Alimentação ARTIGOS

Corante da Manteiga

Há alguns dias uma leitora do site me contou que ao comprar sua manteiga Aviação de sempre (para quem não sabe, uma marca antiga e tradicional), notou no rótulo que além do creme de leite e sal, ela continha o corante Urucum INS acompanhado de um número. Ela me escreveu perguntando sobre isso e eu não soube responder prontamente. Fui tentar me informar.

Hoje fui ao supermercado e confirmei a informação. A manteiga Aviação contém, além de creme de leite e sal, o tal corante. Com toda a calma do mundo, olhei todas as outras marcas de manteiga que havia na geladeira do supermercado, e nenhuma outra tinha adição de corante algum.

Manteiga probiótica e sem corante

A busca revelou-se ainda mais proveitosa, porque achei uma marca que além de conter creme de leite e sal, tem também culturas lácteas – probióticos, lactobacilos, bactérias do bem! A manteiga é originalmente um creme de leite fermentado com culturas lácteas e batido até atingir a consistência e coloração que conhecemos. As manteigas mais tradicionais, preparadas com leite de qualidade, levemente fermentadas e bem batidas, são bastante amareladas. Essa coloração da manteiga vai depender do tipo de vaca de onde veio o leite, da alimentação dessa vaca e até da época do ano em que foi realizada a ordenha. Comida de verdade, lembrem-se, nunca é perfeitamente uniforme! Já que estamos citando marcas, a manteiga que eu vi no supermercado e gostei é da marca Sancor.

Corante natural?

Mas voltando ao corante urucum… A necessidade de adição de qualquer tipo de corante por si só já me causa desconfiança. Fica sempre a impressão de que se quer disfarçar alguma coisa de errado.

A impressão inicial ao ler “urucum” na embalagem é de total tranquilidade, já que o associamos a um corante natural bastante saudável. Mas parando para pensar um pouco mais, pode-se dar o nome que quiser a corantes e tintas – isso vale para corantes alimentícios, tintas de parede, esmaltes de unha ou o que for, e esse nome absolutamente significará que aquilo que lhe dá o nome está efetivamente na composição da cor, no máximo significa que a cor se aproxima do tom daquele corante natural.

Se for natural, ótimo!

Eu desconfiava muito do tal número INS e comentei sobre isso com a Denise, do excelente blog Falando Sobre Viver. Ela foi mais a fundo (fonte principal site www.insumos.com.br) e me deu a má notícia: mesmo que o corante tenha vindo do urucum natural, a forma de extração dele é bastante agressiva e feita com muita química, então estraga tudo do mesmo jeito! A seguir o trecho do texto pesquisado pela Denise que trata do urucum.

Leia com atenção

Urucum – O urucum contém pigmento carotenóide amarelo-alaranjado obtido da semente do urucuzeiro, planta originária das Américas Central e do Sul. Do urucum são fabricados os corantes naturais mais difundidos na indústria de alimentos; aproximadamente 70% de todos os corantes naturais empregados e 50% de todos os ingredientes naturais que exercem essa função são derivados do urucum.

Os pigmentos do urucum são extraídos da camada externa das sementes e consistem, principalmente, de cis-bixina, também denominada alfa-bixina (éster monometílico do ácido dicarboxílico alfa-norbixina pouco solúvel em óleo). A alfa-bixina representa mais de 80% dos carotenóides totais presentes no urucum. O cromóforo da bixina é o sistema de duplas ligações conjugadas, as quais conferem coloração particular. Infelizmente, essa série de duplas ligações conjugadas é também a causa da suscetibilidade da bixina ao oxigênio, a luz e a temperatura.

A partir da bixina são obtidos os demais pigmentos do urucum, como a norbixina (lipossolúvel), o sal da norbixina (hidrossolúvel) e os produtos de degradação térmica (lipossolúveis e de coloração amarela mais estável). O corante hidrossolúvel do urucum é o sal da norbixina, que pode ser convertido em norbixina por precipitação ácida, tornando o pigmento lipossolúvel.

Normalmente são utilizados três diferentes métodos para extrair o pigmento das sementes, sendo eles a extração com óleo refinado, a extração com solventes orgânicos e a extração com solução alcalina. No primeiro caso, o pigmento é obtido por abrasão do pericarpo submerso em óleo vegetal aquecido a 70ºC. Quando extraído com solventes orgânicos, como acetona e metanol, pode-se obter produtos com concentrações mais elevadas de pigmento, alcançando teor entre 3,5% a 5,2% de bixina. Nesse caso, após a extração, o solvente é removido e o pigmento na forma de pó é re-suspendido em óleo.
A forma solúvel em água é produzida pela abrasão do pericarpo em solução alcalina a 70ºC, quando ocorre a saponificação do éster monometílico. O produto resultante é o sal de norbixina nas formas cis e trans, que apresenta coloração alaranjada.

A principal reação que ocorre no extrato de urucum é a oxidação, particularmente importante quando o pigmento é adicionado em matriz alimentícia. A velocidade em que ocorre a perda de cor devido à oxidação depende da temperatura, da luminosidade e, principalmente, da disponibilidade de oxigênio no meio.

Apesar de apresentar características inerentes aos carotenóides, de modo geral, o urucum pode ser considerado bastante estável, principalmente quando comparado com outros grupos de corantes naturais.

A bixina é sensível às variações de pH, tendo a coloração alterada do amarelo-alaranjado para o rosa fraco. Entretanto, em pH reduzido apresenta estabilidade térmica satisfatória em temperaturas abaixo de 100ºC. A bixina em condições alcalinas pode sofrer saponificação e produzir o ácido dicarboxílico livre, denominado norbixina. Em excesso de alcali, o ácido dicarboxílico dissocia-se para formar um sal, geralmente de potássio ou sódio, solúvel em água. Para aplicações em produtos aquosos esta é a forma de pigmento normalmente empregada.

Historicamente, o urucum tem sido usado com vários objetivos. Os indígenas usavam o pigmento em cerâmicas e também como repelente contra insetos, aplicando o produto na pele. No Brasil, o urucum vem sendo mais utilizado como ingrediente em diversos produtos alimentícios nas formas hidrossolúvel e lipossolúvel.

O extrato lipossolúvel do urucum foi um dos primeiros corantes a ser usado em margarina e manteiga. O corante hidrossolúvel tem sido, por sua vez, tradicionalmente empregado em queijos, como o queijo prato. Apresenta aplicação também em produtos cárneos, como salsichas, peixes defumados e, quando na forma em pó, em bebidas instantâneas e misturas secas.

A bixina é um carotenóide com elevada ação antioxidante. Suas duplas ligações conjugadas atuam como excelente capturador de radicais livres. Apresenta potencial importância para saúde humana por ser absorvida facilmente pelo organismos, passando para corrente sangüínea.

(fonte: http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/119.pdf)

Ela foi uma grande pesquisadora, não acham? Obrigada, Denise!

Menos é mais

Na dúvida, a minha dica é: quanto menos ingredientes num produto de supermercado, melhor. Se você fosse preparar sua manteiga em casa, muito provavelmente só usaria creme de leite fresco e sal, ou só creme de leite, se quisesse manteiga sem sal.

A minha outra dica é: se puder comprar artesanal, direto do produtos, sem rótulos brilhantes, melhor ainda! Se for manteiga orgânica então, proveniente do leite de vacas criadas em pasto, sinta-se uma pessoa privilegiada, porque você estará comprando o melhor tipo de manteiga possível!

Produtores artesanais

Aqui em São Paulo, na feira de orgânicos do Parque Água Branca, existem diversos produtores artesanais de manteiga. Recomendo. Em Balneário Camboriu, Santa Catarina, ocorre uma feira de produtores locais todos os sábados pela manhã. Lá também você pode encontrar manteiga artesanal de ótima qualidade. Se você conhece algum outro fornecedor desse tipo pelo Brasil ou mundo afora, deixe registrado nos comentários, assim você pode ajudar a quem está com dificuldades de encontrar!

E não se esqueçam: muita atenção, SEMPRE, ao rótulo de tudo o que você compra nos supermercados! Tem muita porcaria disfarçada de alimento saudável!

Manteiga de verdade!

Ah, e falando e cuidados ao comprar uma manteiga, mais cuidado ainda com aquelas manteigas que se dizem muito cremosas – muitas delas são uma mistura de manteiga com margarina, um horror!

Manteiga de verdade é tudo de bom, é saudável! CLIQUE AQUI e leia mais sobre seus benefícios.

Quem é a Pat FeldmanPat Feldman

Pat Feldman é culinarista, criadora do Projeto Crianças na Cozinha (www.criancasnacozinha.com.br), que visa difundir para o grande público receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas A Dor de Cabeça Morre Pela Boca, escrito em parceria com seu marido, o renomado médico Alexandre Feldman.

51 comentários

  1. Em Curitiba-PR, na feira de orgânicos do Passeio Público, que ocorre aos sábados pela manhã, épossível encontrar manteiga e leite orgânicos – mas tem que ir cedo, porque acaba logo!
    Não sei se há mais de um fornecedor, sei que tem na barraca da família Asher.

  2. Obrigada, Pat!
    Não sou expert em química, mas só de ler que um dos métodos de extração do corante ‘natural’ é à base de óleos vegetais em alta temperatura, já deu pra arrepiar os cabelos… e só pude descobrir isto, graças ao seu alerta!
    Eu também só usava a manteiga da Aviação, na falta da manteiga orgânica comprada direto da fazenda. Agora terei que optar por outra, mas felizmente existem várias opções. Nunca vi esta Sancor aqui em BH, mas Minas é terra do leite, queijo… acredito que deva achar alguma quebra-galho que não contenha este tipo de aditivo.
    Abraço :)

    1. Denise, na verdade todas as outras marcas que olhei não continham corantes. Apenas me encantei com a Sancor porque dizia que continha também culturas lácteas, uma vantagem a mais!

  3. Olá , sempre dou meus parabéns a este BLOG !”!nossa !! que BOMBA p/ mim eu uso esta manteiga a anos !!!!! peloamor !!!!!
    por favor me in diquem alguma outra marca se possível ., e onde comprar aqui no RIO !!
    Abs,
    Márcia

  4. Adorei o artigo!
    Que pena, a Aviação é tão tradicional, familiar, mas usar corante, ai que triste!
    Eu procuro uma manteiga de leite de ovelha, será que existe?
    Já perguntei no Santa Luzia e vou escrever para a Casa da Ovelha, mas se alguem souber se existe e onde, eu agradeço muito!
    Pat eu já provei essa manteiga Sancor e gostei.
    Hoje estou usando manteiga de búfala em quantidade bem moderada, recomendada pela nutri e estou gostando muito.
    Beijos!

  5. Nossa Pat! que boa matéria^^
    Só posso dizer muito obrigada pela atenção!
    bjus

  6. Nossa, agora fiquei chocada com essa, apesar de não usar a manteiga Aviação a muitos anos… ela sempre ficava rançosa muito rápido e ia fora.

    Aliás, ultimamente, toda vez que entro na internet, leio algo que me deixa chocada…

    Sancor, acho que já vi em algum supermercado daqui, se achar compro.
    Quando não tenho opção, compro a Batavo… diz na embalagem que é feita de creme de leite e sal… mas vai saber se é verdade mesmo?!
    Complicada a coisa!!!

    Pat, e o colorau em pó, que fica juntos das ervinhas nos supermercados?
    Colorau é o pó de urucum, então… ?!?!?!

    bjs,
    Ângela

    1. Angela, eu ainda tento acreditar na legislação que manda o rótulo dizer exatamente o que o produto contém….

      O coloral é urucum moído com um pouco de fubá – minha mãe criada na fazenda me contou que é isso mesmo! Mas cuidado! Em algumas embalagens eu já tive o desprazer de ver, EM PÓ!! – óleo vegetal junto da mistura de urucum com fubá… Eca!

  7. Não sabia desses detalhes . É muito mais que uma simples informação , é uma pequena aula para todos nós . Conhecimento nunca será demais , aliado a informações , melhor ainda ! Continue sempre assim !

  8. Olá…

    Desculpe, mas sou consumidora da manteiga a Aviação a anos e acho que uma empresa antiga e tradicional não iria se expor em colocar algum ingrediente em sua embalagem que fosse prejudicial a saude.
    Será que não pode estar acontecendo ao contrário? Será que todas as outras marcas não usam o urucum também para dar o tom amerelado na manteiga e não são transparentes como a Manteiga Aviação em colocarem em sua embalagem o tal ingrediente ?
    Os queijos em geral (prato, Gouda etc) também usam algum corante para dar o tom amarelado.
    Não vou deixar de consumir um produto tão respeitavel e tradicional, por serem sinceros com nós consumidores , sobre os ingredientes usados em seus produtos nas embalagens.

    1. Ana Cristina, cada um faz suas escolhas, é claro! Mas existe uma coisa chamada legislação, que obriga os fabricantes a citarem tudo o que contém seus produtos alimentícios… Eu me informei, busquei opções e tratei de informar os meus leitores com as informações que obtive. Cabe a cada um tomar suas próprias decisões!

      1. O grande problema é que está enraizado na mente das pessoas que essas empresas são “respeitáveis” e “tradicionais” e que por isso tudo o que é colocado contra elas é sempre uma calúnia. E pelo fato que é mais confortável ser enganada do que procurar alternativas.
        Parabéns pelo blog e pelo texto. Me ajudou muito.

        1. Pat, concordo com tudo que voce falou, pra completar quero deixar aqui minha experiência com rótulos e legislação. Eu faço o mesmo que voce, leio tudo que compro e evito ao máximo produtos industrializados, compro pelo menos 90% dos produtos fabricados na natureza, e graças ao seu blog descobrir muitas novidades sobre produtos saudaveis. Porém no quesito legislação, o que depende do governo para fiscalizar, posso te garantir e o buraco é mais em baixo e nem todos escrevem o que colocam nos produtos. Além do mais, acredito que o governo nao tem como analisar a presença e a % de corantes nas manteigas, se tem não conheço. Eles avaliam mais a presença de contaminantes e fazem uma analise bromatologica, avaliando os principais nutrientes como proteina, gordura e carboidrato, esse ultimo nem analise tem, eles fazem por eliminacao. Então, na minha opnião é complicado acreditar 100% no que os fornecedores escrevem no rotulo. Não quero com isso disser que tal manteiga é melhor do que outra. Eu compro manteiga organica, e sempre que tenho a oportunidade compro artesanal também. Tudo de bom pra voces Rodrigo

  9. Oi Pat,

    Ótima informação, para variar mais uma aula sobre o que (não) devemos colocar na nossa mesa!

    Moro em BH e deixo a dica para os colegas mineiros da empresa Leiteria Nevada, site http://www.leiterianevada.com.br. Eles produzem tudo o que vendem, super naturais, inclusive com entrega dos produtos na nossa casa sem cobrar taxa (laticínios, verduras, legumes)!

    Já conversei com o proprietário da Leiteria Nevada para saber se os produtos deles são orgânicos e ele me explicou que são mas não tem o selo de orgânico. Ele disse que o custo para obter o selo é muito caro e que há uma “máfia” por trás disso que ele não é a favor… Os produtos deles são ótimos e tem bom preço.

    Fica a dica para quem é de BH!

  10. Engraçado que a manteiga que compramos na feira aqui (Mato Grosso), feita artesanalmente, já é naturalmente amarelinha, logo não há necessidade de adicionar qualquer tipo de corante. Não é mesmo?

  11. Olá Pat, a manteiga da marca Tirolez tbm contém fermento láctico.

    Sou formada em Eng. Química, entendo um pouco de produtos químicos, nosso urucum (colorau) é atóxico ( ao contrário do açafrão), eh um corante vegetal natural não provoca alergias e outros problemas de saúde que os corantes sinteticos provocam , existem alguns estudos sobre o uso medicinal do urucum, porem como sempre falta investimento do nosso governo, com isso os europeus estao de olho faz um tempo no nosso urucum ( muitos corantes sinteticos foram banidos da UE) a maior parte eh exportada, eh normal encontrar cientistas europeus na regiao do Pará “apoiando” a comunidade e incentivando o plantio de urucum, os estudos sao feitos a maioria na europa, como sempre o Brasil atrasado em aproveitar coisas boas do nosso solo, na europa ja existem tratamentos cosmeticos a base de urucum, que legal daqui a pouco vamos comprar em dólar ou euro aquilo que sai daqui.

    1. Thuani, eu uso e super recomendo o urucum, até já falei sobre ele aqui no site, mas na embalagem da dita manteiga eu fiquei em dúvida se eles falam sobre urucum de verdade ou sobre uma cor de corante que eles chamam de urucum, porque seguido do nome vem um INS-“algum número”, que eu imagino que seja a denominação de corantes artificiais. O nome urucum nesse caso me parece que foi usado para confundir consumidores desavisados…

      1. Ah sim! Então, o codigo INS pra corante natural de urucum eh INS 160b.
        O INS 160a eh sintetico acho que eh chamado de orange alguma coisa em ingles, se nao tiver o “b” do lado do 160 naum eh natural rs!!!! Beijooos

        PS: Adoro seu blog!

        1. Thuani,

          Obrigada pelo esclarecimento da letra “b”. Achei fundamental saber, vou olhar sempre se tem esta letra agora…rssss

    1. Cristina, no caso do Polenghinho, acho que o corante é o menor dos problemas…. Aquilo é totalmente artificial!!!

  12. Olá Pat,

    Eu não entendo qual a necessidade de se colocar corante na manteiga.
    Na minha opinião a manteiga deveria ficar com uma cor natural.

  13. Pat, amo a manteiga Roni (a mussarela deles tb é maravilhosa). Composição: CREME DE LEITE. Vendem no Santa Luzia (sempre lá) e no mercadão de SP.

  14. Qual o problema de ter o código INS (International Numbering System – Sistema Internacional de Numeração)? Isso só está ali pra poder exportar o produto pra Europa. O fato do código começar com a letra E significa que é um aditivo aprovado na Europa, e 160b é o código do urucum.

    Sem paranóia, galera… é urucum natural… só precisa do código no rótulo pra poder exportar. Lembrem-se que nem todo mundo no planeta fala português: por isso, existe este código internacional.

  15. Segundo o Regulamento Técnico de Identidade e qualidade da manteiga permite alguns corantes naturais são eles:Baixa orelana, beta caroteno e curcuma ou curcumina ou seja o URUCUM não pode. Qualquer dúvida a maioria dos produtos tem o seu Regulamento entra em site de procura e lá diz o que pode ou não ter.

  16. Olá depois que meu pai foi diagnosticado com 3 pedras em 1rin, mais cisto nos dois rins, passamos a pesquisar sobre alimentação q fazem bem e mau ,fiquei HORRORIZADA me sentindo IDIOTA pela mídia, descobrimos seu blog AMAMOS e muito obrigada pelas informações ,moro na cidade de São Sebastiao do Paraiso ,MG .cidade da fabrica Aviação famosa pelo seu delicioso doce de leite e a famosa manteiga , depois de saber sobre o corante a descarto da minha lista ,gostaria q vc nos desse receita ou fizesse 1 video fazendo manteiga pura ,obrigada beijos !!!!

  17. Gostaria de acrescentar uma outra informação: mesmo o Urucum sendo natural, ele é ALTAMENTE cancerigeno quando se eleva a temperatura dele!!!! Ouvi numa defesa de mestrado na Unesp. Então atenção, não é porque é natural, que não pode ser tóxico. O Urucum elevado a temperaturas altas é pior que tabaco.

    1. É memso Barbara?? Eu não sabia disso!! Mas será que isso vale mesmo para quantidades mínimas?? Porque as vezes coloco umas sementinhas no meu molho de tomates!!!

  18. Prezada Pat

    Gostaria de saber onde fica a feira dos produtores locais em Balneário Camboriu, Santa Catarina, que ocorre todos os sábados pela manhã.
    Abçs

    1. Madalena, a rua exata eu confesso que não sei – sei chegar mas não sei o número. Mas a feira fica numa travessa da av. Central, próximo à rua Alvaro Alvin.

  19. Bom dia Pat Feldman!
    Meu nome e Pedro Porto, sou produtor de derivados (artesanal),de leite de ovelhas, e pesquisador de produtos derivados de leite ovino.
    Estava pesquisando no Google, sobre assuntos relacionados a manteiga feita com leite ovino, pois acabo de fabricar um lote experimental deste “maravilhoso” produto, e estou fazendo varios teste degustativos com o mesmo.
    E surpreendente a coloracao “branca” que o produto apresenta, e em conversa com um tecnico em alimentacao, este achou que o produto deveria ser descartado, pois para o mercado, nao teria valor comercial.
    Me impressiona o estreitamento de visao que se consolidou na area de alimentacao, onde um alimento “puro”-(creme e sal), nao tem valor comercial, pois o consumidor, se acostumou em comer cor…aditivos que nao sabemos a origem ,etc… ao usar a referida manteiga (pura e branca) na alimentacao, e na elaboracao de pratos, o real sabor que o produto oferece “sabor do tempo da vovo”, e divino, fora todas as qualidades que o leite ovino detem em relacao aos outros leites.
    Estamos lancando uma pequena variedade de produtos artesanias no mercado (doce de leite ,iogurte 100% natural,Ricota, manteiga”branca”), e em breve queijo tipo Feta- receita originaria da Grecia, e bebidas lacteas pre e pro-bioticas.
    Nossa meta e uma alimentacao pura e natural onde a cor e o que menos nos
    preocupa.
    Um grande prezer poder participar de seu Blog, abraco, Pedro.

    1. Olá, Pedro, você pode entrar em contato comigo para acertarmos uma produção de Ghee com a sua manteiga? Tenho grande interesse em produzir um ghee orgânico comercialmente.

      Abraços,
      Ilde

  20. Prezada Pat Feldmam,

    Sou Técnico em Alimentos, graduado em biologia com pós em química.

    Gostaria de deixar algumas informações, e esclarecer dados que li a respeito do Urucum.
    Gostaria de esclarecer que a semente de urucum é 100 % orgânica, natural e sua composição pigmentante e composta de bixina e norbixina.
    A bixina e norbixina é hidrossolúvel, ou seja, facilmente estes dois compostos podem ser extraídos em contato com a água.
    Seu processo de extração consiste em bater somente sementes do urucunzeiro em centrífuga em água a 80º centigrados, para que sejam extraídos estes compostos pigmentantes, que ora mencionei “naturais”.
    Este corante natural que é citado no rótulo da Manteiga Aviação, é utilizado em praticamente muitos produtos de diversas e conceituadas empresas alimentícias do Brasil, principalmente quando se trata das linhas “Premium”. Alguns destes bons alimentos que incluem o corante de urucum, são: Macarrões, iogurtes, queijos diversos e alguns embutidos. Quando se trata de “bons alimentos” com coloração amarelo, laranja e avermelhado utiliza-se o corante “natural” de urucum.
    Pat, são ótimas suas considerações no que se refere a atenção que temos que ter aos rótulos dos alimentos que consumimos, em seus mais diversos aspectos, principalmente quanto aos corantes sintéticos. No mercado internacional são dois países que dominam a comercialização destes produtos, México e China.
    Estes corantes são comumente utilizados em linhas chamadas standard e combate, que são linhas de produtos mais acessíveis e que se visa o baixo custo de produção, matérias primas etc.
    Estes corantes sintéticos apresentam cores diversas, azul brilhante, vermelho ponceau, bodeaux, amarelo crepúsculo entre outros e são obtidos sinteticamente, quimicamente e apresentam em sua composição traços de metais pesados, como: chumbo, molibdênio, cromo entre outros. Estes corantes ingeridos não são sintetizados pelo nosso organismo e seu uso prolongado “pode” causar alguns malefícios irreversíveis à nossa saúde. Não vem ao caso agora!!!!

    abraços,

    1. Tárcio, obrigada pelo seu comentário! O texto já é antigo, mas se estou bem lembrada, fiquei na dúvida se o corante da tal manteiga é natural ou não, afinal podemos chamar cores de produtos com qualquer nome: esmalte de unha cor urucum, tinha de parede cor urucum, etc, sem que necessariamente o urucum faça parte da composição do produto em questão. Mas eu ainda acho que se uma manteiga, que deveria naturalmente ser amarelada (manteigas naturais de boa qualidade tem o tom mais amarelado, isso é fato), precisa de um corante para chegar na cor esperada, é que talvez o produto não seja tão bom quanto quer parecer.
      Veja, definitivamente não estou acusando ninguém, mas gosto de colocar meus leitores para pensar e relfetir sobre o que estão colocando em suas despensas e para dentro dos seus organismos!
      Valeu!

  21. Em Brasília compro manteiga direto dos produtores no CEASA. Além de verduras orgânicas, leite cru, e agora também o Sel de Guérande. Feliz demais :)

  22. Olá

    E porque algumas manteigas podem ser BRANCAS? Ex. Manteiga com sal REI
    Fabrica de Laticinios : marcelo aleixo pereira laticínios, SP

    eu já tinha visto manteiga branca antes, mas fora do Brasil.
    Sei que se fizer eu a manteiga…fica amarelinha

    Nos ingredientes, consta: creme de leite

    obrigada

    1. Em geral depende da qualidade do leite. Quanto mais amarela – desde que sem a adição de corantes artificiais ou naturais – mais saudável é a manteiga!

  23. Excelente artigo e pesquisa. Mas não troco a manteiga Aviação por nada neste mundo. O sabor dela é incomparável. Possivelmente posso perder um pouco de saúde me alimentando do urucum, mesmo sendo ele um corante natural. Mas ganho muito mais em saúde tendo prazer em comer, que é também prazer de viver, resultando comprovadamente em ganhos tanto bioquímicos como psíquicos. Uma vida totalmente asséptica e paranoica está fadada ao enfado e a angustia, com redução significativa da vida e do sentido dela, tanto em quantidade como em qualidade…

    1. Diniz, aí é que está, eu não sei se esse urucum é realmente natural! Você pode chamar uma cor de tinta de parede ou esmalte de unhas de “urucum”, sem que esses produtos tenham qualquer traço do urucum natural, mas apenas porque têm a sua cor. E na verdade, mesmo que seja natural, se está lá sem necessidade, talvez seja para esconder a palidez de uma manteiga que originalmente já foi amarelada. Mas tenho que concordar com você, essa marca de manteiga é bem gostosa!!

  24. Olá, Pat! Muito interessante!

    Eu já tinha percebido que tinha muita azia e enxaqueca com determinadas manteigas. Com umas sim, outras não. Então eu relatei isso ao meu gastro e ele disse que era o corante quem causava as minhas enxaquecas. Dai ele me recomendou que comprasse a manteiga mais clara possivel. A da marca Qualitá estava vindo bem clarinha, mas a ultima que comprei, notei mais amarelada e, não por acaso, azia e enxaqueca. Boa dica da Sancor, vou procurar.

    1. Rosana, na verdade uma boa manteiga – coisa rara nos dias de hoje – é naturalmente bem amarelada. Tente achar marcas mais artesanais, você vai gostar!

  25. Adorei não só o alerta, a pesquisa como também os comentários,pois sou alérgico a corantes e quase morri duas vezes. Essa a razão de dizer ao comentarista, sr, Diniz que discordo do seu pensamento de que pode ter mais saúde apenas satisfazendo o seu “prazer de comer”, com todo o respeito. Principalmente se esse “prazer de comer” ultra passar aos limites da gula, um dos pecados capitais!!!

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