olá, excelente post! esse assunto me incomoda muito, tenho uma menina, hoje com 10 anos, alergica a corantes e chocolate desde bb, já cheguei a brigar em restaurantes por conta do pirulito que entregam direto para a criança sem perguntar aos pais, hj ela sabe o q pode ou não comer, mas com 2/3 anos era um caos, eles davam sem perguntar e eu tinha que tirar e aguentar o choro sentido dela, afinal, a mãe malvada tirou o doce gostoso que o garçom bonzinho deu…
    Entre familia então, avós e tios me consideravam um monstro cruel que não deixava a criança comer o que todas crianças PRECISAM comer! achavam triste e eu tinha que estar sempre por perto pois davam escondido para ela. Triste mesmo é passar a madrugada em um PS com uma criança sufocando no soro com antihistaminicos.
    Sim, os pais são crueis quando querem o melhor para seus filhos, mas apenas eles sabem o q a criança pode ou não comer, seja por qual motivo for, poxa, custa perguntar para os pais quando a criança é menor de 6/7 anos? É dificil entender que existem restrições alimentares em alguns casos que não são frescura?!
    Como disse, esse assunto me incomoda muito, ainda bem que minha pequena cresceu e hoje é super consciente e ela mesma explica para as pessoas que não pode e não vai comer :)
    Bjs

    1. Etta, alergias são casos de saúde, mas eu acho que nenhum caso é frescura, apenas uma escolha dos pais que deve ser respeitada!

      1. Claro que nenhum caso é frescura, me desculpe se me expressei mal, mas ouvi muito disso, e ainda ouço, as pessoas tratam os pais como se eles não soubesse nada, e a criança vai crescer com lombriga se não comer o que todo mundo come.

        Aqui em casa para completar somos vegetarianos, e sempre foi um tal de ‘deixa a menina comer tadinha, tá com vontade’. Respeito a vida e opinião dos outros está em falta no mercado ;o)

  2. concoro plenamente….qdo minha filha era bebê eu não dava nada açucarado pra ela…não adoçava osuco, o leite (o leite já é doce, né) não dava pirulitinho, não dava refri…enfim….besteiras….eu não queria viciá-la em açúcar…e sempre aparecia uns oferecendo essas coisas…e tem aqueles que sabem que a gente não gosta que dê …aí a pessoa vai e dá escondido…é mto desrespeito…é uma invasão…está interferindo na educação
    até hoje (minha filha tem 6 anos) eu não gosto que fiquem dando coisas pra ela….sempre tem gente que oferece coisas perto do horário de almoço e atrapalha tudo
    eu tbm não dou nada pr auma criança sem perguntar à mãe se pode…principalmente se for um bebê

  3. Concordo 100%, tenho a mesma opniao que voce e isso tudo me incomoda muito.
    Avos e tios sao os piores, todo mundo tenta insistir e dar as coisas quando nao estamos olhando.
    Meu filho nao pode com leite, e nada q contenha tal ou seus derivados. Ja ocorreu de darem comidas p/ ele sem ao menos me perguntarem e depois sou eu que passo a noite vendo minha crianca chorar de dor.
    Infelizmente respeito esta mesmo em falta. As pessoas simplesmente nos julgam como exageradas, frescurentas, e ai “coitadinho vai ficar com vontade”. Gente como isso tudo me incomoda.
    Muito bom saber q nao sou so eh e q outras maes sentem o mesmo.
    Excelente post Pat!
    Ana

  4. Ok. Mas quem faz isso, de oferecer alimento, o faz por falta de conhecimento ou falta de educacao alimentar em sua vida, a maioria das pessoas vive sem essa preocupacao, vamos cair na real. Ou ate por falta de um ponto de vista pela perspectiva de uma mae cuidadosa. Nao faz por desrespeito, nao acho que seja isso.

    Eu cuido de perto da alimentacao dos meus filhos, e sempre que alguem oferece algo, na maioria das vezes eh para agradar, na intencao de fazer o bem, eu agradeco de bom grado, e sem sem sombra de duvidas que meu filho nao vai morrer por isso. Outras vezes eu digo que ele vai guardar para comer mais tarde. hehehe. Mas gostei do post, so discordo em dizer que eh falta de respeito, pode ser por ignorancia… Mas falta de respeito eu nao acho.

    1. Roberta, eu pensei tex explicado bem que não acho que a pessoa faça por maldade, mas ainda assim é falta de respeito e eu justamente decidi falar sobre esse assunto pra alertar a quem não sabe!

      1. Olá, Pati!
        Vira e mexe passo aqui pelo seu blog e hoje tomei a liberdade de comentar.
        Sou mãe de uma linda menina de 3 anos e, na medida do possível, produzo o que posso em casa. Como minha rotina é muito corrida e sou sozinha, já preparo algumas coisas para congelar.
        No entanto, as pessoas sempre vêm para oferecer algo para nossos filhos. Quando estão com gripe, por exemplo, oferecem refrigerante gelado… É assim e sempre foi assim. A verdade é que nós não somos educados com relação à alimentação. Comemos para nos satisfazer e não olhamos de maneira crítica para a nossa saúde. Que dirá para a dos outros.
        E criança você sabe como é… Vê alguém com um pacote vermelhinho cheio de fritas do McDonald’s e não se faz de rogada. Até baba. Minha filha é assim e só não aceita por timidez.
        Eu penso que as pessoas realmente não oferecem por desrespeito mas sim por ignorância, assim como a Roberta disse. As pessoas, quando oferecem algo a uma criança não tem – nem de longe – o intuito de serem desagradáveis.
        No entanto eu preciso dar um depoimento, de uma experiência pessoal. Minha filha tinha 2 anos quando eu mudei o horário dela na escolinha de natação. Ao final da aula, todas as crianças tomavam banho nas banheiras e, quando chegavam o momento de vestir a roupinha, as mães abriam potinhos de bolacha (todo tipo de bolacha: maisena, passatempo, biscoito de polvilho, bolachinhas japonesas apimentadas, enfim, tudo!) e as crianças faziam ali uma espécie de chá da tarde.
        Até então minha filha não tinha o hábito de comer bolacha. Depois desse dia eu tive que passar a levar um pote de bolacha para o “chá da tarde”, assim como as outras mães, mas isso fez com que ela tivesse mais intimidade com aqueles bebês e posso dizer que, mesmo ela não estando mais nesse horário, nós temos contato até hoje com essas crianças.
        Talvez você possa viver essa filosofia, esse discurso pois seu marido é um médico que presencia essa realidade em consultório, pois você é uma pesquisadora da área. Mas não é a realidade de todos…
        Eu, por exemplo, sou uma mãe que como tantas outras preferiu – acredito que tenha tido até bom senso em minha decisão – deixar minha filha participar de momentos de compartilhamento e de interação social ao invés de vê-la passar vontade.
        Mas não culpe as pessoas que oferecem alimentos aos nossos filhos. Muitas delas não sabem nem que são carboidratos, proteínas etc. Elas apenas se desmancham quando veem aqueles olhinhos brilhantes olhando para o sorvete delas…

        1. Mariana, eu tenho certeza de que na enorme maioria dos casos, as pessoas que oferecem não tem a menor idéia do mal que PODEM estar causando – desde casos graves de alergia, até simplesmente atrapalhar a próxima refeição – e foi exatamente por isso que escrevi tudo isso, sem raiva ou mágoa, mas de forma enfática, para que as pessoas entendam que o que para elas pode parecer uma delicadeza, pode deixar muitas mamães de cabelo em pé!

  5. Sou mãe, minha filha já tem 12 anos e quando era pequena recebeu sim alguns “mimos” que eu não daria a ela.
    Não me aborreci nem me estressei porque acho que existem coisas tão importantes quanto o que se ingere.
    Como você mesma disse, as pessoas não fazem por mal. Considero essas demonstrações um carinho e carinho é um cuidado que me deixa muito feliz.
    Educação é assim mesmo, pais são diferentes e tem objetivos diferentes na educação de seus filhos.
    Em tempo, ela não tinha qualquer tipo de alergia e isso me deixava mais relaxada para algumas extravagâncias.
    Abraços,
    Cláudia

  6. Pat,

    Adorei seus conselhos!!!E são conselhos da hora…
    Há parentes tão cheios de amor e afeto, que para agradar àquela criancinha, esquecem totalmente os malefícios de um alimento fora de hora.
    Não vejo nessa atitude uma falta de respeito.
    Vejo apenas o emocional agindo em detrimento da razão!!!
    Parabéns pela lucidez do texto!!!

    Diva Brígida Falcão.

  7. Cansei de ver crianças sendo “alimentado” produto viciante oferecido pelo adulto

  8. Adorei o post, mesmo pq eu me enquadro no caso da “mãe malvada” que não quer que a filha coma as coisas “gostosas” . Acho um tremendo desrespeito à minha autoridade de mãe essa mania coletiva de querer que a minha filha coma “de tudo”, mesmo pq nesse “tudo” nunca se inclui nada de saudável. Infelizmente, em função de vivermos em outros tempos, com outras informações, eu não fui criada com hábitos extremamente saudáveis mas me eduquei a muito custo e quero simplificar a educação alimentar da minha filha.
    Ah, sabe Pat, agora quando me perguntam o porquê de alguma proibição eu já respondo logo: “FRESCURA MINHA, quando ela creser, se quiser, come!” Isso geralmente encerra a questão.
    Abs.

  9. Eu acho que as pessoas oferecem algo às crianças por ignorância.
    Muitas pessoas acham que se as crianças verem algo comestível ficarão com “lombriga”. Então acham que têm que dar à criança.
    Você pode ter essa concepção de “respeito/desrespeito”, mas eu acho que quem dá algo à criança é por ignorância, ingenuidade e estupidez. Para os limites da burrice não podemos fazer nada. O negócio é instruir as crianças a não aceitarem nada e educadamente agradecerem .

  10. Sinceramente, não acredito muito na tese da ingenuidade. Em especial com parentes. Já tive oportunidade de explicar cuidadosamente para pessoas,
    falar dos malefícios, do “não ferecer para a criança não desejar o que até então desconhecia” e muitas vezes ouvi comentários de desdém, de minimizar a importância do que explicava, ou a simples ameaça “divertida” de dar escondido aquilo que eu perdera meu tempo explicando que não era legal.
    Muitas vezes é desrespeito, sim. Quando me acho no direito de, por discordar da concepção da mãe e sua criação, interferir na alimentação de uma criança a qual não sou responsável, estou sendo desrespeitosa.
    Coloquemos a coisa sob outro ponto de vista: posso, por convição, baseada nos mais honestos e verdadeiros conceitos de vida saudável e pelo bem da criança, tirar o pirulito dado pelos pais/mães da criança alheia?
    Ana

  11. Ana

    Ótima colcação quando colocada sob outro ponto de vista.
    Vocês têm razão. Se pedirmos o pirulito de uma criança que seus pais derem , ela não vai dar. Se tirarmos será desrespeito.
    Daí , se enfiarmos na boca da criança algo que achamos que ela deve comer é desrespeito. Se oferecermos algo à criança e ela ou seus pais educadamente negarem eu ainda acho que é ingenuidade ou ignorância de quem ofereceu.
    Veja que a diferença está nos verbos, é lingúística. Tirar o pirulito é uma acão na qual vocês estará sendo de alguma forma intrusiva. Pedir o pirulito é ir pelas bordas… é como oferecer outro alimento, visto pelo outro ângulo. Se não seria colocar algo na boca da criança , que aí eu concordo: é muito desrespeito.

  12. Pat,
    Semana passada estava com meu marido em viagem e uma senhora veio oferecer salgadinho pra minha filha de 1,8 anos . É óbvio que a bebê pegou o “alimento”. Quando ele foi tirar da mão dela e disse pra mulher q a Nina não comia esse tipo de coisa, a moça falou “mas ela é só uma criança!”. Ficou muito claro pra gente a associação que pais fazem de que crianças podem comer qualquer coisa, como se, pelo fato de serem menores, tivessem o direito à guloseimas (ou trash food, no caso). E nos incomodou imensamente a postura da mulher, que em nenhum momento nos perguntou se podia ou não oferecer a “comida”…

  13. E quando esse tipo de comportamento vem do pediatra de seu filho?
    Minha amiga leva o filho dela num pediatra que sempre dá pirulitos e balas para as crianças. Eu achei o cumulo do absurdo quando uma vez fui com ela e ele deu a um bebe de 11 meses um pirulito!!!! Ele não perguntou a ela se podia, mas nem teria que perguntar, não é mesmo? Na condição de médico ele deveria aconselhar a exclusão desse tipo de alimentação e não oferece-la em seu consultório. Minha amiga achou normal, mas tambem acha normal dar aqueles danones cheios de corante e açucar, entãooo.

    1. Se um pediatra ousasse fazer isso com um filho meu, além de ouvir um belo sermão, nõme veria nunca mais!!! Absurdo, mas infelizmente muito comum…

  14. Eu sempre fui um pouco “cri-cri” com o que dão aos meus filhos, e sou muito criticada pelas regras que estabeleço, e uma forma que encontrei de limitar essas intervenções na alimentação deles foi generalizar: quando eles começaram a entender as coisas e a estudar eles aprenderam que não se deve aceitar nada de estranhos, nenhum tipo de coisa ou alimento, como eles estudam numa escola onde também estudam muitos primos e filhos de amigos próximos eles me perguntam, “nem do tio…?”, então respondi, no caso do tio você agradece e guarda dentro da mochila, quando chegar em casa entrega pra mamâe. E geralmente na sexta-feira eles trazem os “mimos”. Hoje , eles tem 10 e 6 anos, já estão tão acostumados que não reclamam mais, e alguns pais, depois comentam admirados que eles não comeram o que lhe deram e eu respondo: isso se chama hábito, é muito difícil de se conseguir chegar onde eu cheguei, porque todos estão contra você, o que é pra ser normal, é o diferente. Ainda bem que eu adoro ser diferente!!!

  15. sim, com certeza é um desrespeito à integridade da criança, que não tem a menor idéia do que està ingerindo, e aceita por pura e total confiança no adulto – mas infelizmente,por conta dessa ingenuidade , acho necessario estabelecer algumas regras alimentares e deixa-las bem claras àos pequenos, a fim de evitar que aceitem “coisas” com aparencia de comida de qualquer pessoa que seja, porque às vezes não estamos juntos bem na hora pra “salvarmos” a situação (ou o organismo do nosso filho) Aqui em casa ficou claro pras crianças que não se come coisas “coloridas”(essa é facil,elas entendem porque não se come tinta, e ai’ jà morre um monte de besteiras: balas,sorvetes,picolés,pirulitos,bolachas e tal) ; o fato de so’ comprarmos organicos e em feirinhas jà exclui alimentos processados, então, quando alguém dà algo de diferente, principalmente em pacotes, eles me olham com olhinhos interrogadores…eu sei, dà do’ da criança, e também pode ser constrangedor recusar, mas eu recuso, com toda a delicadeza possivel à pessoa que ofereceu – se esta perguntar o porque, explico, se não e vier com comentarios indevidos, bem, ainda bem que recusei,né?!

  16. adorei a matéria, tenho uma filha de 4 anos e desde quando ela era recém nascida, eu evitava o máximop possível que oferecessem algo para ela comer, hoje em dia ela só aceita alguma coisa de outras pessoas se me perguntar primeiro que pode e quando não estou por perto, ela simplesmente não aceita,todas as pessoas que m,e conhecem acham que eu sou antipática, mas estou apenas sendo precavida, ou seja, é melhor prevenirdo que remediar.

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